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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Com caças Kfir no chão, Colômbia pode contratar consultoria dos EUA

Kfir C12 Red Flag - 1
O comando da Força Aérea Colombiana (FAC) examina a possibilidade de contratar uma empresa americana de manutenção de motores a jato para colaborar na investigação do mau funcionamento dos turboreatores GE J79-J1EQD, que equipam os seus caças-bombardeiros Kfir, de procedência israelense.
Na manhã de 31 de dezembro passado, quando se preparava para aterrisar na pista do Comando Aéreo de Combate Nº 1, sediado na cidade de Puerto Salgar, o Kfir FAC 3041, modelo C-10 (monoplace), experimentou um súbito apagamento do motor – chamado no jargão da aviação militar de flameout. Como estava perdendo altura sobre o departamento de Cundinamarca, e se encontrava a uma velocidade relativamente baixa, o piloto julgou que não teria condições de obter o reacendimento da turbina, e optou pelos procedimentos de ejeção. Chegou ao solo são e salvo.
Logo na primeira semana de janeiro a FAC convocou técnicos da IAI Lahav, fabricante da aeronave, a viajarem para a Colômbia, a fim de que eles se juntassem à equipe que analisa as causas do acidente. As primeiras verificações descartaram a ingestão acidental de uma ave pelo propulsor da aeronave – episódio conhecido internacionalmente pelo acrônimo BASH, de Bird air strike hazard (“impacto aéreo perigoso com ave”).
Decepção - Mas alguns generais da corporação e vários pilotos de caça estão bastante desgostosos com a incapacidade demonstrada pela Lahav de por fim aos sucessivos desastres com o Kfir.
A Colômbia já teve quatro modelos biplace, de instrução, sinistrados (o primeiro, em 2009, com dois especialistas da IAI a bordo), e agora, pela primeira vez, amarga a perda de um monoplace. Apenas o FAC 3004, tripulado pelos israelenses – que não conseguiu frear ao descer no aeroporto de Cartagena de Indias –, foi reposto pelo fabricante.
Projetado na década de 1950, o motor J79 foi melhorado diversas vezes para equipar as aeronaves que, entre o final dos anos de 1960 e o início dos 70, constituíam a espinha dorsal da aviação de combate americana: os caças interceptadores F-104G e os caças-bombardeiros Phantom F-4E e F.
A versão J79-J1EQD, instalada nos jatos Kfir, foi fabricada pela empresa israelense Beit Shemesh, sob licença da americana General Electric, com empuxo de 18.750 libras – melhoria de potência em relação aos modelos originais do J-79, de 17.900 libras, que impulsionavam as aeronaves da Força Aérea estadunidense.
Apenas como comparação: os dois motores GE J85-21B do caça F-5E Tiger II, comprado na década de 1970 pela Força Aérea Brasileira, proporcionam, juntos, mediante acionamento do pós-queimador, 10.000 libras de empuxo.
“Groundeados” - Hoje, todos os Kfir colombianos estão no chão – “groundeados”, como dizem os militares –, ainda sem previsão de voltar a voar.
As missões de interdição no espaço aéreo colombiano estão, de forma improvisada, a cargo de velhos jatos subsônicos OA-37B Dragonfly. Esses aparelhos, produzidos há mais de 30 anos pela americana Cessna, desenvolvem velocidade máxima em torno dos 800 km/h – menor que a de um moderno jato de passageiros (e um terço da de um Kfir C-10). Além de sua baixa velocidade, eles também vêm apresentando forte desgaste.
A alternativa mais imediata que se apresenta aos militares colombianos é apressar a importação de, ao menos, uma dúzia de caças-bombardeiros F-16C/D Block 50/52 – operação que vem sendo negociada com o governo de Washington desde 2013.
O problema é o custo dessa aquisição. Em função da inclusão de repostos, manuais, simulador e treinamento, a compra pode atingir a cifra de 1,6 bilhão de dólares.
De qualquer forma, a FAC prefere adquirir aeronaves F-16 novas ou com pouco uso na Guarda Nacional dos Estados Unidos. Os aviadores colombianos foram desaconselhados por seus colegas chilenos a comprar jatos F-16 mais antigos, dos estoques das forças aéreas européias. O Chile recebeu, nos anos de 2000, dois lotes de F-16 usados da aviação militar holandesa, e vem tendo problemas com esses aparelhos.
Aparentemente, os oficiais colombianos precisarão optar entre adiantar a negociação dos F-16 e manter o seu planejamento para o ano de 2015, que previa a aplicação de cerca de meio bilhão de dólares na aquisição de um lote de jatos de treinamento de combate Aermacchi M-346.
Na Colômbia os M-346 também são vistos como prioritários, porque permitiriam que a FAC aposentasse a frota de aeronaves OA-37B.
Poder Aéreo

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