Em janeiro deste ano, a Northrop Grumman anunciou que estava planejando o desenvolvimento de um caça de 6ª Geração para a USAF, entrando, assim, numa disputa que, esperava-se, fosse ocorrer apenas entre a Boeing e Lockheed Martin.
A Northrop foi responsável pelo desenvolvimento do bombardeiro estratégico stealth mais avançado a serviço da USAF, o B-2 Spirit, e também já anunciou que vai entrar na disputa para o desenvolvimento do seu sucessor.
A Grumman, por sua vez, foi responsável pelo desenvolvimento de um dos mais famosos caças navais de todos os tempos, o F-14 Tomcat.
Atualmente, o Departamento de Defesa dos EUA tem planos em andamento para o desenvolvimento de dois projetos de 6ª Geração: Na USAF, o programa “Next Generation Tactical Aircraft”/”Next Gen TACAIR” visa desenvolver o caça que irá substituir o F-15C/D e o F-22. Na US Navy, o caça a ser substituído é o F/A-18E/F Super Hornet, através do programa “Next Generation Air Dominance”, designado anteriormente F/A-XX. Espera-se que as novas aeronaves, para ambos os projetos, sejam introduzidas por volta de 2025-2030.
Tom Vice, presidente da Northrop Grumman Aerospace Systems, em declarações à imprensa especializada, já deixou claro que sua companhia exploraria conceitos radicalmente inovadores, se comparados aos das aeronaves atuais, incluindo o F-22 e o F-35, numa estratégia semelhante à utilizada no passado com o caça experimental YF-23, projetado no final da década de 80 para disputar com o YF-22 da Lockheed Martin o contrato para o então novo caça de supremacia aérea da USAF, como parte do programa ATF (Advanced Tactical Fighter).
A Northrop também já anunciou que trabalha com duas equipes distintas, uma para cada projeto, da USAF e US Navy.
Na época da disputa do programa ATX, onde a USAF terminou optando pelo YF-22, contou negativamente para a aeronave da Northrop o fato da mesma ter sido considerada muito inovadora e revolucionária, acima das expectativas dos comandantes militares, o que era considerado como sendo muito arriscado para a época. O YF-23 era mais rápido e mais furtivo que a aeronave concorrente, ainda que os números exatos permaneçam até hoje como segredo de estado. O YF-22, apesar de mais simples, atendia aos requisitos da USAF. No quesito “manobrabilidade”, entretanto, era superior à aeronave da Northrop, graças ao seu empuxo vetorado bidimensional, o que era considerado importante para situações de dogfight.
Se no início da década de 90, os conceitos inovadores presentes no YF-23 pesaram contra a seleção da aeronave, é justamente essa mesma premissa que a Northrop leva em consideração para propor suas aeronaves de 6ª Geração para USAF e US Navy.
Ainda é cedo para falar de favoritos, mas uma coisa é certa, nos próximos anos, nossos céus testemunharão, mais uma vez, o voo de aeronaves que parecem ter saído dos filmes de ficção cientifica, e ninguém melhor que a Northrop sabe traduzir isso em realidade.
FONTE: DefenseNews, Tactical Air Network – EDIÇÃO: Cavok
IMAGENS: Meramente ilustrativas
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