O motor Taishan WS-13 é derivado deste WS-10, visto na foto, de menor potência
O 51º Paris Air Show terminou há mais de três semanas, os aviões, helicópteros e drones exibidos na área de exposição externa do velho aeródromo de Bourget, nos arredores da capital francesa, já foram todos embora, e dos stands restaram apenas pilhas de divisórias em mau estado. Mas o rumor surgido na feira de que a empresa chinesa Guizhou Aircraft Industry Corporation está encontrando dificuldades para concluir o projeto da sua turbina aeronáutica Taishan WS-13, não se dissipou.
Também, pudera… Os chineses são considerados mestres na arte de replicar equipamentos estrangeiros de aplicação militar, e o WS-13 pretende ser uma versão robustecida do festejado propulsor russo Klimov RD-93.
O programa Taishan tem concepção ambiciosa. Ele prevê um motor com empuxo de 9,5 toneladas, consideravelmente superior às 8,7 toneladas de empuxo do RD-93 – propulsor do caça sino-paquistanês JF-17 (no Paquistão conhecido como FC-1).
Os chineses querem desenvolver o WS-13, porque o governo de Moscou não autorizou a fabricação sob licença na China de mais do que 500 exemplares do RD-93, e o consórcio formado pela chinesa Chengdu Aircraft Industry Group e pelo Complexo Aeronáutico Paquistanês (PAC, na sigla em inglês) tem a expectativa de produzir várias centenas de caças JF-17 – 150 só para a aviação militar do Paquistão.
Mercado – Com 14 m de comprimento, 8,5 m de largura (de asa a asa) e 5,1 m de altura, o JF-17 é uma aeronave destinada ao segmento das forças aéreas que necessitam de plataformas eficientes – aptas a disparar mísseis de alcance BVR (além do horizonte) – a um preço unitário modesto, entre 30 e 35 milhões de dólares, na versão Block II.
A Força Aérea do Paquistão emprega 50 JF-17 Block I, e seus pilotos elogiam bastante a potência e o desempenho da turbina RD-93 – responsável por impulsionar uma aeronave que transporta até 4 toneladas de cargas externas e, mesmo no limite das 13,5 toneladas, decola sem qualquer dificuldade.
Tubeira de escape dos gases do motor RD-93, instalado em um caça JF-17 paquistanês
O RD-93 permite que o caça sino-paquistanês alcance a velocidade de 1.6 Mach. Dotado de reservatórios extras de combustível, o avião pode cobrir trajetórias de 3.000 km.
Os fabricantes da aeronave afirmam ter vendido um lote de jatos da versão Block II a um cliente asiático, que seria Mianmar (antiga Birmânia). Mas Argentina e Nigéria também consideram a possibilidade de comprar o aparelho.
Na versão Block III, que já está em desenvolvimento, os chineses forneceriam um radar ativo de varredura eletrônica tipo AESA, além de equipamento de apresentação de tela de dados acoplado ao capacete do piloto.
Plano Brasil
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