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quarta-feira, 2 de março de 2016

Com 576 jatos de combate à sua disposição, Aviação Indiana alertou o governo: está com o seu potencial de ataque mais baixo em mais de uma década…

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Um Mig-27 da Índia na manobra de pouso; descarte dessas aeronaves pela Aviação Militar Indiana começou em janeiro último

Por Roberto Lopes

Cada cenário geopolítico impõe as suas demandas. E aceita determinadas limitações.

O território indiano – de 3.287.590 km² – representa apenas 38,6% da extensão territorial brasileira (8.515.767 km²). Apesar disso, os militares indianos estão alarmados com o fato de possuírem apenas 576 jatos de combate (interceptadores, caças-bombardeiro e bombardeiros).

A Força Aérea Brasileira não dispõe de mais do que 300 aeronaves de combate, aí incluídas cerca de 100 do modelo T-27 (mais apropriadas ao adestramento de pilotos) e outras 90 do tipo A-29/A-29B Super Tucano – cuja capacidade de sobrevivência no combate aéreo é diminuída, sobretudo, pela baixa velocidade (mesmo em mergulho).
Pois bem: mesmo com quase 600 aparelhos disponíveis para a luta no ar, a Força Aérea Indiana acaba de comunicar ao governo do Primeiro-Ministro Narendra Modi que sua capacidade de intervenção se encontra em seu nível mais baixo em mais de uma década.

Três esquadrões de velhos caças Mig-21 e Mig-27 foram desativados a 1º de janeiro ultimo, deixando a Aviação Militar local com apenas 32 esquadrões de ataque, cada um deles com uma quantidade de aparelhos que varia entre o mínimo de 16 e o máximo de 18.

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A sequência mostra os antiquados Mig-21 e Mig-27 indianos; tentando preservar um mínimo de seu potencial de combate, a Força Aérea da Índia ainda opera 11 esquadrões com esses aviões
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Este somatório de unidades aéreas armadas é inferior ao menor número definido pelo Ministério da Defesa indiano – 42 esquadrões – como aceitável para garantir os dois fronts que incumbe às Forças Armadas vigiar: o da divisa com o Paquistão e o da linha de fronteira com a China.

Em outras palavras, os militares indianos deveriam ter à sua disposição 750 aeronaves de combate plenamente operacionais, e não apenas 576.

Modernizações – O pior é que, desses 32 esquadrões da ativa, 11 ainda estão equipados com os ultrapassados Mig-21 e Mig-27.

O jato russo Sukhoi 30-MKI mobilia dez esquadrões, o Jaguar britânico – projetado nos anos de 1970 – seis, o Mig-29 três e o Mirage 2000 dois esquadrões.

Em um esforço de manter essa miscelânea pronta para atuar, os indianos estão modernizando o Jaguar, o Mig-29 e o Mirage 2000 com mísseis mais eficientes e novos aviônicos.
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Os jatos selecionados para serem modernizados na Índia: o Jaguar, o Mig-29 e o Mirage 2000
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A Força Aérea Indiana solicitou 126 caças de 1ª linha novos, mas só receberá 36 jatos Dassault Rafales – que são considerados caríssimos de se adquirir e custosíssimos de manter.

A Lockheed Martin americana ofertou seus consagrados F-16, com a perspectiva de capacitar a indústria aeronáutica indiana a produzir componentes dessas aeronaves. Mas a proposta ainda não teve uma resposta.

Para Nova Déli, reduzir as parcerias com a indústria de Defesa da Rússia não é tarefa fácil.

Tejas – Em seu atual estado de aflição por meios de combate aéreo, o Comando da Aviação Militar Indiana sugeriu que a Hindustan Aircraft Limited (HAL), controlada pelo Ministério da Defesa local, apresse a fabricação de novos lotes do jato bimotor de origem russa Su-30-MKI, mas tudo depende da capacidade de produção da empresa, que está envolvida até o pescoço com a fabricação do caça leve HAL Tejas.

Festejado por Nova Déli como um grande sucesso tecnológico – especialmente depois da sua recente aparição na feira aeronáutica do Bahrein –, o Tejas ainda constitui, tanto para a HAL quanto para os militares da Índia, um desafio pleno de incertezas.
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O HAL Tejas ainda oferece mais indagações do que soluções aos militares indianos

A companhia espera que a Pasta da Defesa autorize a construção de cerca de 180 exemplares desse modelo, mas, por enquanto, o governo só encomendou 106 unidades da versão básica: Mk.1A. Em setembro passado, especialistas da Aviação Militar solicitaram um rol de 43 modificações no projeto original do avião…

Cadência – De qualquer forma, é preciso dizer que, em 2006, o Executivo e o Parlamento indianos trabalhavam com a expectativa de que a HAL pudesse fabricar 16 jatos Sukhoi a cada 12 meses. E que essa cadência de produção se revelasse sustentável até 2017.

Entretanto, um ano e meio atrás, um relatório de avaliação mostrou que, em 2011, o ritmo de produção na HAL não superava a marca das oito unidades anuais.

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Sukhoi Su-30-MKI, o jato bimotor da predileção dos pilotos de combate indianos

A Força Aérea Indiana planeja operar, em 2020, uma frota de 272 Su-30-MKI. Conseguirá?

Plano Brasil

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