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sexta-feira, 15 de abril de 2016

BRICS apostam na economia verde

Moedas comemorativas da Cúpula dos BRICS em Ufa, Rússia em 2015
Os membros do Conselho de Governadores do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS (NBD) aproveitam a sessão de primavera do Fundo Monetário Internacional para realizar um encontro em Washington e discutir os primeiros projetos que receberão financiamento da instituição.

Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também referido como Banco dos BRICS, aprovou ontem (14), seus primeiros projetos a serem realizados nos países do bloco. Os quatro projetos de energia renovável, escolhidos anteriormente pela diretoria da instituição financeira, receberam o aval do Conselho de Governadores.
O projeto russo de mini hídricas na Karélia, a região russa na fronteira com a Finlândia, apresentado ao banco no final do fevereiro passado, foi o único que não foi tramitado pelo conselho, pois, segundo o ministro russo das Finanças, Anton Siluanov, “o modelo inicial de financiamento está sendo transformado”.
Já o Brasil receberá US$ 300 milhões (R$ 1 bilhão) para a realização de projetos de energia renovável, como solar e eólica. Os primeiros desembolsos estão previstos para este ano, sendo o BNDES a operadora da linha de crédito.

A Índia, que preside o bloco este ano, terá direito ao empréstimo de US$ 250 milhões para o programa de energia solar no estado de Karnataka.

No total, o Conselho aprovou o financiamento de US$ 811 milhões (R$ 2,840 bilhões). Cada país membro do bloco apresentou um projeto na área de energia renovável a ser financiado pelo banco.

A reunião realizada e o processo da escolha de projetos foram criticados por falta de transparência, inclusive nos critérios dessa escolha, o que parece verdade, já que as informações sobre o destino de outros 261 milhões alegadamente distribuídos entre a África do Sul e a China não foi comentado.

O Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS é um banco de desenvolvimento multilateral, operado pelos Estados do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) como uma alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). O banco está configurado para promover uma maior cooperação financeira e de desenvolvimento entre os cinco mercados emergentes sócios.

O acordo que oficializou a criação do banco, cujo principal objetivo é o financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento em países pobres e emergentes foi assinado em 15 de julho de 2014, durante a sexta cúpula do BRICS, em Fortaleza, no Ceará, pelos líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Sputnik

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