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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

'É duvidoso que Brasil preserve direito ao seu petróleo'

Plataforma de extração de petróleo da estatal Petrobras perto do litoral do estado de Espírito Santo, Brasil, dezembro de 2015 (foto de arquivo)
As petrolíferas internacionais prestaram muita atenção à plataforma continental brasileira quando o parlamento do país aprovou a lei que permite aos investidores estrangeiros explorar poços de petróleo no pré-sal.

Na semana passada, o Congresso Nacional do Brasil votou a lei que abole a norma que obrigava que a estatal Petrobras devesse ter uma parte não inferior a 30% em projetos de extração de petróleo na plataforma continental.


O analista da empresa IFC Markets, Dmitry Lukashov, disse ao serviço russo da Rádio Sputnik que é duvidoso que o Brasil mantenha o direito ao seu próprio petróleo. Ele afirmou que era muito provável que depois da saída da ex-presidenta Dilma Rousseff as empresas estrangeiras recebessem acesso à plataforma continental com poços de petróleo no Brasil. "O Brasil dispunha de forma independente do seu petróleo desde 1997, quando a Petrobras recebeu o direito às jazidas. Pelos vistos, eles irão explorar estas jazidas em regime de concessão e pagar impostos para o orçamento brasileiro", afirmou.

Na sua opinião, talvez toda a indústria petrolífera do Brasil possa ficar nas mãos de empresas estrangeiras.

"Isso está na lógica do impeachment, da saída da presidenta Rousseff que representava o Partido dos Trabalhadores. Agora outras forças chegaram ao poder e consideram que é preciso explorar os poços de petróleo em conjunto com empresas estrangeiras. Penso que é uma decisão política ligada à mudança de governo e de presidente", disse Lukashov. Entretanto, o especialista sublinhou que as empresas russas não participarão de uma projetada concessão. A Petrobras explora cerca de 93% do petróleo brasileiro, mas há a presença de empresas estrangeiras, em particular, de três empresas – Chevron, Shell e Statoil – que produzem 1-3% do petróleo do Brasil. "As empresas russas praticamente não estão presentes [no mercado brasileiro]. É mais provável que estas três empresas tenham mais oportunidades de receber parte da concessão de produção de petróleo", disse.

Quanto ao destino da Petrobras, Lukashov disse que não ele é claro. A empresa tem uma dívida de $125 bilhões e planeja receber cerca de $40 bilhões por estes poços de petróleo. O preço das suas ações cresce de forma dinâmica. "Pode ser que um pacote de ações seja privatizado, isso não é de excluir."

Lukashov disse que a grande dívida da Petrobras é explicada pela queda do preço do petróleo no mercado global. A empresa queria explorar a plataforma continental de forma independente, mas o plano de trabalhos não previa um preço tão baixo e a empresa teve de pedir empréstimos.

Sputnik

3 comentários:

  1. Isso pode parecer surreal, mas aconteceu de verdade. A ex-presidente cassada golpista Dilma Rousseff – que quebrou o país de propósito com seus crimes de pedaladas – indicou como especialista em contas públicas o “humorista” Gregório Duvivier.

    Patético é pouco para descrever.

    Enquanto isso, como Rodrigo Constantino lembrou, o Antagonista resgatou uma argumentação de Nelson Barbosa, do próprio PT, propondo o teto de gastos:

    https://cdn.oantagonista.net/uploads%2F1476220461113-REFORMA+FISCAL.pdf

    Ou seja, ela trocou a argumentação do economista Nelson Barbosa pela de Gregório Duvivier.

    No fundo, ela tem razão, pois Duvivier é um especialista no assunto. Não no uso decente da contas públicas, mas em favor de projetos de poder dependentes do saqueamento estatal.

    Para essa gente, enquanto o povo sofre com o desemprego, eles morrem de dar risada. Apenas um exemplo já é suficiente: para dois filmes fracassados estrelados por Duvivier, vimos o estado beneficiá-los por milhões em verbas de “incentivo à Cultura”.

    Ora, para que Duvivier precisa se preocupar com “teto de gastos”? Ele precisa gastar o dinheiro dos outros. Por isso ele é o melhor “especialista” para vir em defesa de Dilma Rousseff.

    E por isso mesmo devemos querer o inverso do que está nos desejos macabros de Duvivier.

    http://www.ceticismopolitico.com/gregorio-duvivier-e-o-melhor-especialista-em-contas-publicas-para-a-narrativa-de-dilma/

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  2. Um dos discursos mais ridículos da extrema-esquerda – na noite em que a PEC antipedalada foi aprovada em primeiro turno – veio do deputado Glauber Braga, do PSOL.

    Ele apelou à uma chantagem dizendo que “parlamentares que estavam a favor dos militares deveriam votar contra a PEC 241”.

    No fundo, era o mesmo truque de sempre inventando que a PEC traria cortes em setores específicos, quando ela não diz nada disso. Na verdade, a tendência é que os gastos desnecessários sejam cortados (e essa possibilidade aterroriza muita gente, especialmente da extrema-esquerda).

    A armação de Glauber tinha um alvo: deputados como os da família Bolsonaro, que possuem ligação com os militares. Logo, eles deveriam ser constrangidos a votar contra a PEC. Por sorte, não caíram no embuste.

    Mas vale relembrar o “amor” de Glauber Rocha pelos militares, inclusive citando o terrorista Carlos Marighella em sua homenagem – na ocasião da votação do impeachment -, que tinha como hobby assassinar soldados.

    As definições de “cara de pau” foram atualizadas depois dessa.

    Em tempo: eu não sou nenhum fã do regime militar, mas sou menos fã ainda do cinismo da extrema-esquerda, que tinha intenções muito mais macabras que a dos militares que tomaram o poder em 64.

    http://www.ceticismopolitico.com/papel-ridiculo-bolivariano-glauber-braga-fingiu-estar-preocupado-com-militares/

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  3. Saiu uma explicação didática sobre a PEC 241, horas atrás. A explicação não foi minha, mas eu a citei, evidentemente.

    Alguns petistas acusaram a explicação de “machista”. Como sempre, a acusação é uma fraude, uma vez que o rótulo “vagabundo” pode ser aplicado tanto a homens como mulheres.

    Basicamente, estão se apegando de modo desonesto à forma em vez de focar no conteúdo, exatamente como fizeram quando Lula foi denunciado pelo MPF. Como não conseguiam responder, apelaram ao truque de dizer “ah, é espetacularização, por causa do Power Point”. Pura palhaçada. Eles não mudam.

    Seja lá como for, nada melhor que reescrever o exemplo, mantendo o mesmo didatismo, e tirando as oportunidades de mimimi dessa gente.

    Segue o novo exemplo didático sobre a PEC 241:

    "Angela é uma executiva de sucesso, casada com Marcelo. Ele é um músico de garagem, que passa boa parte do tempo em casa. Ele é um “dono de casa”.
    Angela tem um cartão de crédito sem limite. É Angela quem paga a fatura.
    Angela deixa esse cartão com Marcelo, que vive uma vida fútil. O vagabundo adora gastar aos tubos, em tudo que é tipo de besteira. Também gasta muito com bebidas, festas e até para ficar chapado.
    Marcelo é o governo.
    Quando Angela olha a fatura, observa que, com o cartão, ele pagou o seu plano de saúde, a mensalidade da escola do seu filho, algumas outras coisas importantes e centenas de outras coisas caras e desnecessárias.
    Quando Angela vai tirar satisfação, para cada item desnecessário, o vabagundo inventa uma justificativa para convencê-la de que aquela compra era indispensável. Angela aceita…
    A cada mês, a fatura vem mais alta. Depois de alguns meses, a fatura ultrapassa a sua renda mensal.
    Angela percebe que, se isso continuar assim, vai acabar ficando inadimplente.
    Então, em um momento de lucidez, Angela liga para o banco e pede para colocar um limite compatível com a sua renda no cartão.
    Os amigos de seu marido ficam revoltados. Dizem que, com esse limite, não vai dar mais para pagar a mensalidade da escola, nem o plano de saúde, como se não fosse houvesse mais nada para cortar. Esses amigos são os militantes do PT, PSOL e PCdoB.
    Angela decide manter sua decisão, mesmo assim.
    Quando Angela fez isso, estava adotando a sua PEC 241.
    Fim."

    E agora, petistas, vão chorar?

    Quero só ver…

    http://www.ceticismopolitico.com/destruindo-o-mimimi-em-dobro-com-explicacao-didatica-revisada-sobre-a-pec-241/

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