Hillary Clinton, FBI e a verdadeira surpresa de novembro, por Pepe Escobar - Noticia Final

Ultimas Notícias

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Hillary Clinton, FBI e a verdadeira surpresa de novembro, por Pepe Escobar

Pepe Escobar,Sputniknews

traduzido pelo coletivo da vila vudu

"Por pior que seja, quem toma decisões está acima do presidente. Essa gente pode ter resolvido que é a vez de Trump. Nada disso acontece por acidente."

Rússia não elegerá o próximo President of the US, POTUS

Assim falou personagem de alto nível no US business, dos que fazem e acontecem, com trânsito garantido nos círculos rarefeitos onde vivem e operam os Masters of the Universe, em meio ao impressionante caos político gerado pela mais recente revelação-bomba vinda de James Comey, diretor do FBI. Agora já está virtualmente provado que a advogada-geral dos EUA Loretta Lynch ordenou que Comey não divulgasse sua carta ao Congresso. Mas Comey divulgou. Se não divulgasse, e um escândalo eclodisse, como inevitavelmente eclodiria, depois da eleição presidencial nos EUA, Lynch estaria perfeitamente posicionada para declarar que não sabia de coisa alguma, e Comey estaria na linha de tiro. Lynch é conhecia agente ativa da máquina de Clinton. 



Em 1999 o então presidente nomeou Lynch para dirigir a Procuradoria de Estado em Brooklyn US. Ela saiu de lá em 2002, e meteu-se no setor privado, pela sempre útil porta giratória. Em 2010 voltou ao escritório no Brooklyn, por insistência de Obama. Cinco anos depois, tornou-se o 83º titular da Procuradoria Geral dos EUA, em substituição ao espertalhão sinistro Eric Holder. Há quem diga, muito plausivelmente, que Comey tomou a fatídica decisão baseado em grave revolta interna no FBI – liderada por gente em quem ele confia –, além de ter sido encorajado pela esposa. 

Mas ainda assim uma das questões chaves que não querem calar é por que o FBI esperou até 11 dias antes das eleições presidenciais para, supostamente, "encontrar" um email no laptop de Anthony Weiner pervertido sexual conhecido? Acordo com Donald? 

O que esperar da nova investigação do FBI nos e-mails de Clinton? 

Minha fonte imersa no business, apesar de não simpatizar com a máquina de Clinton, sobretudo em política externa, é praticante da realpolitik, não teórico de conspirações. Afirma sem vacilar que

"a virada do FBI não aconteceria, nunca, de modo algum, sem ordens de acima do presidente. Se os Masters [of the Universe] mudaram de ideia, nesse caso destruirão Hillary." E acrescenta: "podem ter um acordo com Donald, como com qualquer outra pessoa; Donald vence; os Masters vencem; o povo vai acreditar que a voz deles fez-se ouvir. E então haverá algum tipo de mudança (controlada)."

O que não muda em todo o novelão é que a fé no sistema político dos EUA – por mais corrupto que seja – tem de sobreviver. É como a fé no dólar norte-americano: se a confiança no EUA-dólar desmorona, os EUA, como potência financeira hegemônica estão acabados. A fonte também diz sem vacilar que "uma cobertura tão vasta como a que blinda Hillary é quase sem precedentes. Reunião secreta entre Bill Clinton e a advogada-geral; o FBI atropelando todas as provas e, inicialmente, livrando Hillary de todas as acusações, para uma quase rebelião de todo o FBI, da qual faz prova Rudolf Giuliani cuja reputação como Procurador Federal nunca foi questionada; e a fundação "pague e jogue" dos Clintons. Os Masters estão preocupados com o risco de essa coisa toda sair completamente de controle."

Registros mostram que

"os Masters só muito raramente tiveram de dar-se tanto trabalho para proteger os seus. Conseguiram salvar Bill Clinton do perjúrio do caso de Monica Lewinsky e mantê-lo na presidência. Nesse caso, os Masters não foram atacados. Conseguiram safar-se até no crash de 1987 e no roubo que cercava a queda do Lehman.

Em nenhum desses casos houve desafios que os Masters não pudessem controlar, como os que se veem agora expostos ao público por Trump. Parece que antagonizaram e insultaram o homem errado."

Todos a bordo do trem "Escândalo Huma" 

Hillary Clinton não está no centro da Surpresa de Outubro, de cair o queijo, trazida por Comey; que realmente lá está é a mulher que é o braço direito de e quase "filha" de Hillary, Huma Abedin. Esse ensaio publicado no início de janeiro sobre Huma Abedin incluiu grande quantidade de 'detalhes' – alguns deles, sim, de acordar todos os tipos de suspeitas. No caso de Hillary Clinton vir a ser a próxima presidenta dos EUA (POTUS), Abedin, que também atende pelo codinome de Princesa da Arábia Saudita, muito provavelmente será chefa de gabinete de Hillary – o poder que comanda todas as operações da Casa Branca. 

Nesse material encontram-se já muitas pistas para conhecer a conexão FBI-Huma Abedin. Abedin recebeu acesso livre ao nível Top Secret da segurança dos EUA pela primeira vez em 2009, quando Hillary nomeou-a vice-chefe de operações. Adiante Abedin diria que "não se lembrava" de ter sido incluída em qualquer Programa de Acesso Especial [ing. Special Access Programs (SAPs)].

É crucialmente importante lembrar que um dos endereços de e-mail de Abedin era huma@clintonemail.com. Tradução crucialmente importante: ela era a única assessora de alto nível do Departamento de Estado cujos e-mails eram hospedados no famoso Servidor Subterrâneo de Email de Clinton –, o mesmo que ela disse não saber que existia até que viu a notícia na mídia.

Abedin declarou sob juramento num processo iniciado contra o Departamento de Estado por Judicial Watch que entregara todos os seus laptops e smartphones onde pudesse haver emails relevantes para a investigação do Servidor Subterrâneo de Email. Parece que não foi bem assim. O laptop que está no centro da bomba atômica disparada por Comey era partilhado entre Abedin e o marido Wiener, até que se separaram. 

Se Abedin mentiu, pode ter de encarar até cinco anos de cadeia por perjúrio. Como se toda a saga de e-mails-cum-pornografia-cum-chantagem não fosse sórdida que chegue, o "clímax" agora parece ter-se convertido numa luta livre mista entre o antigo casal, cujo grande prêmio é arrasar a reputação do ex-cônjuge. 

O FBI afinal conseguiu um mandado e está pesquisando freneticamente em nada menos de 650 mil e-mails de Abedin encontrados no laptop do ex-marido Wiener, doido por escândalos sexuais; o objetivo é determinar exatamente quais deles vieram do Servidor Subterrâneo de E-mails. E como isso já não fosse desmoralizante que chegue, o FBIcontinua em sua investigação da Fundação Clinton. 

Como ex-diretor assistente do FBI Tom Fuentes disse, "O FBI tem em andamento investigação intensiva sobre a Clinton Foundation (...) A investigação avançará como caso amplo unificado e será coordenada; a investigação prossegue sobre Huma Abedin e o papel e atividades dela concernentes à Secretária de Estado na natureza da fundação e de um possível "pagamento para jogar". Isso é o que está sendo examinado agora." Aconteça o que acontecer até o dia da eleição, os eleitores norte-americanos terão de lidar com o fato inusitado de que talvez elejam a primeira presidenta dos EUA que é objeto de investigação "ampla e unificada" do FBI. 

Um sistema podre, viciado? 

Um ex-promotor público federal com experiência em casos de corrupção, oferece umaexplicação plausível para a ação de Comey. Resumidamente, agentes do FBI que investigam as ações de distribuição de material pornográfico e chantagem de Weiner – e há vários grupos de agentes investigando esse Emailgate – têm provas de que há emailsdo Departamento de Estado no computador dele. Comey sabia que precisava de mandado para examinar os emails no computador de Wiener. Então contornou o inevitável tumulto subsequente "enviando uma carta (...) vaga ao Capitólio" a qual, no fim, confundiu ainda mais as pessoas. 

Mas essa interpretação parece apenas tocar a superfície. Mais e mais fundo, parece que a decisão de Comey teria sido realmente precipitada pela insurgência dos altos funcionários do FBI – fartos do "extremo desleixo" da história de Hillary. Parece que eles têm de ter material realmente quente sobre a máquina Clinton (de dinheiro), que ainda não veio à luz.

Comey poderia ter esperado para dizer alguma coisa depois da eleição; afinal, o FBI insiste que verificaram todos os emails de Clinton, inclusive os deletados, para nem falar dos e-mails Podesta. Assim sendo, o porno-laptop de Wiener pode não passar de parte da história.

Explicação muito mais plausível é que Comey teve de fazer o que fez não só por causa da revolta interna do FBI (ou porque precisasse urgentemente pôr WikiLeaks no centro dos eventos?). Comey teve de fazer o que fez, porque a podridão vai muito além da gangue "Se não paga não joga" de Clinton e envolve virtualmente todo o sistema, dos recessos mais profundos do governo Obama ao lixo do Partido da Guerra, Departamento de Justiça, CIA e o próprio FBI. O que mais? Preparem-se para o impacto: bem pode ser a derradeira surpresa de novembro...

blogdoalok

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad