Os generais indianos pensaram ter alcançado seu objetivo, cinco anos atrás, quando as simulações em computador feitas na Fábrica de Veículos Pesados da cidade de Avadi, perto de Chennai (no extremo sudeste da Índia), revelaram que seu pesadíssimo carro de combate Arjun Mk1 – com torre de linhas retilíneas que lembrava a do tanque alemão Leopard –, se transformara em um blindado de perfil mais baixo (e parecido com o T-90 russo).
Tanques T-90 do Exército indiano desfilam em Nova Déli
Viatura Arjun Mk1, com a torre que lembra a do carro alemão Leopard
A decepção veio quando uma das versões do Arjun Mk2 alcançou o patamar das 68 toneladas (!) e mostrou que o carro, de estrutura muito além do razoável, só estava apto a circular em determinadas áreas do território indiano – e a crítica fronteira indo-paquistanesa não era uma delas…
Arjun Mk2: grande e pesado demais para operar na fronteira indo-paquistanesa
Nesta quarta-feira, a revista India Today noticiou que a Força Terrestre Indiana planeja comprar 464 unidades do tanque russo T-90MS, de 48/52 toneladas – aquisição que representa um dispêndio de, aproximadamente, 2 bilhões de dólares.
A planta industrial de Avadi continua tentando reduzir o peso do Arjun, mas está difícil obter um bom resultado (carro eficiente e competitivo) abaixo da marca das 58,5 toneladas.
Planejamento – A princípio, as centenas de T-90 vão mobilizar dez regimentos (valor batalhão) do Exército indiano, e a fábrica de Avadi ainda será qualificada para fazer a montagem de alguns sistemas do blindado russo.
O modelo MS oferecido aos indianos possui imageamento termal e sistema de visão noturna que permite ao comandante do carro bater alvos inimigos de forma precisa mesmo durante batalhas noturnas.
O Exército da Índia já possui 18 unidades de tanques T-90 nas regiões do Rajastão e de Punjab, defronte à divisa com o Paquistão, mas a massa dos 4.000 carros de combate da Índia tem dificuldades para operar à noite.
Além disso, os carros indianos sofrem com a má conservação.
Uma auditoria feita este ano a mando do Ministério da Defesa, constatou que os veículos sofrem com a má qualidade dos seus radiadores – comprados à indústria automotiva indiana –, tanto quanto com o desgaste produzido pela excessiva exposição das viaturas ao calor e à poeira (foto abaixo).
Agora o T-90MS emerge como a solução para a substituição das versões mais antigas do carro T-72 e dos veteraníssimos tanques T-55, de origem russa.
O Exército opera hoje cerca de 850 tanques T-90, e planeja ter 1.657 em atividade no ano de 2020.
Entretanto, falta ainda estabelecer mecanismos de aquisição rápida de mísseis antitanque para esses blindados e munição para o canhão que constitui seu armamento principal. Preparado para o combate, cada T-90 carrega 43 projetis de 125 mm.
Plano Brasil
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