No fim de dezembro de 2016, a agência Bloomberg comunicou, citando a Direção de investigação de segurança social, que a China está estabelecendo contatos com grupos que lutam pela separação de Okinawa do Japão através de universidades e centros de pesquisa. A chancelaria chinesa preferiu não dar comentário sobre isso.
O movimento pela independência de Okinawa se iniciou em 1945. Os seus ativistas defendem o reestabelecimento de Luchu, nação de centenas de anos que foi tomada pelo Japão em 1879. Estima-se que um terço de sua população é a favor da independência.
Na opinião do historiador e analista político, Dmitry Verkhoturov, é muito provável o estabelecimento de contato da China com grupos separatistas de Okinawa. "Quase 17% do território de Okinawa é ocupado por bases militares norte-americanas, que bloqueiam a saída da Marinha chinesa do mar Amarelo para o oceano Pacífico. Todas as saídas das forças principais da Marinha chinesa para o oceano <…> são observadas pela aviação norte-americana. <…> O grupo militar dos EUA em Okinawa, juntamente com as forças japonesas de autodefesa, apoia a contenção de tal ação", disse à Sputnik Japão.
O especialista acredita que a China não esteja muito disposta a realizar ações agressivas, optando por meios mais delicados para proteger seus interesses. A China está interessada na separação da ilha do Japão por algumas razões. É benéfico para a China apoiar o movimento contra a instalação de bases militares norte-americanas, que foi sempre significativo em Okinawa. Além disso, Verkhoturov afirmou que, com ajuda dos separatistas de Okinawa, a inteligência chinesa poderá espionar bases e recolher informações. Existe uma possibilidade de organização de sabotagens pelos separatistas em questão a fim de agravar a situação (tais cenários foram sugeridos ainda em 2013).
"Em caso de agravamento da situação, posicionar secretamente submarinos das forças especiais chinesas será muito mais fácil, caso a China conte com a ajuda dos separatistas. Ou seja, preparar-se de forma secreta para neutralizar ou eliminar bases norte-americanas em Okinawa em caso de conflito ou guerra com a ajuda de separatistas", sublinhou o analista.
Ao mesmo tempo, os separatistas devem compreender as consequências que sofrerão caso consigam se separar do Japão.
"Primeiramente, Okinawa não é capaz de criar quaisquer forças armadas, aviação e frota por si só. Nem o Japão, nem os EUA não aceitarão a perda da ilha. Um argumento militar de tal intensidade poderá ser expresso somente por tropas chinesas, que poderiam assumir as bases [norte-americanas]", disse Verkhoturov. Caso Okinawa alcance independência territorial, segundo o especialista russo, não haverá outra opção para a província a não ser se entregar à nação chinesa, consequentemente, a liberdade almejada por muitos não será usufruída pelos mesmos.
Sputnik
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