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terça-feira, 17 de abril de 2012

Dinamarca pede explicações a Israel após ataque de soldado a ativista; veja vídeo da agressão


A Dinamarca pediu explicações a Israel depois de um ativista pró-Palestina de nacionalidade dinamarquesa ter sido agredido na cara por um militar israelense. O governo de Israel se apressou a criticar a ação do militar, que ficou documentado em vídeo.

Na gravação é possível ver um militar israelense identificado como sendo o tenente-coronel Shalom Eisner - vice-comandante da brigada territorial do Vale do Jordão - dando um golpe com a sua metralhadora M16 na cara do ativista. Nas imagens disponibilizadas no Youtube não há aparente motivo para o ataque, uma vez que o ativista – identificado como o Andreas Ias – não provoca diretamente o militar. Alguns amigos do coronel Eisner indicaram, porém, que o ativista teria previamente quebrado alguns ossos da mão do militar, refere o The Guardian".

O vídeo foi colocado no YouTube pelo International Solidarity Movement (ISM), cujos membros participam regularmente em protestos contra a ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Depois de ser colocado online, o vídeo foi igualmente transmitido pelas televisões israelitas e palestinas, motivando diversas reações de indignação.


Andreas Ias, de 20 anos, pertencia a um grupo de ativistas pró-Palestina que percorriam a zona de Jericó de bicicleta no sábado de manhã quando – de acordo com as agências de notícias palestinas – as Forças Armadas israelitas bloquearam os participantes. Israel indicou que os ativistas estavam tentando bloquear a estrada. Nos incidentes que se seguiram, alguns acivistas ficaram feridos e foram levados para o hospital, ao passo que outros foram detidos.

Ias foi encaminhado para o hospital, onde levou alguns pontos nos lábios. Pouco depois afirmou aos veículos de imprensa de Israel que o evento em que participou não era violento e que não houve qualquer contato ou troca de palavras entre ele e o militar antes de ser atingido na cara.

Sabe-se que o soldado foi suspenso enquanto acontece o processo de inquérito.

Estes incidentes aconteceram numa altura em que Israel lançava uma operação de segurança para prevenir que centenas de ativistas pró-palestinianos entrassem no país em rota para a Cisjordânia, alegando tratar-se de provocadores com o objetivo de lançarem atos de violência.

A embaixadora dinamarquesa em Israel, Liselotte Plesner, já pediu mais informações acerca do ataque ao ativista e, num comunicado emitido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Villy Sovndal, pode se ler: “Não estamos a par de todas as circunstâncias que rodearam o incidente. A embaixadora dinamarquesa pediu às autoridades israelitas uma explicação imediata”, cita o The Guardian.

Do lado de Israel as reações também não se fizeram esperar. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu condenou as ações do soldado, afirmando: “Este tipo de conduta não é típica dos soldados e dos comandantes do Exército israelita e não há lugar para ela no Exército nem no Estado de Israel.”

Por seu lado, o Presidente Shimon Peres afirmou estar “chocado” e o chefe de Estado-maior Benny Gantz descreveu o incidente como “grave” e “contrário aos valores das Forças Armadas Israelitas”, afirmando que ele será investigado de forma minuciosa.

Em 2003 e 2004 outros dois membros do International Solidarity Movement foram agredidos e acabaram morrendo. Rachel Corrie morreu em 2003 após ter sido atropelada por um bulldozer. No ano seguinte o voluntário Tom Hurndall foi atingido na cabeça por um sniper do exército israelita.

AI Noticia

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