Sírios na expectativa por cúpula convocada pela Rússia

Damasco, 12 jun (Prensa Latina) Os sírios estão na expectativa sobre uma reunião internacional convocada pela Rússia e as negociações em marcha para atingir uma solução à crise que vive esta nação do Levante.

Nesse sentido, meios de imprensa refletem a visita que realizará manhã a Irã o chanceler russo, Sergei Lavrov, para discutir a situação na Síria e os preparativos da reunião dos países do G-6 em torno do dossiê nuclear do Irã.

A agência de notícias russa ITAR-TASS indicou em um relatório que o objetivo do encontro será essencialmente buscar ações de apoio à execução do plano de paz do enviado especial da ONU, Kofi Annan, e pôr fim aos problemas que o obstaculizam.

Isto se inscreve dentro os esforços para encontrar uma solução política à crise na Síria, esquentada nas últimas semanas por ações das bandas armadas e as respostas de forças governamentais.

Ontem foram feridos dois jornalistas da televisora síria Ikhbariya ao ser alvo seu veículo do fogo dos irregulares em Hifa, na província de Latakia, a 350 quilômetros a noroeste de Damasco, na região mediterrânea.

A respeito, o Conselho Nacional de Imprensa manifestou sua condenação pela agressão contra os profissionais enquanto desenvolvem seu trabalho jornalístico.

Por outra parte, um grupo armado detonou um artefato explosivo contra um gasoduto entre Zebari, e os povos Sa'alo, na província de Deir Ezzor (nordeste), provocando o escapamento de 400 mil metros cúbicos de gás, segundo um relatório da agência de notícias síria SANA.

Em consequência do atentado, dois geradores de uma central elétrica saíram de serviço, indicou uma fonte do Ministério de Eletricidade, citada pela agência.

Enquanto, prosseguem os confrontos entre forças do governo e os grupos armados em zonas de Douma, em Damasco Campo, Haffah em Lattakia, entre outras áreas da geografia síria, parte da ofensiva lançada pelas autoridades para aniquilar aos grupos armados.

Ademais foram divulgadas ações na região de Idleb, onde os irregulares atacaram civis e militares, e devido à resposta governamental vários terroristas morreram.

Nos últimos dias observa-se um recrudescimento dos confrontos, o que observadores atribuem à decisão do governo de responder aos chamados da população de atuar com mão de ferro contra os grupos armados que desestabilizam o país.

Gílson Sampaio