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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Decisão sobre asilo de Assange deve sair nesta semana, diz Correa.Equador concedeu asilo político a Assange, afirma jornal

Um cartaz do fundador do Wikileaks, Julian Assange, em frente a Embaixada do Equador em Londres, onde ele está alojado desde o dia 19 de junho 

O presidente do Equador afirmou que autoridades estão analisando direito internacional antes do anúncio

O governo do Equador deve anunciar nesta semana sua decisão sobre o pedido de asilo político de Julian Assange, informou o presidente equatoriano nesta terça-feira (14/08) em entrevista à rede estatal do país. Segundo Rafael Correa, as autoridades estão estudando um extenso material sobre direito internacional para formular uma resposta esclarecida e responsável acerca do requerimento de Assange.

O presidente informou, no entanto, que receberá o ultimo relatório dos especialistas nesta quarta-feira (15/08) e por essa razão, até o fim da semana poderá informar sua decisão. O fundador do Wikileaks permanece alojado na Embaixada do Equador no Reino Unido desde 19 de junho, quando foi determinada sua extradição para a Suécia pela Justiça britânica. Assange, que revelou milhares de documentos confidenciais da cúpula política, diplomática e militar das potências, enfrenta acusações de abuso sexual pela justiça sueca.

Assange sustenta, no entanto, que está sendo processado pelo trabalho desenvolvido no Wikileaks. "A perseguição da qual sou alvo em diversos países deriva não só de minhas ideias e ações, mas de meu trabalho ao publicar informações que comprometem os poderosos, de publicar a verdade e, com isso, desmascarar corrupção e graves abusos aos direitos humanos ao redor do mundo", escreveu ele em carta enviada ao presidente do Equador.

Antes de procurar asilo na Embaixada do Equador e ainda sob prisão domiciliar, Assange entrevistou Correa em um programa para a emissora russa RTV. O presidente decorreu sobre a perseguição política realizada contra aqueles que se opõem às diretrizes norte-americanas e no final da conversa, confortou o fundador do Wikileaks. “Seja bem-vindo ao clube dos perseguidos”, disse ele.

Opera Mundi

Atualização:

Equador concedeu asilo político a Assange, afirma jornal

O presidente do Equador, Rafael Correa, concordou em conceder asilo político ao criador do Wikileaks, Julian Assange, noticiou nesta terça-feira (14/08) o jornal britânico The Guardian . O jornalista aguardava o resultado da decisão desde o dia 19 de junho, quando fugiu de sua prisão domiciliar e ingressou na embaixada do Equador em Londres.

"O Equador vai conceder asilo a Julian Assange", revelou um oficial do governo equatoriano ao diário. Na última segunda-feira, Correa apareceu na ECTV e declarou que tomaria uma decisão sobre o assunto ainda esta semana. Nesse período de espera, Correa assegurou que analisou uma enorme quantidade de material sobre legislação internacional para adotar um posicionamento responsável.

"A perseguição da qual sou alvo em diversos países deriva não só de minhas ideias e ações, mas de meu trabalho ao publicar informações que comprometem os poderosos, de publicar a verdade e, com isso, desmascarar corrupção e graves abusos aos direitos humanos ao redor do mundo", diz Assange na carta lida pelo chanceler equatoriano.

No documento que entregou à época às autoridades diplomáticas equatorianas, Assange diz que considera "impossível" seu retorno a seu país de origem após a "lamentável declaração efetiva de abandono" recebida pelo governo da Austrália.

Decisão britânica

A Suprema Corte britânica anunciou em junho que o recurso feito por Assange após ser condenado à extradição para a Suécia foi negado. A partir de então não restavam mais possibilidades de reversão da sentença do jornalista dentro da Justiça do Reino Unido.

Com a apelação julgada “sem mérito” pelos magistrados britânicos e com a autorização para extradição, a equipe de advogados de Assange havia ficado apenas com a opção de recorrer à Corte Europeia de Direitos Humanos em Estrasburgo. "A Corte Suprema do Reino Unido desestimou o pedido apresentado por Dinah Rose, advogada do Sr. Julian Assange, que buscava reabrir sua apelação", declarou a máxima instancia judicial do país na ocasião.

Os magistrados haviam aprovado a extradição de Assange no fim do último mês de maio. Contudo, sua defesa decidiu reabrir imediatamente a causa requerendo a revisão da sentença que autorizava a extradição.

O fundador do Wikileaks, que revelou milhares de documentos confidenciais da cúpula política, diplomática e militar dos EUA, foi detido em Londres mediante uma ordem de extradição movida pelas autoridades da Suécia. Durante todo o decorrer de seu julgamento, viveu sob fortes medidas de segurança na mansão de um amigo seu no sudeste da Inglaterra. Ele recorreu da decisão ao Supremo depois de o Tribunal Superior aprovar seu envio à Estocolmo em novembro do ano passado.

Opera Mundi

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