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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Noticias de Israel

Israel ataca 20 alvos na Faixa de Gaza


EPA
A Força Aérea israelense efetuou hoje cerca de 20 ataques na Faixa de Gaza, iniciando um operação em larga escala sob o nome de Pilar de Segurança. Segundo relatos não confirmados, o Exército também está em estado de prontidão.
Entre os alvos atacados encontram-se armazéns do movimento islâmico Hamas, onde estavam guardados mísseis de grande alcance.
A operação aérea visou destruir a infra-estrutura terrorista e proteger mais de um milhão de israelenses na zona de fogo.
Os ataques aéreos foram levados a cabo após um bombardeio do território israelense realizado pelos palestinos, apesar da decisão de cessar-fogo.

Principal comandante do Hamas morre em ataque aéreo de Israel


Israel matou o comandante militar do Hamas em um ataque aéreo nesta quarta-feira na Faixa de Gaza, levando os dois lados envolvidos no conflito à iminência de uma nova guerra.
O ataque ocorreu apesar de sinais de que o Egito havia conseguido mediar uma trégua entre Israel e militantes palestinos após cinco dias de escalada de violência, em que mais de 100 mísseis foram disparados de Gaza contra Israel e foram lançados repetidos ataques israelenses sobre o enclave.
O islamista Hamas disse que Ahmed Al-Jaabari, que era responsável pelo braço armado da organização chamado Izz el-Deen Al-Qassam, morreu junto com um passageiro depois que o carro em que estavam foi atingido por mísseis israelenses.
O serviço israelense de inteligência Shin Bet confirmou ter realizado o ataque, dizendo que matou Jaabari devido à sua "atividade terrorista de uma década".
"O motivo desta operação era debilitar o comando e o controle da cadeia de liderança do Hamas", afirmou o Exército israelense em um comunicado.
Uma autoridade militar israelense disse que o assassinato do alto comandante do Hamas não seria o fim dos ataques de Israel à Faixa de Gaza e que mais ataques virão a seguir.
Pedidos imediatos por vingança foram transmitidos na rádio do Hamas e grupos militantes menores alertaram que iriam retaliar.
"Israel declarou guerra em Gaza e eles irão carregar a responsabilidade pelas consequências", disse a Jihad Islâmica.
Uma testemunha da Reuters informou que houve múltiplos ataques aéreos de Israel contra o enclave costeiro.
O Hamas governa Gaza desde 2007 e não reconhece o direito de Israel de existir.
Israel travou uma guerra com o Hamas pela última vez entre 2008 e 2009, quando um conflito de três semanas acabou com 1.400 palestinos e 13 israelenses mortos.
(Reportagem de Nidal al-Mughrabi e Dan Williams)

Tambores de Guerra - Ataque de Israel 'abriu portas do inferno', diz liderança do Hamas


O ataque aéreo do Exército israelense que matou o chefe do braço militar do Hamas na Faixa de Gaza "abriu as portas do inferno", disse a liderança do movimento radical islâmico que governo o território palestino desde 2007.
Ahmed Jabari foi morto mais cedo durante uma ação classificada pelos israelenses como um "ataque cirúrgico".
Ele é o integrante com o posto mais alto do movimento a ser morto desde a última ofensiva israelense contra o território quatro anos atrás.
Em sua primeira reação ao ataque, a liderança do movimento disse que a ação "abriu as portas do inferno". Logo após a ação, tiros de metralhadora puderam ser ouvidos por toda a cidade de Gaza enquanto as mesquitas transmitiam a notícia.
Cenas caóticas também foram vistas no hospital para onde Jabari foi levado.

Chanceler israelense ameaça derrubar Abbas caso Palestina obtenha reconhecimento na ONU

Para ultraconservador Avigdor Lieberman, Israel se veria obrigada a abandonar acordos de paz de Oslo

O ministro de Relações Exteriores de Israel, o ultradireitista Avigdor Lieberman, ameaça derrubar o governo do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, e cancelar os acordos de paz de Oslo, assinados em 1993, caso a ONU (Organização das Nações Unidas) reconheça a Palestina como estado não-membro da entidade.

A possibilidade de derrubar Abbas foi revelada em documento proveniente do gabinete do ministro e distribuído à imprensa. “Apesar do risco dessa iniciativa, considerando as implicações que Israel teria de lidar, a única opção diante de tal cenário [o reconhecimento da ONU] seria a derrubada do governo Abbas”.

O documento afirma ainda que qualquer “atitude mais suave ou conteção” acarretaria na admissão de que Israel seria incapaz de lidar com o desafio da ONU e “sinalizaria levantar a bandeira branca”.

“A possibilidade de a ONU reconhecer um Estado Palestino de acordo com um processo unilateral destruiria a dissuasão israelense e prejudicaria sua credibilidade”, afirmou o documento.

Ainda sugere que Israel ofereça uma alternativa aos palestinos: abandonar a demanda na ONU em troca de negociar com a ANP um estado palestino com fronteiras provisórias – sem data fixa para fixação de fronteiras permanentes.

Acordos

A possibilidade de cancelamento dos acordos foi comunicado pelo premiê à chefe de diplomacia da União Europeia, a britânica Catherine Ashton, em um encontro ocorrido nesta quarta-feira (14/11), em Jerusalém. Segundo o chanceler, “uma ação como essa [a demanda palestina através da ONU] seria uma violação de todos os acordos assinados [entre as duas partes] até hoje (...) Israel não estaria mais comprometido com os acordos assinados com os palestinos nos últimos 18 anos”.

O governo israelense considera a tentativa de reconhecimento palestino uma violação grave e orientou todos os seus embaixadores a fazerem o que fosse possível para evitar que o país sofra uma derrota na Assembleia.

Lior Ben Dor, um porta-voz das Relações Exteriores, explicou que esse Ministério enviou um telegrama há poucos dias a todos seus embaixadores pedindo-lhes que transmitam a posição de que "se os palestinos assumirem esta medida unilateral que contradiz os acordos de Oslo assinados pelas duas partes, Israel também tomará medidas unilaterais".

A demanda palestina para reconhecimento na entidade será realizada no próximo dia 29, aniversário de 65 anos da assinatura do Plano de Partilha (1947) elaborado pela entidade, que planejava a criação de um estado judeu independente (Israel) e um vizinho destinado à população palestina.

"Oslo é um contrato e o respeito desse contrato depende da boa vontade das partes envolvidas. Se uma parte decide romper o contrato já não há acordo", declarou à Agência Efe um responsável israelense que pediu para não ser identificado e acrescentou que "uma coisa é um descumprimento, a outra é violar o marco fundamental" do pacto.

Ao seu entender, a estratégia palestina de pedir o reconhecimento na Assembleia Geral da ONU, que previsivelmente será realizada no próximo dia 29, contradiz dois aspectos fundamentais de Oslo: o pacto de que qualquer diferença entre as partes deve ser discutida de forma bilateral e não ser repassado a uma terceira parte e, por outro lado, a ordem estabelecida do processo.

"Oslo estabelece uma sequência de eventos: primeiro há negociações, depois um acordo e, então, o Estado palestino poderá pedir reconhecimento. No entanto, os palestinos buscam um atalho para evitar essa sequência necessária e obrigatória. Parece que a mensagem é que não é preciso negociar, não é preciso que haja acordo (de paz)", assegura o responsável.

"Se romperem o contrato, nós nos sentiremos livres para adotar qualquer medida que nos pareça adequada sem levar em conta o que estipula Oslo", advertiu.

De acordo com expectativas de especialistas, a demanda da ANP na ONU deverá ser aceita por grande maioria, apesar de pressões contrárias de Washington. Na prática, esse reconhecimento não dá poder de voto aos palestinos na entidade, mas deve possibilitá-los a processar o Estado israelense na Corte Internacional de Justiça ou no TPI (Tribunal Penal Internacional), ambas as entidades sediadas em Haia, na Holanda.

Lieberman estuda uma série ide represálias, incluindo a suspensão de permissões de trabalho e a interrupção do fornecimento de dinheiro proveniente de impostos recolhidos dos palestinos por Israel, que são destinados à Autoridade Palestina.

A iniciativa de Lieberman foi apoiada por uma série de ministros israelenses, que defendem a anexação de colônias localizadas em territórios reivindicados pelos palestinos. O ministro de Proteção Ambiental, Gilard Erdan, alertou aos outros países que as ameaças de Israel devem ser seriamente consideradas. “Nesse caso, Israel deveria também aproveitar a oportunidade e anunciar que anexará os assentamentos judeus na Cisjordânia”.

No entanto, um dos líderes da oposição, o deputado Ronnie Bar-On, do centrista Kadima, afirmou que as aeaças do governo são ridículas: “Alguém realmente acredita que os acordos de Oslo serão cancelados e , mais uma vez Israel iria governar uma população palestina gigatesca?”

Abbas afirmou na segunda-feira (12) que aceitará voltar a negociar com Israel após o reconhecimento internacional.
   Opera Mundi

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