Irã anuncia entrada em funcionamento de sistema de foguetes navais
Teerã, 27 dez (Prensa Latina) A marinha de Guerra iraniana receberá e logo colocará em serviço um novo sistema de foguetes de fabricação nacional que aumenta a precisão e o alcance de sua artilharia reativa, revelaram hoje altos comandos militares.
O novo sistema, cujo nome não foi revelado, poderá ser instalado em todos os tipos de embarcações e em breve estará operando, conforme o comandante da Marinha de Guerra contra-almirante Habibollah Sayyari.
As informações são dadas na véspera das manobras navais iranianas que durarão seis dias e acontecerão em uma extensão de um milhão de quilômetros quadrados no Golfo Pérsico, incluída a estratégica zona do Estreito de Ormuz.
Atualmente as unidades navais persas estão equipadas com mísseis de curto e médio alcance e a entrada em serviço do novo sistema complementa as capacidades logísticas da Marinha de Guerra da República Islâmica, detalhou o alto oficial.
Em outubro passado, fontes militares anunciaram que a indústria de defesa iraniana conseguiu a autossuficiência na produção de equipamentos e meios para as Forças Armadas, inclusive a fabricação de dois aerodeslizadores que serão testados nos exercícios de guerra que começam amanhã.
As Forças Armadas iranianas e o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica realizaram na segunda metade deste ano uma série de manobras terrestres e navais para preparar seus sistemas defensivos.
Ao mesmo tempo, esclareceram que esses ensaios não constituem ameaça para os países no litoral do golfo Pérsico, mas sim uma demonstração de que a presença militar estrangeira na área é desnecessária.
Irã afirma que não permitirá que estrangeiros decidam destino da Síria
Teerã, 26 dez (Prensa Latina) O Irã adota medidas cuidadosas para assegurar que a crise síria tenha uma solução interna, e nunca permitirá que estrangeiros determinem o destino desse país árabe, advertiu hoje aqui o chanceler Ali Akbar Salehi.
O titular revelou que o Ministério do Exterior coordena uma reunião com os embaixadores estrangeiros para discutir o plano de seis pontos proposto por seu país no último dia 16 para solucionar a crise na Síria, caracterizada pela intervenção de elementos armados vindos do exterior.
Nosso plano é abrangente e leva em consideração todos os aspectos da questão, destacou o ministro em declarações à imprensa aqui.
As formulações do chanceler persa são as mais determinantes feitas pelo Teerã sobre o tema e seguem uma reunião dos estados membros do Conselho de Cooperação do Golfo na véspera em que apoiaram à denominada Coalizão Nacional realizada no Catar semanas atrás como "única e legítima representante do povo sírio".
O plano iraniano propõe o cesse imediato da violência, o envio de ajuda humanitária aos deslocados pela guerra e a realização de conversas com todos os grupos sírios, a despeito de suas tendências políticas e sociais.
Acrescentou sobre o tema que o Irã negocia seu projeto em coordenação com o mediador da ONU e a Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, e com representantes do Egito, Turquia, Indonésia, Malásia e Paquistão "que têm mostrado interesse em participar".
Brahimi esteve em Damasco no fim de semana passado e se reuniu com o presidente sírio, Bashar Al Assad, com quem sustentou conversas, que qualificou de frutíferas e amistosas.
Irã rejeita dialogar com Grupo 5+1 em países hostis
Teerã, 27 dez (Prensa Latina) A sede das próximas conversas com o Grupo 5+1 ainda está pendente, porque o Irã rejeita sentar-se à mesa de negociações em países que aplicaram sanções contra ele, disseram hoje aqui meios parlamentares.
O acordo sobre a sede está pendente; (a cidade turca de Istambul) pode ser uma opção, mas não negociaremos (...) naqueles estados que nos embargaram, afirmou o presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Exterior do Majlis (parlamento), Alaeddin Boroujerdi.
O Grupo 5+1 está integrado pelos membros permanentes do Conselho de Segurança: Rússia, China, Estados Unidos, França e Reino Unido, mais Alemanha, que não o integra com essa condição.
Boroujerdi afirmou que a eliminação das sanções contra Irã são um requisito que deve ser considerado para as conversas e, se for assim "então estaríamos nos aproximando de um entendimento".
Agregou a respeito que o "Grupo 5+1 deve considerar experiências anteriores e atuar de maneira pragmática a partir delas porque caso contrário não obterá resultados".
Em meados deste mês delegações do Irã e da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) sustentaram uma rodada de conversas nesta capital que ambas as partes concordaram em qualificar de "satisfatórias" se reunir de novo em janeiro próximo.
A República Islâmica recusa submeter-se à exigência das potências ocidentais para que cancele seu programa de desenvolvimento nuclear que assegura tem caráter civil e pacífico e ao que tem direito enquanto signatário do Pacto de Não proliferação Nuclear e membro da AIEA.
Prensa Latina
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