Israel insiste em plano para construir mais 6.000 casas para colonos
JERUSALÉM – Autoridades israelenses disseram que pretendem levar adiante nesta semana os planos para a construção de 6.000 novas moradias para colonos em terras reivindicadas pelos palestinos, apesar das críticas de governos ocidentais que veem nessas obras um novo empecilho à paz na região.
Irritado com o reconhecimento implícito da soberania palestina pela Assembleia Geral da ONU, em uma votação realizada no mês passado, Israel anunciou que irá ampliar seus assentamentos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental.
Um comitê de planejamento do Ministério do Interior deu na segunda-feira sua aprovação preliminar para a construção de 1.500 novas casas no assentamento de Ramat Shlomo.
A comissão iniciará agora as discussões sobre outras 4.400 casas a serem construídas em outros dois assentamentos, Givat Hamatos e Gilo, num processo que pode se estender até a semana que vem, segundo um porta-voz ministerial.
Israel inclui os três assentamentos como parte do município de Jerusalém, embora eles estivessem em terras da Cisjordânia capturadas por Israel na guerra de 1967.
Os palestinos veem os assentamentos como obstáculos na busca por um Estado viável, que tenha capital em Jerusalém Oriental.
"A atividade colonizadora é unilateral e completamente adversa para a viabilidade continuada de uma solução com dois Estados , e para a possibilidade de que nosso povo continue a existir", disse na segunda-feira à Reuters o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad.
A maioria dos países considera os assentamentos ilegais, e potências ocidentais ficaram especialmente incomodadas pela intenção de Israel de construir na E-1, uma faixa de terra entre Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, onde antes as obras eram evitadas por causa da pressão dos EUA.
Israel vê nova postura dos EUA, incluindo militar, para conter Irã
JERUSALÉM – Os esforços liderados pelos EUA para conter o programa nuclear do Irã foram retomados desde a reeleição do presidente norte-americano, Barack Obama, e incluem uma possível ação militar, afirmou uma importante autoridade israelense, nesta terça-feira.
Os comentários do vice-primeiro-ministro, Moshe Yaalon, sugeriram um otimismo cauteloso com as perspectivas de uma resolução internacional para o impasse de uma década com o governo iraniano, apesar de Israel afirmar que continua pronto para atacar seu arqui-inimigo sozinho, como último recurso.
O premiê Benjamin Netanyahu estabeleceu um "limite" até o meio de 2013 para derrubar o projeto de enriquecimento de urânio iraniano. O Ocidente diz que o programa tem como objetivo desenvolver meios para construir bombas atômicas. O governo iraniano nega, afirmando que o seu enriquecimento de urânio é apenas para fins energéticos civis.
Yaalon disse à Rádio Militar, nesta terça-feira, que Israel sabia que haveria uma movimentação sobre a questão antes das eleições dos EUA em novembro, mas esperava uma renovação dos esforços para depois da votação.
"E, de fato, foram renovados", afirmou.
Ele mencionou contatos entre EUA, Rússia, França, China, Grã-Bretanha, Alemanha e o Irã sobre realizar novas negociações sobre a questão nuclear, as sanções vigentes contra o país persa, "e preparações, principalmente norte-americanas por enquanto, para a possibilidade de que força militar tenha de ser usada". Ele não discorreu mais sobre o assunto.
Yaalon é o favorito para suceder o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, que anunciou sua aposentadoria da política após as eleições no país, no dia 22 de janeiro.
Na segunda-feira, Barak reiterou a determinação de Israel em negar ao Irã a capacidade de fabricar uma arma nuclear. Israel, que é amplamente conhecido ter o único arsenal atômico do Oriente Médio, vê o Irã como uma ameaça mortal caso seja armado nuclearmente.
A perspectiva de um ataque aéreo unilateral israelense, e a retaliação do Irã logo em seguida, e de suas aliadas guerrilhas islâmicas no Líbano e Gaza, preocupam as potências mundiais.
Naval Brasil
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