O presidente russo Vladimir Putin, principal aliado de Damasco, teme que o caos se instale na Síria, onde os combates prosseguiram nesta sexta-feira e a Otan anunciou ter detectado novos lançamentos de mísseis do tipo Scud pelo regime.
"A Síria está perto de nossas fronteiras e não queremos que o caos se instale, como foi o caso de alguns países da região", afirmou Putin durante coletiva de imprensa ao fim de uma reunião de cúpula UE-Rússia em Bruxelas.
"O mais importante para nós é a ordem na Síria", insistiu o presidente russo. Putin precisou que a Rússia está interessada na instauração de um regime democrático ao enfatizar que seu país "não era o advogado das autoridades sírias".
No entanto, acrescentou que, para haver acordos em longo prazo, é preciso chegar a um acordo sobre o futuro da Síria, os interesses dos cidadãos russos, de todas as minorias étnicas e de distintas confissões.
"Todas as partes devem sentar à mesa de negociações", insistiu.
O Irã, outro aliado de Damasco assim como a Rússia, apresentou no domingo passado os detalhes de seu plano de saída da crise, pedindo um cessar-fogo imediato das violências mas também uma cobertura honesta do conflito pela mídia, afim de permitir o "estabelecimento de um diálogo para formar um comitê de reconciliação afim de estabelecer um governo de transição".
A Coalizão Nacional da oposição síria, porém, rejeitou em comunicado nesta sexta-feira uma iniciativa do Irã de tentar pôr fim ao conflito.
"Enquanto que as forças de liberdades sírias acumulam vitórias políticas e militares decisivas, o regime e seus aliados continuam lançando iniciativas políticas obsoletas", diz o comunicado, evocando "um exemplo de tentativa desesperada para impedir o navio do regime de Assad de afundar".
Nesta sexta, os combates entre o exército e os rebeldes continuaram por todo o país, de acordo com a OSDH, uma organização com sede no Reino-Unido e que se apoia em uma rede de militantes e de fontes médicas civis e militares.
Confrontos também aconteceram no sul de Damasco e no subúrbio sudoeste da capital, em Homs e em vários vilarejos na província de Hama (centro).
Em Alep (norte), uma fonte militar afirmou que o exército rechaçou uma ofensiva rebelde na noite de quinta-feira contra uma artilharia perto da sede dos serviços de informações da força aérea no oeste da cidade.
Noha, mãe de três filhos, contou à AFP que o ataque foi violento. "Acho que passei três horas no corredor da minha casa, porque choviam bombas de todos os lados".
Na grande metrópole do Norte e convivendo com uma guerrilha urbana há seis meses, os moradores devem enfrentar os altos preços de alimentos e do combustível numa época em que as temperaturas chegam a 4ºC.
No sul da capital síria, milhares de palestinos que fugiram dos combates entre partidários e inimigos do regime voltaram ao campo de Yarmuk, onde mais nenhum homem armado podia ser avistado nesta sexta-feira.
"Voltamos porque cansamos de ser humilhados. Perdemos nossa terra (Palestina), não queremos perder nossas casas e viver debaixo de tendas como nossos pais", afirmou um deles.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou que suas equipes irão distribuir refeições a 125.000 palestinos e sírios afetados pelos combates em Yarmuk.
Os combates entre o exército e os rebeldes nas principais cidades da Síria fizeram pelo menos 50 mortos, sendo 27 insurgentes, de acordo com um boletim provisório do Observatório sírio dos direitos humanos (OSDH).
Por fim, o secretário geral da Otan, Ander Fogh Rasmussen, declarou que países da aliança detectaram o lançamento de mísseis do tipo Scud na Síria. Ele não precisou quando e onde tais mísseis foram lançados mas, de acordo com fonte próxima à Otan, os últimos foram detectados quinta-feira.
"Eu considero que se trata de atos de um regime desesperado que se aproxima da ruína", declarou Rasmussen. O regime de Damasco, acusado há várias semanas por Washington e pelos rebeldes do uso de mísseis, sempre desmentiu as acusações.
"A Síria está perto de nossas fronteiras e não queremos que o caos se instale, como foi o caso de alguns países da região", afirmou Putin durante coletiva de imprensa ao fim de uma reunião de cúpula UE-Rússia em Bruxelas.
"O mais importante para nós é a ordem na Síria", insistiu o presidente russo. Putin precisou que a Rússia está interessada na instauração de um regime democrático ao enfatizar que seu país "não era o advogado das autoridades sírias".
No entanto, acrescentou que, para haver acordos em longo prazo, é preciso chegar a um acordo sobre o futuro da Síria, os interesses dos cidadãos russos, de todas as minorias étnicas e de distintas confissões.
"Todas as partes devem sentar à mesa de negociações", insistiu.
O Irã, outro aliado de Damasco assim como a Rússia, apresentou no domingo passado os detalhes de seu plano de saída da crise, pedindo um cessar-fogo imediato das violências mas também uma cobertura honesta do conflito pela mídia, afim de permitir o "estabelecimento de um diálogo para formar um comitê de reconciliação afim de estabelecer um governo de transição".
A Coalizão Nacional da oposição síria, porém, rejeitou em comunicado nesta sexta-feira uma iniciativa do Irã de tentar pôr fim ao conflito.
"Enquanto que as forças de liberdades sírias acumulam vitórias políticas e militares decisivas, o regime e seus aliados continuam lançando iniciativas políticas obsoletas", diz o comunicado, evocando "um exemplo de tentativa desesperada para impedir o navio do regime de Assad de afundar".
Nesta sexta, os combates entre o exército e os rebeldes continuaram por todo o país, de acordo com a OSDH, uma organização com sede no Reino-Unido e que se apoia em uma rede de militantes e de fontes médicas civis e militares.
Confrontos também aconteceram no sul de Damasco e no subúrbio sudoeste da capital, em Homs e em vários vilarejos na província de Hama (centro).
Em Alep (norte), uma fonte militar afirmou que o exército rechaçou uma ofensiva rebelde na noite de quinta-feira contra uma artilharia perto da sede dos serviços de informações da força aérea no oeste da cidade.
Noha, mãe de três filhos, contou à AFP que o ataque foi violento. "Acho que passei três horas no corredor da minha casa, porque choviam bombas de todos os lados".
Na grande metrópole do Norte e convivendo com uma guerrilha urbana há seis meses, os moradores devem enfrentar os altos preços de alimentos e do combustível numa época em que as temperaturas chegam a 4ºC.
No sul da capital síria, milhares de palestinos que fugiram dos combates entre partidários e inimigos do regime voltaram ao campo de Yarmuk, onde mais nenhum homem armado podia ser avistado nesta sexta-feira.
"Voltamos porque cansamos de ser humilhados. Perdemos nossa terra (Palestina), não queremos perder nossas casas e viver debaixo de tendas como nossos pais", afirmou um deles.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou que suas equipes irão distribuir refeições a 125.000 palestinos e sírios afetados pelos combates em Yarmuk.
Os combates entre o exército e os rebeldes nas principais cidades da Síria fizeram pelo menos 50 mortos, sendo 27 insurgentes, de acordo com um boletim provisório do Observatório sírio dos direitos humanos (OSDH).
Por fim, o secretário geral da Otan, Ander Fogh Rasmussen, declarou que países da aliança detectaram o lançamento de mísseis do tipo Scud na Síria. Ele não precisou quando e onde tais mísseis foram lançados mas, de acordo com fonte próxima à Otan, os últimos foram detectados quinta-feira.
"Eu considero que se trata de atos de um regime desesperado que se aproxima da ruína", declarou Rasmussen. O regime de Damasco, acusado há várias semanas por Washington e pelos rebeldes do uso de mísseis, sempre desmentiu as acusações.
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