Israel realizou um ataque aéreo contra um carregamento de mísseis na Síria, que tinha como destino as guerrilhas do Hezbollah no vizinho Líbano, disse neste sábado uma autoridade israelense.
Israel deixou claro há tempos que está preparado para usar a força para impedir que armas sírias, inclusive o arsenal químico do presidente Bashar al-Assad, cheguem aos xiitas do Hezbollah, ou a insurgentes islâmicos que promovem uma revolta contra o governo sírio há mais de dois anos.
O Hezbollah, que é aliado do Irã, um dos maiores inimigos de Israel, chegou a entrar em guerra contra o Estado judaico em 2006 e continua sendo uma potencial ameaça aos olhos israelenses. Outra preocupação dos judeus é de que, em caso de uma eventual queda de Assad, rebeldes islâmicos possam voltar suas armas contra o país após décadas de relativa calma na região fronteiriça das Colinas de Golã.
Uma fonte de segurança regional, que não quis ser identificada, afirmou que o alvo do ataque de sexta-feira não era uma instalação de armas químicas da Síria. Israel não assume formalmente a responsabilidade pela ação.
O ataque ocorreu depois de o gabinete de Segurança do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ter aprovado o ato em um encontro secreto na noite de quinta-feira, informou a fonte.
À CNN, autoridades norte-americanas que também não se identificaram disseram que o ataque deveria ser realmente israelense, já que aviões dos EUA não entraram no espaço aéreo sírio.
Autoridades libanesas reportaram atividade aérea incomum por parte de Israel sobre o seu território entre quinta e sexta-feira.
"Acreditamos que os sobrevoos são ligados às preocupações de Israel sobre a transferência de armas, particularmente as químicas, da Síria para seus aliados no Líbano", afirmou uma autoridade libanesa, que também não quis se identificar.
Fontes do governo sírio negaram ter informações sobre um ataque. Bashar Ja'afari, embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU), disse à Reuters: "Não estou ciente de ataque algum neste momento".
QUAL ERA O ALVO?
Mas Qassim Saadedine, um comandante e porta-voz do Exército Livre da Síria, disse: "Nossa informação indica que houve um ataque israelense em um comboio que estava transferindo mísseis para o Hezbollah. Ainda não confirmamos a localidade".
Unidades rebeldes discordaram quanto a qual tipo de arma estava no comboio. Um membro da inteligência do grupo disse que o carregamento era de mísseis antiaéreos: "Houve três ataques de caças F-16 de Israel, que danificaram um comboio carregando mísseis antiaéreos para o partido libanês xiita, na estrada militar Damasco-Beirute".
Já Saadedine afirmou não acreditar que as armas eram antiaéreas: "Não temos nada confirmado até agora, mas assumimos ser algum tipo de míssil de longo alcance, que seria capaz de carregar materiais químicos", disse.
O ministro das Relações Exteriores libanês foi crítico a Israel: "Ataques como esse resultarão em mais tensão", disse. "Isso não dará a Israel a paz ou a segurança que pretendem, mas vai colocar a região em uma luta inflamada e rumo ao desconhecido."
Israel permanece tecnicamente em guerra com a Síria. O país capturou as Colinas de Golã em 1967, construiu assentamentos e anexou a região ao seu território. Mesmo assim, conflitos são raros, e a região está relativamente pacificada há décadas.
Mas as preocupações israelenses cresceram desde que militantes ligados à Al Qaeda assumiram um papel importante na revolta contra Assad.
O Estado judaico também quer impedir que o Hezbollah tenha armas químicas e outros tipos de arsenal.
Reuters e outras agências
Israel deixou claro há tempos que está preparado para usar a força para impedir que armas sírias, inclusive o arsenal químico do presidente Bashar al-Assad, cheguem aos xiitas do Hezbollah, ou a insurgentes islâmicos que promovem uma revolta contra o governo sírio há mais de dois anos.
O Hezbollah, que é aliado do Irã, um dos maiores inimigos de Israel, chegou a entrar em guerra contra o Estado judaico em 2006 e continua sendo uma potencial ameaça aos olhos israelenses. Outra preocupação dos judeus é de que, em caso de uma eventual queda de Assad, rebeldes islâmicos possam voltar suas armas contra o país após décadas de relativa calma na região fronteiriça das Colinas de Golã.
Uma fonte de segurança regional, que não quis ser identificada, afirmou que o alvo do ataque de sexta-feira não era uma instalação de armas químicas da Síria. Israel não assume formalmente a responsabilidade pela ação.
O ataque ocorreu depois de o gabinete de Segurança do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ter aprovado o ato em um encontro secreto na noite de quinta-feira, informou a fonte.
À CNN, autoridades norte-americanas que também não se identificaram disseram que o ataque deveria ser realmente israelense, já que aviões dos EUA não entraram no espaço aéreo sírio.
Autoridades libanesas reportaram atividade aérea incomum por parte de Israel sobre o seu território entre quinta e sexta-feira.
"Acreditamos que os sobrevoos são ligados às preocupações de Israel sobre a transferência de armas, particularmente as químicas, da Síria para seus aliados no Líbano", afirmou uma autoridade libanesa, que também não quis se identificar.
Fontes do governo sírio negaram ter informações sobre um ataque. Bashar Ja'afari, embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU), disse à Reuters: "Não estou ciente de ataque algum neste momento".
QUAL ERA O ALVO?
Mas Qassim Saadedine, um comandante e porta-voz do Exército Livre da Síria, disse: "Nossa informação indica que houve um ataque israelense em um comboio que estava transferindo mísseis para o Hezbollah. Ainda não confirmamos a localidade".
Unidades rebeldes discordaram quanto a qual tipo de arma estava no comboio. Um membro da inteligência do grupo disse que o carregamento era de mísseis antiaéreos: "Houve três ataques de caças F-16 de Israel, que danificaram um comboio carregando mísseis antiaéreos para o partido libanês xiita, na estrada militar Damasco-Beirute".
Já Saadedine afirmou não acreditar que as armas eram antiaéreas: "Não temos nada confirmado até agora, mas assumimos ser algum tipo de míssil de longo alcance, que seria capaz de carregar materiais químicos", disse.
O ministro das Relações Exteriores libanês foi crítico a Israel: "Ataques como esse resultarão em mais tensão", disse. "Isso não dará a Israel a paz ou a segurança que pretendem, mas vai colocar a região em uma luta inflamada e rumo ao desconhecido."
Israel permanece tecnicamente em guerra com a Síria. O país capturou as Colinas de Golã em 1967, construiu assentamentos e anexou a região ao seu território. Mesmo assim, conflitos são raros, e a região está relativamente pacificada há décadas.
Mas as preocupações israelenses cresceram desde que militantes ligados à Al Qaeda assumiram um papel importante na revolta contra Assad.
O Estado judaico também quer impedir que o Hezbollah tenha armas químicas e outros tipos de arsenal.
Reuters e outras agências
Segundo a TV Manar, ligada ao grupo Hezbollah e que cita fontes da segurança em Damasco, um jato israelense foi derrubado pela força aérea síria e dois pilotos teriam sido levados para uma área militar nos arredores da capital, sob controle do presidente Bashar al-Assad.
Aviões da Força Aérea israelense atacaram novas áreas em Damasco e nos arredores da capital síria neste domingo, desencadeando uma série de explosões pela cidade. O alvo seria um novo carregamento de mísseis de alta precisão, fabricados no Irã, que supostamente teria como destino a milícia libanesa do Hezbollah, de acordo com informações da agência AP.
O ataque, o segundo em três dias, sinaliza um aumento no envolvimento de Israel na guerra civil registrada na Síria há dois anos. Mais cedo, um centro de pesquisas foi atacado por mísseis israelenses em Jamraya, perto de Damasco.
Segundo uma fonte da inteligência em Oriente Médio disse à AP, em condição de anonimato, os alvos dos ataques de Israel foram mísseis Fateh-110, equipados com um sistema de alta precisão e orientação, mais sofisticados do que qualquer armamento que o Hezbollah possui em seu arsenal.
Os ataques causaram um enorme estrondo, sendo que gravações divulgadas por ativistas sírios na internet mostravam um grande incêndio na região dos montes de Qasium, situados próximo a capital síria.
Em um boletim urgente, a televisão estatal informou que esta "agressão israelense" foi acompanhada por uma série de "tentativas de assalto aos postos de controle militares" por parte dos grupos terroristas, uma ação que foi respondida pelas forças do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, e deixou vários "mortos e feridos" entre os rebeldes.
A agência de notícias Sana, porta-voz do regime, qualificou o bombardeio israelense como "uma tentativa clara de ajudar aos grupos terroristas armados", em alusão aos rebeldes que combatem contra o governo de Assad.
"A nova agressão israelense demonstra a adesão direta do país à conspiração contra a Síria, além do vinculo dos grupos terroristas armados com os planos agressores apoiados por países ocidentais, regionais e alguns Estados do Golfo Pérsico", acrescentou a agência Sana.
Com informações da EFE
Nota da Redação do Naval Brasil:
O mundo já está começando a ter pena desses dois rapazes…
Isso porque a agenda deles vai estar cheia nos próximos meses; logo nos primeiros dias, vão ter conversas animadas com as autoridades sírias, depois as iranianas, depois com o Hezbollah.
Após alguns dias, chegará a equipe russa e por fim a chinesa, para obterem graciosamente informações dos dois distintos rapazes.
Quanto aos soldados sírios e alguns patriotas, vão ficar na espera, pois não poderão dar "aqueles" tapinhas camaradas nas costas dos pilotos e em outras partes do corpo…
Ataques de Israel à Síria elevam tensões regionais
Frame de vídeo mostra fumaça e chamas em Damasco após o ataque israelense
Foto: AP
Os recentes ataques de Israel ao território sírio desataram uma escalada de tensões na região. Segundo a TV estatal síria, foguetes disparados por Israel atingiram um complexo militar de pesquisas científicas em Damasco neste sábado.
Grandes explosões foram ouvidas na cidade e uma imagem divulgada pela Ugarit News mostra uma coluna de fumaça perto do local onde teria ocorrido o ataque, em Mount Qassioun – embora suas origens não tenham sido confirmadas. "Foi como um terremoto e o céu ficou amarelo e vermelho", relatou Najwa, 72 anos, à agência de notícias AFP.
No dia anterior, outro ataque teria sido feito por Israel contra um carregamento de mísseis sírios cujo destino seria o grupo libanês Hezbollah, na versão de autoridades israelenses.
Neste domingo, o Irã acusou os Estados Unidos de estarem por trás do ataque da véspera e ameaçaram Israel. "O ataque realizado pelo regime sionista vai encurtar a existência desse regime", disse o ministro da Defesa iraniano, general Ahmad Vahidi, segundo o site da Guarda Revolucionária do Irã. "Ele foi realizado com a luz verde dos EUA e revela ligações entre terroristas mercenários e seus mestres do regime sionista".
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast, também condenou a ação israelense e conclamou os países da região a "resistirem sabiamente a tais agressões", segundo a agência de notícias Fars. Mais cedo, o presidente Mahmoud Ahmadinejad havia exigido, durante um discurso, que as potências ocidentais deixassem de intervir no conflito sírio.
Síria diz que sofreu ataque de Israel – explosões
Segundo divulgou uma porta-voz do Exército israelense, um sistema de defesa antimísseis foi reforçado no norte do país para eventuais ataques. "O novo ataque israelense é uma tentativa de levantar o moral de grupos terroristas que estão cambaleando devido a ataques de nosso nobre Exército", disse a TV estatal síria.
Forças do governo sírio e grupos rebeldes estão disputando o controle de áreas dos arredores de Damasco. Segundo a ONU mais de 70 mil pessoas já morreram no conflito desde seu início, em 2011.
BBC Brasil


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