O líder do grupo libanês Hezbollah, o xeque Hassan Nasrallah, alertou que a queda do regime do presidente Bashar Assad na Síria dará espaço aos extremistas e jogará o Oriente Médio em um "período negro". Em um discurso transmitido pela televisão, Nasrallah prometeu que seu grupo militante xiita não ficará parado enquanto o aliado sírio estiver sob ataque.
Esta é a primeira vez que Nasrallah admite publicamente que seus homens estão combatendo na Síria e é a primeira declaração dele desde que os integrantes do Hezbollah se envolveram na batalha pela cidade síria de Qusair, na fronteira com o Líbano. Nasrallah disse que os integrantes do Hezbollah estão lutando na Síria contra os extremistas islâmicos que impõem um risco para o Líbano e destacou que seu grupo não permitirá que os rebeldes sírios controlem áreas na fronteira libanesa.
O Hezbollah vem sendo criticado internamente e também no cenário internacional por enviar combatentes para a Síria para lutarem junto com as forças de Assad. Em seu discurso, Nasrallah tentou defender o envolvimento do grupo na guerra civil do país vizinho e disse que o conflito faz parte de uma batalha mais ampla contra Israel.
"A Síria é o suporte à resistência e a resistência não pode ficar de braços cruzados enquanto seu apoio está sendo atacado", disse Nasrallah. "Se a Síria cair nas mãos da América, de Israel e dos takfiris, a resistência será sitiada e Israel entrará no Líbano e imporá sua vontade", acrescentou. Takfiris são os adeptos de uma ideologia que insta os muçulmanos sunitas a matarem qualquer um que eles considerarem infieis. As informações são da Associated Press.
Hezbollah ironiza inclusão do grupo na lista de terroristas da UE
O chefe do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, minimizou nesta sábado a importância da vontade dos europeus de incluir seu braço militar na lista de grupos terroristas da União Europeia (UE).
"Faz tempo que estamos na lista de organizações terroristas. Não é nada além de tinta em um pedaço de papel, e isso não muda nada", afirmou.
A França vai propor que o braço militar do Hezbollah seja inscrito na lista de grupos terroristas da UE, devido a seu apoio ao regime de Damasco.
"A Europa acredita que vamos mudar a situação na região (…) Estamos orgulhosos", ironizou, em discurso transmitido por telão a seus partidários durante a cerimônia, no sudeste do país, pelo 13o aniversário da retirada israelense do Líbano.
AFP
Ministro do Bahrein chama líder do Hezbollah de terrorista
O ministro de assuntos exteriores do Bahrein chamou de "terrorista" o líder do grupo libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, depois que ele disse que os guerreiros do grupo ajudariam a trazer a vitória a seu aliado, o presidente Bashar al-Assad, na guerra civil da Síria.
O comentário representa uma mudança na visão árabe tradicional do Hezbollah como uma força importante contra Israel e mostra a ampliação das divisões na região por conta do conflito sírio.
"O ministro de Assuntos Estrangeiros, Sheikh Khaled bin Ahmed al-Khalifa, disse que o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, é um terrorista e está declarando guerra à sua própria nação", noticiou a agência de notícias do Bahrein, citando declarações da conta do ministro no Twitter.
Reuters
Naval Brasil
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