"Quero confirmar o encontro de nossos representantes com as autoridades americanas, que tentaram nos apresentar informações sobre o uso de armas químicas pelo regime (de Assad), mas já digo que os documentos apresentados não nos parece convincente", ressaltou Ushakov à imprensa local.
O Kremlin assumiu essa postura depois do anúncio de que o governo americano ajudará os rebeldes sírios, por considerar provado que o regime do presidente Bashar Al Assad usou armas químicas contra a oposição armada.
"Não queremos traçar paralelos e acreditar que estes dados possam ser comparados com o que o então secretário de Estado (dos EUA) Colin Powell agitava no Conselho de Segurança da ONU", afirmou Ushakov em alusão às supostas provas de armas de destruição em massa que serviram de pretexto para os EUA invadirem o Iraque em 2003.
Ushakov lamentou o anúncio feito pelos Estados Unidos e apontou que, se os americanos decidirem realmente destinarem uma ajuda de envergadura aos rebeldes sírios, esta atitude "não facilitará a preparação da conferência internacional sobre a Síria, proposta por ambos os países".
O Kremlin teme que a atual postura do governo do presidente americano Barack Obama sobre o conflito sírio possa se tornar mais rígida com a apresentação do relatório ao Congresso dos Estados Unidos sobre o uso de armas químicas pelo regime de Assad, algo que, segundo Moscou, poderia ocorrer hoje mesmo.
"É de se esperar que sua postura sobre o conflito sírio se endureça sob a pressão do Congresso", advertiu Ushakov.
EFE
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