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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Após UE punir assentamentos, Israel anuncia nova expansão

TEL AVIV – Um dia depois de a União Europeia anunciar a suspensão de financiamento para operações de organizações israelenses em territórios palestinos ocupados, o governo de Israel aprovou uma nova expansão de assentamentos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deu sinal verde para a construção de 732 casas em Modiin Ilit, entre Jerusalém e Tel Aviv. A ação representa mais um entrave no ponto mais crítico das negociações de paz entre israelenses e palestinos, no momento em que o secretário de Estado americano, John Kerry, encontra-se na Jordânia para uma nova tentativa de mediar um consenso entre os dois lados.

Se, por um lado, o anúncio da UE foi um importante respaldo aos palestinos, Israel, que quer manter faixas de assentamentos na Cisjordânia em qualquer acordo de paz, recebeu a notícia com indignação. Segundo fontes do governo israelense, Netanyahu manifestou preocupação a Kerry e afirmou que a ação da UE "fere os esforços para renovar o processo diplomático". A imprensa israelense afirma que Netanyahu recorreu a líderes europeus e pediu à UE que adie a implementação da medida.

Apesar do novo impasse, Kerry demonstrou otimismo. Em sua sexta missão de paz no Oriente Médio em seis meses, o secretário de Estado americano afirmou que o abismo entre israelenses e palestinos está diminuindo.

- Temos sido capazes de reduzir essas lacunas de forma muito significativa. E assim nós continuamos a nos aproximar, e eu continuo a manter a esperança de que as partes possam em breve ser capazes de se sentar à mesma mesa – disse Kerry em entrevista coletiva na capital da Jordânia, Amã.

O secretário de Estado americano reuniu-se com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, para retomar as negociações congeladas desde 2010, justamente por uma disputa sobre a construção continuada de assentamentos israelenses. Abbas anunciou para hoje uma reunião de consulta com outros líderes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), em Ramallah, na Cisjordânia, para analisar a proposta de Kerry.

- O presidente vai apresentar a oferta para tomar uma decisão – disse Wasel Abu Youssef, da OLP.

A imprensa local citou uma declaração da Liga Árabe emitida após uma reunião com Kerry, em que o bloco teria afirmado seu apoio aos esforços do secretário de Estado americano. Uma decisão palestina positiva seria o primeiro sinal tangível de avanço nas negociações, agora ofuscadas por conflitos no Egito e na Síria.

Kerry pediu a Israel que considere a sério a iniciativa de paz de 2002 da Liga Árabe, apresentada numa cúpula em Beirute. A proposta consistia no reconhecimento de Israel, em troca da devolução dos territórios palestinos ocupados.

- Israel precisa considerar essa iniciativa, que promete paz com 22 nações árabes e 35 nações islâmicas – defendeu Kerry.

AFP

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