WASHINGTON – Da primeira conversa cara a cara em três anos, emergiram três pontos concretos – a duração do processo de paz, o conteúdo do debate e um pacto de absoluto sigilo através do qual somente o secretário de Estado americano, John Kerry, ficará autorizado a comentar o andamento das negociações de paz entre israelenses e palestinos. O prazo fixado para um acordo foi de nove meses. E as partes garantem que sobre a mesa estarão todos os pontos nevrálgicos, como a divisão de Jerusalém, as fronteiras da Palestina, a segurança de Israel e a compensação aos refugiados palestinos de 1948 e 1967.
Sob um clima de cautela e ceticismo, uma interferência causou surpresa: a do presidente americano, Barack Obama, que decidiu intervir pessoalmente para dar mais credibilidade às negociações. Obama recebeu os negociadores na Casa Branca ao lado do vice-presidente dos EUA, Joe Biden – o que não é costumeiro em negociações neste formato e em estágio inicial, onde o foco recai sobre o processo em si e não exatamente sobre o conteúdo.
Os comentários, porém, foram concentrados em Kerry. Em seis meses no cargo, ele fez nada menos que seis viagens à região e passou horas ao telefone com israelenses e palestinos para viabilizar o diálogo.
- Apesar de entender o ceticismo, eu não compartilho dele. Nós não podemos passar a outra geração a responsabilidade de acabar com um conflito que está sob nossa capacidade de resolução, no nosso tempo. Eles não devem suportar esse fardo, e nós não vamos deixar para eles – declarou o secretário de Estado, que ressaltou ser ele a única fonte de informações sobre as negociações, cujo caráter será sigiloso.
A negociadora e ministra da Justiça de Israel, Tzipi Livni, ressaltou o bom entendimento pessoal dela com o negociador palestino, Saeb Erekat, e classificou o encontro como "construtivo e positivo". Ao jornal israelense "Yediot Ahronot", porém, ela fez uma ressalva:
- Em primeiro lugar, depende de nós. Não é uma questão de passagens aéreas (para ir e vir negociar), é uma decisão de Netanyahu e do governo. Vamos ter outras decisões difíceis.
Abbas faz alerta
A ministra, uma das vozes de centro-esquerda do governo israelense, continuou:
- Foi bom. Não houve aquele jogo de troca de acusações na sala e houve, sim, uma tentativa de criar alguma coisa. Vamos ter outras dificuldades.
Erekat, por sua vez, reconhecido orador apaixonado, optou por economizar nas palavras:
- Os palestinos sofreram bastante, e ninguém vai se beneficiar deste processo mais que os palestinos. É hora de o povo palestino ter um Estado independente e soberano para si.
As próximas conversas acontecerão em agosto, em Jerusalém ou Ramallah.
Da Cisjordânia, saiu a nota mais polêmica do dia. Em um encontro com jornalistas egípcios, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, lembrou que a ANP considera ilegal todas as colônias israelenses construídas nas terras anexadas após 1967. E disse que nenhum israelense – colono ou polícia de fronteira – poderá permanecer no futuro Estado da Palestina.
Agência O Globo
quarta-feira, 31 de julho de 2013
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EUA querem Estado palestino em nove meses
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NAO VAI ACONTECER NADA DE INDEPENDÊNCIA, MAIS UMA VEZ OS EUA TENTA MANOBRAR A COMUNIDADE INTERNACIONAL COM CAUSA DA PALESTINA QUE ANTEMÃO NÃO VAI RESOLVER NADA E ISRAEL VAI PIORAR EXTERMINAR O POVO PALESTINO, MILHOS DE CRIANCA, MULHERES PALESTINAS SERAO MORTOS EM NOME DE TERRORISTA E NACOES UNIDAS BEM COMO LIGA DOS DIREITOS HUMANOS TRANSFORMARA-SE SURTO/CEGO COMO TEM SIDO HABITUAL....
ResponderExcluirNAO VAI ACONTECER NADA DE INDEPENDÊNCIA, MAIS UMA VEZ OS EUA TENTA MANOBRAR A COMUNIDADE INTERNACIONAL COM CAUSA DA PALESTINA QUE ANTEMÃO NÃO VAI RESOLVER NADA E ISRAEL VAI PIORAR EXTERMINAR O POVO PALESTINO, MILHOS DE CRIANCA, MULHERES PALESTINAS SERAO MORTOS EM NOME DE TERRORISTA E NACOES UNIDAS BEM COMO LIGA DOS DIREITOS HUMANOS TRANSFORMARA-SE SURTO/CEGO COMO TEM SIDO HABITUAL....
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