Irã denuncia decisão da UE de considerar braço armado do Hezbollah terrorista

O Irã denunciou nesta terça-feira a União Europeia (UE) por incluir o braço armado Hezbolah em sua lista de organizações terroristas e disse que era uma decisão impulsionada por interesses sionistas, segundo o chefe da diplomacia iraniana citado pela imprensa.

O Irã "denuncia energicamente a decisão e acredita que se inscreve no âmbito dos interesses ilegítimos do regime sionista", disse o chefe da diplomacia iraniana Ali Akbar Salehi, citado na imprensa, em referência a Israel, o inimigo número um do Irã.

"Por falta de uma avaliação correta sobre a crise na região, a União Europeia tomou uma decisão errônea contra o povo libanês e o Hezbollah, que defendeu o país contra as agressões sionistas", acrescentou o ministro.

Os ministros europeus das Relações Exteriores decidiram na segunda-feira incluir o braço armado do Hezbollah em sua lista negra de organizações terroristas, mas afirmaram que irão manter o diálogo com seus líderes políticos, que formam parte do governo libanês.

O Hezbollah, criado em 1982 por iniciativa do Irã, é um aliado fiel da República Islâmica e também da Síria, que durante muitos anos deu seu apoio militar.

O "partido de Deus" foi criado pelos Guardiões da Revolução iraniana como resposta à invasão israelense do Líbano.

O Hezbollah classificou na segunda-feira de agressiva e injusta a decisão da União Europeia, "que não se baseia em nenhuma justificativa e em nenhuma prova"

AFP