Por Stephen Lendman
Tradução Anna Malm* – Correspondente de Pátria Latina na Europa
Israel reflete o pior de um estado sem leis [rogue na denominação em inglês]. Ele desacata as leis internacionais, as convenções, os seus próprios estatutos e as decisões das Cortes de Justiça.
Israel está fora de controle. Ele não necessita de dar explicações. Ele faz as suas próprias regras. Ele mantém uma brutal e ilegal ocupação militar. Ele obriga seus próprios cidadãos à austeridade. Ele sufoca 1,7 milhões de palestinos em Gaza. Ele ataca outros países com impunidade.
Israel está em guerra não declarada contra a Síria. Ele é um parceiro de Washington, do quando isso o fazendo. Ele suporta terroristas combatentes. Ele fornece armas e munições. Ele hospitaliza os [terroristas]feridos.
Netanyahu mentiu do quando dizendo que o único interesse de Israel era o prevenir contra a transferência de armas da Síria para Hezbollah. Trata-se aqui de uma parceria com a guerra de Washington.
Isso diz respeito a derrubada de governo constitucional. Isso é devastar um outro país, assim o fazendo. Trata-se de eliminar um rival regional.
Desde o começo do conflito em março de 2011, Israel tem deslanchado vários ataques por terra, os quais atravessaram fronteiras. Uma ou mais incursões foram feitas. Ele conduziu quatro ataques aéreos. Esses incidentes são atos de guerra. Eles constituem agressão fora da lei.
Nenhum país deverá atacar outro país excepto em legítima defesa. Israel ataca sem restrições. Não vem nenhuma consequência por parte das Nações Unidas – ONU.
Os vetos dos Estados Unidos impedem ações do Conselho de Segurança. O Secretário-Geral Ban Ki-moon é um instrumento imperialista em cumplicidade. Ele envergonha o ofício que mantém. Ele trai a comunidade internacional.
Ele menospreza seu juramento “de exercer com toda a lealdade, discreção e consciência as funções confiadas (a ele) a saldar essas funções e regular (sua) conduta só com os interesses das Nações Unidas em vista, e não procurar ou aceitar instruções em relação ao desempenho de (suas) tarefas de parte de nenhum governo ou autoridade externa a Organização.”
Ele permite que os Estados Unidos e Israel não sofram as consequências dos homicídios em massa perpetrados por eles. Ele virtualmente ignora os ataques aéreos feitos por Israel. Isso o fazendo permite que o mesmo ataque a Síria em impunidade.
As suas pro-forma declarações são deploráveis. Elas são ofensivas. Elas são repreensíveis. Elas refletem grande hipocrisia. Chamando “todas as partes a exercitar o máximo de calma e limitação” mostra desprezo para as provisões da Carta Magna da ONU.
Desde janeiro, Israel bombardeou a Síria quatro vezes. Ele agiu antes do fato – em prevenção. O fazer isso é ilegal. Israel continua sem responsabilidades para seus atos de guerra.
Em 5 de julho, ocorreu o mais recente ataque feito por Israel. Um grande depósito de armas localizado em Latakia foi bombardeado. Os relatórios indicam destruição total. Componentes de mísseis ante-aéreos de fabricação russa, os chamados S-330, foram alvos. Talvez os mísseis ante-ataques vindo de navios, o chamada Yakhont, também tenha sido.
O chamado Exército Livre da Síria, [a ala armada dos insurgentes] inicialmente tomou para si o crédito de ter atacado. Eles não tinham nada a ver com isso. Mais tarde eles desmentiram. Netanyahu disse que ele “não tinha o hábito de sair dizendo o que eles tinham ou não tinham feito.”
O Ministro da Defesa de Israel Moshe Ya´alon evadiu a questão do quando perguntado dizendo:
“Nós puzemos linhas de demarcação para os nossos próprios interesses, e vamos mantê-las.”
“Há um ataque aqui, outro acolá, muitas versões – um só evento. No Oriente Médio é normalmente assim, somos nós que somos sempre os acusados.”
É por uma boa razão. Israel não explica. Nos finais de janeiro Israel bombardeou um ou mais alvos na fronteira Síria-Líbano.
Mais ou menos no mesmo tempo, aviões de guerra de Israel atacaram os centros militares de pesquisa em Jamraya. Isso é cerca de 10 milhas da fronteira com o Líbano.
Em 3 e 5 de maio, a área Damascus al-Hameh foi bombardeada. A Síria chamou isso de aggressão aberta. Os ataques mostram um direto envolvimento na guerra de Washington. Eles indicam apoio aos grupos terroristas.
Sequências de vídeo mostram explosões múltiplas. Grandes incêndios acompanharam. Obama ignorou a nua e crua agressão de Israel. Ele denominou isso como o ter direito de defender-se contra inimigos.
Ele mentiu em assim dizendo. Israel e Washington compartilham responsabilidade. Esses são atos de agressão.
Os dois países são parceiros em guerras imperiais.Isso já vem a muito tempo. A Síria continua no olho do furacão.
Em 5 de julho foram os componentes do SA-300 de construção russa e talvez os Yahonts, como acima mencionado.
Em 14 de julho RT – Russian Today citou o britânico Sunday Times. Esse afirmava que os submarions da classe Dolphin estavam envolvidos.
Foi dito que “50 Yakhont P-800 de construção russa” tinham sido atacados. O feito estava em “íntima coordenação com os Estados Unidos.”
Os “alemães construidos submarionos de Israel deslancharam cruise-missile contra o depósito de armamentos, após o qual os insurgentes da Síria testemunharam em ter ouvido no começo do dia explosões vindo do lado das casernas navais, ao lado do porto, na Síria.”
Israel nem confirmou nem desmentiu envolvimento. Em 12 de julho, a CNN anunciou “Israel acredita-se estar por detrás dos recentes bombardeamentos na Síria,” dizendo:
Três oficiais anônimos dos Estados Unidos disseram que aviões de guerra de Israel tinham atacado Latakia. Nenhum deles oficialmente exigiu apresentar responsabilidade.
Em 15 de julho, RT apresentou “O ataque de Israel contra a Síria foi deslanchado de uma base na Turquia,” dizendo:
Um “fonte fidedígna” disse isso. De acordo com Paula Slier da RT tem-se que:
“Nossa fonte está nos dizendo que os aviões de Israel deixaram a base militar dentro da Turquia e aproximaram-se de Latakia vindos do mar, para garantir que estariam fora do espaço aéreo da Síria, de maneira a não se tornassem em um alvo legítimo para as forças aéreas da mesma.”
Talvez os aviões de guerra e submarinos tenham deslanchado os cruise-missiles num ataque conjunto. Fazendo isso se asseguraria uma maior possibilidade de sucesso. Isso mostra que Israel tem várias maneiras de atacar alvos, e que faz isso sem medo de represálias.
Israel e Turquia normalizaram relações a uns meses. Matar nove cidadãos turcos tentando entregar ajuda humanitária a Gaza, não tem mais importância. Talvez nunca tenha tido.
As duas partes valorizam mais os laços estratégicos recíprocos. Brigas por miudezas seriam menos importantes. Eles são parceiros na OTAN. Israel é um membro do Diálogo Mediterrâneo.
Assim também são a Algéria, o Egito, a Jordânia, a Mauritânia, o Marrocos e a Tunísia. Prioridades imperiais tem mais importância.
Israel e a Turquia são parceiros de Washington contra a Síria. Eles estão envolvidos em outras iniciativas imperiais. Eles são governos vagabundos. Os princípios do domínio da lei não importam.
Hurriyet News disse que o Ministro do Exterior turco, Ahmet Davutoglu refusou as declarações e relatórios quanto a Israel ter usado uma das bases militares do país contra a Síria. “Isso não é verdade de modo algum,” ele disse.
“A Turquia nunca irá fazer parte de tal tipo `de ataques´,” ele ressaltou.
“Os que dizem isso querem prejudicar o poder da Turquia e a sua reputação.”
“Está fora de questão que a Turquia e Israel fizessem parte de uma operação militar conjunta.”
Um “oficial turco de alto grado” mantendo-se anônimo, disse a mesma coisa para Hurriyet. Negação plausível é sempre o comportamento padrão, ao menos que a nação queira mostrar as suas cartas.
Por seu lado Netnyahu preveniu Irã. Ele disse para a CBS News – Face the Nation:
“está chegando perto da linha de demarcação. Eles ainda não a atravessaram.”
“Eles estão chegando cada vez mais perto da bomba. E eles precisam ouvir em termos muito claros que isso não irá acontecer.”
Israel tem uma perspectiva e um período de tempo mais estreitos do que os de Washington, ele ressaltou.
Parou então pouco antes de dizer que Israel iria agir unilateralmente. Ele é mais fanfarra do que ação. Ele prefere ação conjunta com os Estados Unidos.
Ele não irá atacar unilateralmente sem a permissão de Washington. Ele deixa palavras substituir ação. Um ataque ao Irã garante certas retaliações. Israel é pequeno e vulnerável.
Se as instalações nucleares do Irã fossem atacadas, Israel iria muito provavelmente receber uma resposta. Isso seria perda e desgraça para os dois lados. Se Israel seria suficientemente “foolish” para arriscar tamanho estrago, ainda está para ser conferido.
Mas isso não impede as gabarolices de Netanyahu. Ele disse “nossos relógios andam com velocidades diferentes. Nós somos mais vulneráveis.”
“E portanto, nós teremos que resolver a questäo de como fazer o Irã se deter, talvez antes que os Estados Unidos o faça.”
Perguntado quando ele poderia se decidir a atacar, ele disse: “Eu posso lhe dizer uma coisa – antes que seja tarde demais.”
“Eu estou decidido a defender meu país contra um regime que nos ameaça com nova aniquilação.”
Netanyahu repete isso muitas vezes. Ele sabe que não é verdade. Ele afirma isso de qualquer maneira. É carne sangrenta para manchetes de jornal. Mas está se tornando gasto. Irão não atacou nenhum país por séculos. Israel faz isso constantemente.
O programa de Tehran é pacífico. Israel sabe disso. Assim também o sabem os Estados Unidos. As bravadas persistem de qualquer maneira. Irã poderia construir “centrífugas mais aceleradas que os fariam capazes de chegar a linha de demarcação, por assim dizer, muito mais rapidamente – quer dizer, dentro de poucas semanas,” disse Netanyahu.
Ele não espera mudanças com o Presidente–eleito, Hassan Rohani. Ele o chamou de “lobo em roupas de cordeiro.” A estratégia dele é “sorrir e construir a bomba.”
Ele mentiu assim o dizendo. Netanyahy e Obama são mentirosos empedernidos. Eles são rogue líderes. Eles ameaçam a humanidade. Eles fazem mais inimigos do que amigos. Isso eles o fazem por boas razões.
Eles rejeitam a paz. Eles dão prioridade a conflitos regionais. Eles consideram homicídio em massa, assim como destruição como coisa estratégicamente importante.
Netanyahu que que Obama esteja na sua linha de demarcação. Ele quer que Irã tenha que escutar que força militar “é realmente uma opção real.” – …“is truly on the table.”
“Nós estivemos falando muitas vezes, Presidente Obama e eu, a respeito da necessidade de impedir o Irã de conseguir armas nucleares,” ele disse.
“O que é importante é levar a eles a mensagem que essa diretiva a ser seguida não irá mudar.”
“Se sanções não funcionarem, eles precisarão de saber que estaremos preparados para agir militarmente – essa é a única coisa que irá atrair a atenção deles.”
Ele disse que Tehran estaria desenvolvendo ICBMs. Esses deveriam alcançar os Estados Unidos. Ele mentiu dizendo isso.
No domingo ele disse aos seus ministros “agora mais do que nunca é importante intensificar as sanções econômicas e apresentar uma opção militar dígna de crédito.”
“Um mês já se passou desde as eleições presidenciais e Irã continua a rolar rápidamente ao desenvolvimento a uma capabilidade nuclear militar.”
“Irã está expandindo e refina o seu processo de enriquecimento, ao mesmo tempo em que desenvolve um plutônio-reator.”
Netanyahu quer que todo o enriquecimento de urânio do Irã seja terminado [Irã tem todo o direito de o fazer de acordo com as leis e convenções internacionais]. Ele quer que todo o material enriquecido contido dentro das fronteiras do Irã seja removido. Ele quer que a instalação de Qom seja fechada.
Tehran tem a intenção de continuar com o seu programa pacífico. Irã tem todo o direito de assim o fazer. Em 3 de agôsto a presidência de Rohani será inaugurada. Ele já disse claramente que as atividades legais do Irã irão continuar.
Mas Rohani é conciliatório. Ele irá negociar responsabilidades com os países denominados como P5+1. Ele merece comportamento equivalente em resposta, mas isso não será obtido. Washington continua linha-dura.
Os oficiais americanos disseram que as pressões não irão diminuir. Isso assegura não-resoluções. O que seguirá está para ser visto.
Naval Brasil
domingo, 21 de julho de 2013
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Israel em guerra não declarada contra a Síria
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