Sistema antimíssil israelense Cúpula de Ferro em demonstração
O Exército israelense estabeleceu, o segundo sistema antimíssil, ou “escudo”, Cúpula de Ferro (“Iron Dome”, como denominado pela empresa militar israelense Rafael) no seu deserto do Neguev, próximo à Península do Sinai egípcia. Há dois dias, o Ministério israelense de Assuntos Militares iniciou a instalação de uma nova plataforma de mísseis do sistema.
A primeira bateria do sistema antimíssil foi instalada na zona de Eilat, fronteiriça com o Egito e no litoral do Mar Vermelho, no sul de Israel e também próxima à Jordânia.
Estima-se que a decisão do regime israelense de colocar estes sistemas se deve aos recentes distúrbios no deserto do Sinai, no Egito, intensificados após a destituição do presidente egípcio Mohamad Mursi, no começo deste mês, pelo Exército do país.
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As forças armadas egípcias também têm atuado com maior intensidade na região, após a suspensão dos seus Acordos de Camp David com Israel (assinados em 1979 e que prevê redução militar na região), com a anuência israelense e dos EUA, mediador do acordo.
Atualmente, Israel possui um total de seis baterias antimísseis Cúpula de Ferro em várias regiões do território, e forma parte de um conjunto de iniciativas comercial-militares testadas, de acordo com jornalistas e críticos inclusive israelenses, contra os palestinos.
A primeira prova da Cúpula de Ferro, durante a ofensiva de oito dias das chamadas “Forças de Defesa de Israel” (FDI) contra a Faixa de Gaza, em novembro de 2012, comprovou a “vulnerabilidade” do sistema que o regime israelense insiste em complementar.
Fabricado pela empresa militar israelense Rafael, o sistema foi desenvolvido por seu maior parceiro militar, os Estados Unidos, que destinaram ao projeto israelense 900 milhões de dólares, entre os períodos de 2011 e 2013.
A assimetria do conflito israelense-palestino é patente, assim como a influência decisiva das empresas e do complexo industrial militar.
O sistema Cúpula de Ferro, por exemplo, é divulgado pelo material comercial da empresa militar Rafael como “uma solução inovadora e móvel para a defesa contra mísseis de curso alcance e a ameaça de projéteis de 155 mm que alcança até 70 quilômetros em todas as condições climáticas”, com um dispositivo interceptor “especial que detona qualquer alvo no ar dentro de segundos”.
HispanTV
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