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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Legislador russo alerta sobre riscos na Síria

Moscou, 16 set (Prensa Latina) O presidente do Comitê das Relações Exteriores da Duma estadual russa (câmara baixa parlamentar), Alexei Pushkov, advertiu hoje que os Estados Unidos podem interpretar os acordos sobre a Síria de maneira diferente à Rússia e inclusive oposta.

A principal questão é se podem ser atribuídos diferentes significados aos acordos, o que já vimos acontecer antes, destacou o deputado.

Pusshkov chamou atenção ao fato das negociações de Genebra não terem respondido à questão de como o conflito sírio evoluirá, e sobretudo se Washington continuará apoiando os opositores armados e os planos para derrocar o presidente Bashar al-Assad.

Se isso acontecer, os acordos não terão valor por muito tempo, insistiu.

O vice-presidente do Centro de Política Tecnológica da Rússia, Alexei Makarkin, por sua vez, concorda que o acordo não significa a renúncia da Casa Branca às tentativas de derrocar o mandatário do estado sírio.

Makarkin expressou que o acordo de Genebra é uma vitória diplomática de Moscou reconhecida internacionalmente. No entanto, observou, seria errado pensar que tal acontecimento liquida o perigo de uma escalada nas hostilidades do pais árabe.

Os Estados Unidos aceitaram esperar, mas não descartaram o objetivo de derrubar o Governo de Al-Assad, o que para Washington é mais uma questão de imagem que de política, disse citado por Interfax.

Com respeito aos acordos, o presidente Barack Obama manteve uma atitude ameaçadora caso não sejam cumpridos, e disse que o plano de controle internacional das armas químicas surgiu na semana passada frente à ameaça real de uma agressão.

Em contraste, ontem, o chanceler Serguei Lavrov revelou à televisão nacional que a ideia de pôr esses arsenais sob vigilância internacional começou em novembro de 2012 em Los Cabos, México, onde os mandatários russo e estadunidense conversaram sobre o tema.

O chefe da diplomacia russa lembrou que ambas partes expressaram grande inquietude perante o perigo do que chamou de "gente equivocada" se apropriar desses arsenais no meio de uma guerra civil de violência crescente.

Por esse motivo, os presidentes acordaram trocar informação e opiniões sobre a situação dos arsenais onde se achavam as armas químicas das forças governamentais, explicou.

A Rússia trabalhou com os sírios para saber até que ponto os arsenais estavam seguros, e a parte americana - e agora pode ser dito abertamente - também entrou em contato com o governo de Damasco mais de uma vez para se informar, explicou o Chanceler.

Durante a entrevista, o ministro fez questão de negar que as tropas governamentais foram as que utilizaram armas químicas em 21 de agosto perto de a capital síria, episódio que deixou um saldo de 1.400 pessoas mortas.

Esse episódio foi fabricado para provocar uma intervenção exterior, reiterou Lavrov.

Prensa Latina

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