Mídia ocidental veicula notícias sensacionalistas sobre exercícios militares Ocidente 2013

Em vários polígonos da Rússia, Bielorrússia e na bacia do Báltico se iniciaram os exercícios militares russo-bielorrussos Ocidente 2013, devendo estes se prolongar até ao dia 26 de setembro. À luz disso, os meios de comunicação social estrangeiros têm publicado materiais estranhos em se descrevem cenários fantásticos do desenrolar dos acontecimentos.

Nas manobras participam cerca de 12 mil efetivos russos. Na bacia do Báltico eles deverão "neutralizar" destacamentos de um adversário condicional. A aviação e os sistemas de defesa antimíssil treinarão ações conjuntas perante eventuais ataques aéreos.

Neste ano, o comando das tropas em ação decidiu permitiu o livre acesso de observadores militares aos exercícios. Segundo disse o vice-ministro russo da Defesa, Arkadi Bakhin, espera-se a presença de observadores procedentes de 60 países. Mas, apesar de sobejas informações, na mídiado Ocidente têm vindo a surgir materiais estranhos e até fantásticos dedicados ao evento. Uma versão conjetura que, no decurso das manobras, será treinado um "golpe nuclear preventivo" contra a Varsóvia.

Todavia, tais "terríveis" cenários, para grande desespero de jornalistas especializados em ficção, nada têm a ver com os objetivos reais colocados pelos militares russos e bielorrussos. Os exercícios têm um caráter defensivo, salienta o redator-chefe da revista Natsionalnaya Oborona (Defesa Nacional), Igor Korotchenko.

"Não estamos realizando nem golpes nucleares, nem ofensivas militares contra o Ocidente. As tarefas que tencionamos concretizar são exclusivamente defensivas, visando cenários em que será preciso afastar um vasto leque de eventuais ameaças - desde ataques de extremistas até à organização da defesa diante de uma possível intrusão da parte de grandes potências."

Uma das tarefas-chave consiste em treinar ações militares conjuntas, sendo necessário testar os resultados da recente reforma militar, acentua o politólogo Ivan Konovalov, contatado na ocasião pela Voz da Rússia.

"O mais importante será provar a capacidade de coordenar as nossas ações, pelo que a Bielorrússia não deixa de ser o nosso principal aliado na direção oeste."

Descrevendo as manobras conjuntas como algo sinistro, os jornalistas ocidentais têm silenciado o fato de, na mesma região, se estarem realizando exercícios de larga escala da OTAN, frisou Konstantin Sivkov, vice-presidente da Academia de Ciências Geopolíticas:

"No âmbito dos exercícios a cargo da Aliança estão sendo treinados voos de aviões de combate a partir de aeródromos dos países bálticos. É preciso ter sempre presente que o território desses Estados pode ser utilizado pela aviação tática dos EUA, capaz de desferir golpes contra Moscou e São Petersburgo. Manobras análogas estão sendo efetuadas pela OTAN na bacia do mar Báltico. Nessas condições, a Rússia tem de preparar bem os seus contingentes militares em conjunto com o seu aliado estratégico que é a Bielorrússia."

Por isso, os atuais exercícios russo-bielorrussos se revestem de grande importância, resumiu o perito. Os sistemas de comando das tropas são similares. No entanto, o nível de preparação dos oficiais pode ser diferente, podendo haver, para além disso, certas incongruências quanto às normas básicas do emprego das tropas no terreno. Tudo isso tem que ser aperfeiçoado na organização da defesa de nossas fronteiras.

Voz da Rússia