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sábado, 30 de novembro de 2013

EUA querem que voos atendam pedido chinês

Governo Obama notificou companhias para que avisem autoridades chinesas sobre voos em nova área de defesa.

Objetivo seria evitar a ocorrência de acidentes. Pequim estabeleceu nova área de defesa em território contestado.

O governo dos EUA decidiu notificar as companhias aéreas do país para que atendam ao pedido da China de dar informações a respeito de aviões que sobrevoem a zona de defesa aérea recém-declarada por Pequim no mar do Leste da China.

A informação, com base em fontes anônimas, foi divulgada pelo jornal “The New York Times”. O governo não a confirmou oficialmente. O objetivo da recomendação seria não colocar em risco a segurança de aeronaves.

Os EUA não pretendem reconhecer a medida tomada pelos chineses no último fim de semana, que de forma unilateral ampliaram sua zona de defesa aérea para uma área reivindicada também por Japão e Coreia do Sul.

Pequim exige que aeronaves passem a lhe informar ao entrar no território. O Pentágono, porém, informou que aviões militares não levarão em conta a zona de defesa. “Vamos continuar a cooperar com nossos parceiros e operar nessa área normalmente”, afirmou o porta-voz militar Steve Warren.

Ontem, a China enviou caças para vigiar os aviões militares dos EUA e do Japão que entraram na zona aérea.

“Os aviões foram enviados para um controle eficaz”, informou a agência estatal Xinhua, citando o porta-voz da Força Aérea Shen Jinke.

A ação é uma resposta aos dois aviões americanos e dez japoneses, incluindo caças F-15, que sobrevoaram a região nesta semana. Japão e Coreia do Sul sobrevoaram a zona com aviões militares, informaram os dois países na quinta-feira.

Washington, por sua vez, também mandou dois bombardeiros B-52 para o espaço aéreo reivindicado pela China, em um sinal de apoio ao aliado Japão.

Nenhuma dessas aeronaves foi informada à China, conforme o procedimento exigido por Pequim.

O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, visitará a China, o Japão e a Coreia do Sul na próxima semana, para tentar aliviar as tensões sobre a questão, informaram altos funcionários do governo.

Uma missão de patrulha chinesa, realizada na quinta-feira, foi “uma medida defensiva e em linha com práticas comuns internacionais”, segundo a agência estatal chinesa Xinhua. O porta-voz do Ministério da Defesa, Yang Yujun, disse que era “incorreto” sugerir que a China atacará aeronaves que entrem na zona sem se identificar.

FONTE: Folha de São Paulo

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