Objeto não identificado no céu da China: o aeroporto Xiaoshan chegou a ser fechado e vários voos foram desviados Foto: Reprodução
Até domingo, ufólogos do Brasil e do exterior debaterão sobre visitas alienígenas que teriam ocorrido e que foram documentadas
A investigação militar de visitantes extraterrestres no Brasil é um dos temas do 5º Fórum Mundial de Ufologia, que ocorrerá em Foz do Iguaçu entre hoje e domingo. "Ao longo dos anos, ocorreram muitos contatos, inclusive dentro de instalações militares", afirma o palestrante Edison Boaventura Júnior, 46, presidente do Grupo Ufológico de Guarujá. O evento terá uma série de conferências de pesquisadores brasileiros e estrangeiros sobre alienígenas, e até vigílias no Parque Tecnológico Itaipu – "ambiente de grande magnetismo", segundo a organização.
Conforme Boaventura, há farta documentação sobre o tema. "Apresentarei alguns casos inéditos de 2º e 3º graus, pesquisados em nosso País pela Aeronáutica, Exército e Marinha", afirma. Ele diz que foram registrados casos por oficiais no Rio de Janeiro, no interior de São Paulo e na região amazônica. "Alguns documentos que embasarão esses casos serão mostrados pela primeira vez, inclusive com fotos dos locais de pouso, além de croquis das naves e de seus tripulantes".
Além dos relatórios oficiais de missões militares em busca de objetos voadores não identificados, a palestra de Boaventura reunirá casos coletados por ele em sua pesquisa ufológica. Ele afirma, como exemplo, que no dia 5 de novembro de 1996 foi chamado na Base Aérea de Santos pelo comandante Marco Aurélio Ferreira da Gama para ministrar uma palestra sobre o fenômeno óvni. "Após a minha explanação, os pilotos e controladores compartilharam alguns casos em que eles foram os protagonistas, e soube também de um pouso que ocorreu na cabeceira da pista daquela base aérea".
Para Boaventura, não há dúvida: seres de outros planetas já vieram à Terra. E segundo ele, as provas disso já existem: "Ao longo dos 32 anos em que pesquiso o assunto, deparei com muitas provas e evidências de que esse fenômeno é real", diz. "Além do registro de milhões de casos em todo o mundo e os milhares de contatos com seres que tripulam esses aparelhos, temos registros de explosões e quedas de óvnis, radarização desses objetos, perseguição por aviões militares e depoimentos confiáveis efetuados por cientistas, religiosos e militares. Existem ainda milhares de documentos oficiais sobre o assunto produzidos por organismos militares de vários países, inclusive o Brasil, que me incentivam a continuar com esses estudos".
Oficiais chineses disseram que sabiam do objeto, mas não poderiam falar sobre ele publicamente porque há uma 'conexão militar' com o caso Foto: Reprodução
Muitos dos documentos oficiais dos militares já são de domínio público. Mas nem todos: os ufólogos citam, como exemplo, o caso da Operação Prato, de 1977, uma das maiores investigações oficiais sobre fenômenos envolvendo objetos voadores não identificados. Naquele ano, estranhos fenômenos acometeram os moradores de Colares, no Pará
"Foi o fenômeno 'Chupa-chupa', como ficou conhecido. Eram raios de luz que sugavam sangue das pessoas. A população queria fugir. Chegou a um ponto de tamanha crise que foram falar com o governador, e o caso chegou aos militares", conta Ademar Gevaerd, jornalista e editor da Revista UFO, a qual organiza o fórum em Foz do Iguaçu.
Assim, a Força Aérea Brasileira deslocou mais de 20 militares para uma operação especial: registrar a ocorrência de luzes hostis e manifestações misteriosas. Munidos de câmeras e filmadoras, os agentes não presenciaram nada extraordinário nos dois primeiros meses. Depois, porém, de acordo com os documentos revelados até agora, o cenário se alterou completamente: objetos luminosos se movimentando erraticamente, naves maiores do que prédios de 30 andares e depoimentos chocantes da população ribeirinha.
As luzes e espaçonaves que os militares dizem ter avistado pareciam se aproximar cada vez mais. Até que, no início de dezembro, o Coronel Uyrangê Hollanda, comandante da operação, teve um contato com dois seres. Um dos alienígenas, segundo entrevista de 1997 a Gevaerd, teria dito o seguinte: "Calma, não vamos te fazer mal". Pouco tempo depois da entrevista, Hollanda se suicidou.
De acordo com Gevaerd, foram produzidas aproximadamente 2 mil páginas de relatórios, além de 500 fotos e 16 horas de filmes. "Com tudo o que foi liberado, temos pouco mais de 400 páginas sobre a Operação Prato", conta. "Mas acho que os filmes já nem existem mais. Vai se perdendo com o tempo por falta de conservação", acredita.
Especialistas dizem que brilho foi causado por destroços de míssil americano Foto: Reprodução
No dia 18 de abril deste ano, uma reunião entre a Comissão Brasileira de Ufólogos e as Forças Armadas parecia que resolveria a questão: o restante dos documentos da operação seria liberada pelo Ministério da Defesa. "Nós cobramos várias vezes. Primeiro ficou para julho, depois para agosto. Talvez seja uma questão burocrática", diz Gevaerd. Em entrevista anterior ao Terra, o Ministério da Defesa informou que o processo será realizado até junho de 2014.
Investigação militar
A Operação Prato foi a maior mobilização militar em torno de um fenômeno ufológico no Brasil. Mas há muitos casos de óvnis investigados oficialmente pelos militares. O Brasil teve até, entre 1969 e 1972, um órgão dedicado a isso. Em plena ditadura, o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani) analisou mais de 100 casos envolvendo supostas manifestações de objetos voadores e seres extraterrestres. No Arquivo Nacional, há mais de 1,3 mil documentos produzidos pelo órgão, com textos, fotos e desenhos.
De acordo com Gevaerd, a Operação Prato é um dos casos ufológicos mais relevantes de toda a história. "Por todas as provas e acontecimentos, a Operação Prato está acima de Roswell. Quando falo lá fora, eles (estrangeiros) até ficam tristes", afirma.
Varginha
Porém o ufólogo ressalta que existe outra ocorrência no Brasil ainda "maior" do que a Operação Prato: o Caso Varginha. Mais um, segundo ele, investigado de perto pelos militares. O caso do "ET de Varginha" ocorreu no interior de Minas Gerais, no ano de 1996. Duas irmãs garantem ter visto uma criatura marrom, com grandes olhos vermelhos e três protuberâncias na cabeça, na cidade de Varginha. Acionado, o Corpo de Bombeiros organizou um grupo de busca para o que eles julgaram ser um animal selvagem, capturado com sucesso. Houve especulações até de que as criaturas teriam sido levadas pelos militares brasileiros para os Estados Unidos. As autoridades negam o episódio.
Fórum Mundial de Ufologia O fórum ocorrerá de 21 a 24 de novembro, em Foz do Iguaçu. As inscrições já estão encerradas. A programação completa pode ser conferida no site oficial do evento.
Defesa Net
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
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Fórum sobre ufologia discutirá casos de ETs investigados por militares
Fórum sobre ufologia discutirá casos de ETs investigados por militares
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