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sábado, 21 de dezembro de 2013

Orçamento da defesa é fictício, diz senadora

A senadora Ana Amélia Lemos (DEM/RS) impostou a voz e disparou contra o governo brasileiro em defesa das Forças Armadas. Chegou às mãos dela o relatório do orçamento da Defesa Militar, ao qual denominou de “orçamento fictício.”

Em setembro, uma troca de comando envolvendo militares em operação de paz no Haiti deixou evidente mais uma vez o sucateamento da Defesa Nacional. Isto porque eles somente conseguiram deixar a capital daquele país por meio de uma aeronave fretada pela Etiópia. “Falta recurso até para o combustível”, disse.

Ela explanou aos demais senadores que o orçamento de 2014 para as três forças é de R$14,1 bilhões, sendo R$5,8 bi para o Exército, R$4,8 bi para a Marinha e R$3,5 bi para a Aeronáutica. “Somente o Exército necessitaria de R$ 21 bi para atuar de forma plena”, disse.

“O orçamento para o programa de defesa cibernética ficou em R$70 milhões, sendo 20% a menos que o mínimo necessário. “Desse jeito pode-se dizer que continuaremos atrás de outros países que investem em tecnologia e inovação”, frisou, lembrando o caso de espionagem recente contra a presidenta.

RECURSOS
70 MI
Recurso destinado à Defesa Cibernética que será implantado a partir de 2014 é de R$ 70 milhões, sendo 20% menor do que o mínimo necessário. Orçamento total do próximo ano para as três Forças é de R$ 14,1 bilhões

BUROCRACIA
Falta interesse
Para a senadora, a excessiva e cara burocracia da estrutura pública federal, construída ao longo de uma história pacífica, sem grandes guerras ou conflitos, colaboram para diminuir o interesse político pelas Forças Armadas, o que é um grande equívoco. Ela respondeu às perguntas que a coluna encaminhou terça-feira.

MÁ GESTÃO
Arrecadou R$ 1 tri
“Há problemas de recursos e também de gestão. A arrecadação do governo federal continua alcançando sucessivos recordes. Em novembro, por exemplo, ultrapassou a barreira de R$1 trilhão no acumulado dos 11 primeiros meses deste ano”, destacou a senadora, reforçando a tese de que a Defesa brasileira é preterida.

PROTAGONISMO
Orçamento sem corte
“É preciso dar maior protagonismo aos militares e às instituições responsáveis por preservar a segurança do território, das fronteiras, do espaço aéreo, das áreas costeiras e fazer a indústria da defesa um polo de desenvolvimento tecnológico nacional, com previsões orçamentárias mais claras e sem cortes”, disse.

ESPIONAGEM
Efeitos práticos
“As ações do governo brasileiro contra a espionagem internacional só terão efeitos práticos e duradouros se os investimentos em infraestrutura militar e Defesa, inclusive das redes de comunicação, forem tratados de modo estratégico, sem improvisos ou bloqueios de despesas no orçamento”, finalizou.

Fonte: O Dia – Coluna Força Militar – Osni Alves

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