O maior negócio da Índia para aquisição de 126 aviões de combate médios multifunção (MMRCA) por US$ 18 bilhões atingiu mau tempo. Dois anos após a fabricante de aviões francesa Dassault Aviation vencer o negócio com seus jatos de combate Rafale por conta de ser o menor preço, seu custo já subiu 100 por cento.
Em janeiro de 2012, quando Rafale foi declarado vencedor, seu preço unitário foi citado entre US$ 60 e 65 milhões. Um alto funcionário do Ministério da Defesa disse que o preço do avião de caça feito pela Dassault agora poderia custar 120 milhões dólares. O segundo finalista, Eurofighter, tinha valor citado de US$ 80 a 85 milhões a unidade.
O aumento do preço significaria que o negócio iria custar à Índia nada menos de US$ 28 a 30 bilhões, disse um oficial da Força Aérea Indiana (IAF), que está a par de discussões do comitê de negociação de custos.
O Ministro da Defesa AK Antony ficou receoso após o custo dobrar em comparação com a estimativa inicial. Com as eleições gerais a poucos meses de distância, Antony não tem certeza sobre o destino do negócio, disse um funcionário do Ministério da Defesa. “À medida que as negociações continuam, o custo é uma espiral fora de controle. É uma grande preocupação”, disse ele.
Um oficial da IAF disse que, em 2007, quando a concorrência foi lançada, o custo do programa era de US$ 12 bilhões. Quando o menor lance foi declarado em janeiro de 2012, o custo do negócio subiu para US$ 18 bilhões.
Dezoito dos 126 aviões serão comprados diretamente da Dassault, enquanto a Hindustan Aeronautics Limited vai fabricar outros 108 sob licença, em uma instalação a ser construída em Bangalore.
A IAF, que está lutando contra o esgotamento da sua força de combate, contava com o Rafale para ser o avião líder da sua força de caças para as próximas quatro décadas. “Com o enfraquecimento das chances de o negócio MMRCA ser assinado, não parece haver nenhuma solução para o problema imediato de diminuir o número de esquadrões, já que as aeronaves existentes precisam se aposentar”, disse outro oficial da IAF.
A força aérea quer substituir seu velho caça MiG-21 com um caça moderno que se encaixe entre o Sukhoi Su-30MKI (“high-end”) e seu Tejas LCA (“low-end”). A IAF tem uma força sancionada de 45 esquadrões de caças a jato. No entanto, ela só tem 30 esquadrões operacionais por causa da desativação de aeronaves antigas.
FONTE: www.dnaindia.com / Tradução e adaptação do Poder Aéreo
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