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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

F-35: Legisladores italianos ameaçam reduzir pela metade a encomenda

Os legisladores italianos Consideram fazer novos cortes na compra do JSF.

Oito meses após o parlamento italiano suspender novas encomendas do caça, os membros do maior partido político do país podem tentar reduzir pela metade o total da compra.

Uma fonte de dentro do Partido Democrata, de centro-esquerda, disse que os membros estavam preparando um documento de orientação política para a aprovação no parlamento, que poderia tentar cortar a compra planejada de 90 unidades do F-35 para cerca de 45. O país já reduziu sua compra total a partir das 131 aeronaves originalmente planejadas.

Mas uma segunda fonte disse que o debate ainda continua e que o documento final pode simplesmente ameaçar um corte, se a Itália não obtiver melhores condições no programa por parte dos norteamericanos.

O documento ( que poderiá estar pronto ainda este mês) vai deixar claro que a Itália vai se esforçar para investir no Typhoon na sua versão multirole (com capacidade de ataque ao solo). A Itália é um parceiro no programa JSF, mas a Lockheed Martin tem mostrado até agora pouco interesse no plano europeu.

O Partido Democrata é atualmente integrante de um governo de coalizão liderado por Enrico Letta, membro do partido. Em dezembro, o partido elegeu um novo secretário, Matteo Renzi , que tem sido apontado como um candidato para ganhar as eleições e formar um governo do Partido Democrata no próximo ano. Renzi, em declarações no passado, já falava em cortes no JSF.

A primeira fonte disse que 75 por cento dos membros do Partido Democrático do parlamento querem acabar com o programa JSF completamente, uma vez que a Itália atravessa uma crise econômica. Críticas recentes pelo Pentágono também estimularam a oposição ao programa.
Um homem segura um cartaz protestando contra a compra de caças F-35 durante manifestação em Roma. Alguns legisladores italianos estão se articulando para cortar o Joint Strike Fighter pela metade.

Mas a segunda fonte sugeriu uma mudança para cortar não cortando. Tudo vai depender do que a Itália poderá colher na transferência de tecnologia e preços mais baixos do programa. A fonte também sugeriu que a economia pode ser encontrada em outros programas, como alternativa aos cortes do JSF, tais como o programa de digitalização do exército. Uma versão preliminar do relatório reclama que o programa custa muito caro e não tem interoperabilidade com padrões da OTAN.

Chamado a falar, em setembro, o CEO da Finmeccanica, Alessandro Pansa, relatou estar desapontado com o trabalho da empresa no programa JSF. “A Finmeccanica não vai construir o seu futuro sendo apenas um operador de tecnologia de vanguarda pelo fornecimento de peças de aeronaves de grande porte”, disse ele.

Uma fonte da defesa italiana disse que as autoridades italianas vão prosseguir com a aquisição de 14 aeronaves, que foram cobertos por acordos industriais completos ou iniciais assinados antes da votação em junho passado.
Motor e testes de produtos eletrônicos, incluindo o controle de assinatura de baixa observação da aeronave vão começar em breve, com os primeiros voos e entrega em 2015. A Alenia Aermacchi está, entretanto, intensificando seu trabalho nas asas do JSF, com os dois primeiros conjuntos de asa completos destinados aos aviões americanos agora em produção.

A Itália cortou de 131 aeronaves para 90 e a Holanda encomendou 37 jatos em vez dos 85 planejados.

FONTE: Defense News – Tradução e edição: CAVOK

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