A presença de executivos da Saab no Brasil na semana passada serviu para avançar os contatos entre potenciais fornecedores e o fabricante dos caças Gripen NG, que serão adquiridos pelo governo brasileiro. Algumas indústrias brasileiras já tinham negociações adiantadas com a multinacional sueca antes mesmo da presidente Dilma anunciar a decisão final do processo FX-2, em que o Gripen venceu a disputa contra o francês Rafale, da Dassault, e o norte-americano F-18 Super Hornet, da Boeing.
A preferência do Departamento da Indústria de Defesa (Comdefesa) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sempre foi pelo modelo da Saab. Os suecos sempre demonstraram uma maior disposição para fazer parcerias com empresas brasileiras e transferir tecnologia.
Por ser a principal indústria aeronáutica do País, a Embraer era tida como a única que colheria frutos independentemente de quem saísse vitorioso da disputa. O vice-presidente mundial da Saab, Lennart Sindahl, teve reuniões técnicas com executivos da empresa e com a força Aérea Brasileira (FAB).
Ele também anunciou o investimento inicial de US$ 150 milhões para a construção da fábrica em São Bernardo do Campo, onde serão produzidas as estruturas da aeronave. Diretor do Comdefesa, Sérgio Vaquelli diz que as empresas aguardam agora a definição dos prazos pela FAB para saber as possibilidades de pacotes de serviços para os quais serão contratadas. Quanto maior o prazo, mais possibilidades. Os empresários precisam desta informação para buscar os mecanismos de suporte e financiamento à inovação oferecidos pelo governo federal.
Transferência plena
Empresários pressionam os suecos pela liberação do sistema integral do Gripen, fundamental para a transferência total de tecnologia. O brigadeiro José Augusto Crepaldi, da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), da FAB, esteve na Fiesp nesta semana.
Defesa Net
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