Nos últimos tempos vimos que a imprensa mundial vem distorcendo informações, criando inverdades a respeito da religião Islâmica sobre o Oriente Médio, principalmente em assuntos referentes à crise na Síria, Líbano e em outros países da região, como Irã, Palestina e Arábia Saudita, informações que levam leitores, telespectadores e a todos que buscam informações, terem uma visão completamente distorcida e falsa de inúmeras situações e com isso ajudam a manipular a opinião pública.
A Crise na Síria é tratada como uma guerra decorrente da Primavera Árabe, o presidente Bashar Al-Assad como ditador, os terroristas como rebeldes e opositores ao governo sírio, que é tratado como regime e/ou ditadura. O que ocorre hoje na Síria em nada tem relação com a Primavera Árabe, que foi um levante popular contra governos corruptos opressores em países como Egito, Iêmen, Tunísia, por geração de empregos, por melhores salários, educação, saúde entre outras reivindicações, no início dessas manifestações os governos tentaram sufocar os revoltosos com violências o que gerou ainda mais indignação na população, o que gerou a queda de governantes como Hosni Mubarak no Egito, Ben Ali na Tunísia.
Na Síria não foi um levante popular que causou a crise que já dura quase 4 anos e sim terroristas e mercenários que são financiados por Israel, Estados Unidos e Arábia Saudita, a crise na Síria tem início com a recusa do Governo Sírio em autorizar que Arábia Saudita, Qatar construam um oleoduto que alimentaria a Europa e Israel com o petróleo da Região, esse oleoduto atravessaria a Síria que não seria indenizada pelo uso do seu território. Também há uma aliança entre Síria, Iraque, Rússia e Irã em construir um oleoduto que servirá para alimentar países do leste europeu em petróleo e gás, a Síria se encontra em cima de um bolsão de gás. Temos então um interesse econômico muito grande, mas a grande mídia ocidental não fala disso.
Em relação ao Presidente Bashar al-Assad ser um ditador, é necessário saber como funcionam as eleições na Síria. Os partidos políticos na Síria indicam os nomes dos candidatos ao cargo de presidente, o parlamento Sírio indica o nome do Presidente e a população em referendo aprova ou não o nome do presidente escolhido pelo poder legislativo todos os cidadãos sírios em todo mundo podem votar, Bashar teve seu nome aprovado no último referendo por mais de 80% da população então como ele pode ser ditador? Simples para grande imprensa mundial é muito mais interessante que o Bashar seja rotulado e lembrando como ditador o que denegriria ainda mais sua imagem enfraquecendo-o perante a comunidade internacional e a opinião pública mundial, mas a grande mídia ocidental não fala disso.
Analisando a crise na Síria não temos um prognóstico futuro animador, já que hoje na Síria existem mais de 40 grupos terroristas ligados ou não a Al-Qaeda, independentemente de serem ou não vinculados a este grupo terrorista, esses mercenários e terroristas não se entendem, não conseguem eleger um líder ou mesmo sequer dizer contra o que ou contra quem estão lutando, uma coisa é certa a crise na Síria começa a gerar uma guerra interna no Islamismo, uma guerra perigosa entre Xiitas e Sunitas, um conflito onde ninguém sairá vencedor, onde pessoas desarmadas que apenas professam e exercem a fé islâmica sairão perdedoras.
A crise na Síria, a intervenção do Hezbollah em apoio ao governo sírio contra os mercenários começa a trazer efeitos colaterais ao Líbano, o que para Israel e benéfico já que o Líbano enfraquecido não ofereceria resistência a uma invasão sionista, que já destruiu a Palestina onde todos os dias matam crianças indefesas, invadem casas desabrigando os palestinos que lá viviam pacificamente, palestinos que apenas se defendem com paus e pedras, mas que a grande mídia financiada por Israel, já que grandes meios de comunicação ocidentais são de propriedade de Sionistas que financiam muitas e grandes empresas nos Estados Unidos, na Europa, então mais um motivo para que os palestinos passem por terroristas e Israel por um ¨pobre país¨ que apenas se defende.
Nesse cenário temos a Arábia Saudita que se passa por um país religioso de grande fé, mas que vem com dinheiro financiando mercenários, terroristas no mundo árabe e falsos muçulmanos fora dele para criar uma guerra interna no Islamismo e com isso destruir “adversários” como o Irã e dessa forma poderá dominar toda a religião levando-a de volta ao século VII e VIII destruindo tudo que foi conquistado nos últimos séculos, muitos sauditas se consideram donos do Islã já que a religião surge na Arábia Saudita, mas o que eles esquecem é que o Islamismo foi revelado para o mundo, para toda a humanidade.
O Islamismo cresceu muito nas últimas décadas tornando-se a maior religião no mundo, mesmo com toda a campanha de difamação que o Islamismo e os muçulmanos vêm sofrendo na última década, com mentiras como que a religião fomenta o surgimento de terroristas, que o Islamismo prega o ódio, prega a submissão das mulheres entre outras mentiras, mas mesmo com toda essa campanha contra a religião islâmica, conta hoje com mais de dois bilhões de seguidores.
Existem outras informações que a grande mídia ocidental se recusa divulgar, como a origem e o alcance do armamento químico supostamente lançado pelo governo Sírio em Agosto de 2013, onde inspetores da ONU provaram que a origem dessas armas era da Arábia Saudita e que seu alcance era muito curto ou seja não poderia ter sido lançadas por tropas do Governo Sírio.
Com essas mentiras e profissionais muito tendenciosos a grande mídia tenta distorcer informações importantes de acordo com os interesses de seus proprietários ou patrocinadores, um ponto importante a ser observado é que poucos meios de comunicações mantem profissionais de relações internacionais que entendam do Oriente Médio ou do assunto abordado, e que não há nenhuma emissora ocidental com correspondentes em países árabes todos estão localizados em Tel Aviv, Israel, ou seja as notícias saem totalmente distorcidas, infundadas, sem nenhuma análise, nenhum embasamento, com isso não se pode formar uma opinião séria sobre qualquer tema.
* Hussein Mohamad Taha é formado em Relações Internacionais pela Universidade Tuiuti do Paraná com pós graduação em Geopolítica e Relações Internacionais pela mesma instituição.
Oriente Mídia
domingo, 2 de fevereiro de 2014
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O que a mídia não mostra sobre o Islã e O.M.
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