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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Patrulha de SSBNs chineses coloca território americano no alcance de armas nucleares

Segundo relatório do US Naval Institute (USNI), a Marinha do Exército de Libertação Popular da China planeja acionar submarinos balísticos da classe Jin para patrulhar ainda este ano. Os navios serão armadas com mísseis intercontinentais com alcance estimado em 14 mil quilômetros, e capazes de transportar uma ou mais ogivas.

De acordo com depoimento do oficial de inteligência naval Jesse Karotkin à US China Economic Security Review Commission, “Com um alcance de mais de 4 mil milhas náuticas, o míssil balístico (SLBM) JL-2 permitiria ao navio da classe Jin atacar o Havaí, o Alasca e possivelmente outros alvos a partir das águas do leste de Ásia”.

“Os submarinos Jin (Tipo 094) são um salto tecnológico comparados ao Tipo 092 em que a marinha do ELP vinha confiando. O novo modelo pesa 11 mil toneladas quando totalmente submerso, e a US Navy entende o emprego das embarcações como prova de que os chineses “querem mais simetria de força com as nações do Ocidente”, continua.

Ainda segundo o depoimento de Karotkin, “as três unidades da classe Jin atualmente em serviço não seriam suficientes para manter uma presença constante no mar por um longo tempo, mas se o ELP construir mais cinco unidades, como algumas fontes sugerem, a presença marítima permanente em tempos de paz pode se tornar uma opção viável”. O oficial explica no depoimento que diversos fatores forçaram a China a modernizar suas forças navais, que atualmente contam com 60 submarinos, 55 navios anfíbios médios e grandes, cerca de 77 meios de superfície e quase 100 embarcações de pequeno porte”.

“No começo do século 21, a Marinha do Exército de Libertação Popular continuava sendo basicamente uma força litorânea. Apesar de os interesses marítimos chineses estarem mudando rapidamente, a vasta maioria das plataformas navais oferecia capacidade e endurance limitados, especialmente em águas azuis. Ao longo dos últimos 15 anos, o ELP vem empreendendo um esforço ambicioso de modernização, que resultou em uma Força mais tecnologicamente avançada e flexível”, descreve o oficial, segundo o portal USNI.org.

O relatório de Karotkin diz ainda que “essa transformação é evidente não apenas na atuação chinesa contra a pirataria no Golfo de Aden, que chega agora ao sexto ano, mas também nos exercícios e operações navais regionais mais sofisticados. Em contraste com o foco restrito da década passada, a Marinha chinesa está evoluindo rumo a uma gama mais ampla de missões que incluem conflitos com Taiwan, reforço de reivindicações de áreas marítimas, proteção de interesses econômicos, bem como combate à pirataria e ajuda humanitária”.

A China também demonstrou ter atualizado suas forças militares no mês passado, segundo o Pentágono. A Marinha do ELP teria realizado testes de fogo com um veículo hipersônico de transporte de mísseis capaz de traspor com ogivas nucleares praticamente quaisquer sistemas de defesa. O equipamento é avaliado por especialistas como um divisor de águas por conta de sua capacidade de atingir alvos com armas nucleares antes que os sistemas de defesa possam reagir.

Um porta-voz do pentágono confirmou ao jornal Washington Free Beacon que o teste aconteceu, mas não deu mais informações. Atualmente, os Estados Unidos são o único país a contar com esse tipo de veículo hipersônico em seu arsenal. “Rotineiramente nós monitoramos as atividades de defesa estrangeiras, e estamos cientes da realização do teste”, declarou o porta-voz ao jornal.

FONTE: Russia Today (tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)

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