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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Se Gripen passar pelo referendo na Suíça, Marinha dos EUA poderá comprar os F-5 suíços

Informação está em reportagem sobre declaração, feita pelo Departamento de Defesa da Suíça, de que a Saab não deverá se envolver na campanha eleitoral do referendo sobre a compra do Gripen

Caso a compra de 22 caças Gripen E pela Suíça seja aprovada em referendo marcado para 18 de maio, em que a população do país deverá aprovar ou não o sistema de financiamento das aeronaves, uma primeira leva de caças F-5 hoje utilizados pelos suíços deverá dar baixa já neste ano. Eles já têm um comprador interessado: a Marinha dos EUA (USN).

O chefe da política de segurança do Departamento de Defesa da Suíça, Christian Catrina, afirmou que o país deverá oferecer para compradores externos seus caças F-5 Tiger, e que “os primeiros 18 aparelhos provavelmente poderão ser vendidos em 2014.” Já os 36 restantes da frota deverão dar baixa do serviço em meados de 2016.

À frente dos potenciais compradores está a USN. Já outros interessados, segundo Christian Catrina, são sociedades privadas americanas que pretendem utilizar as aeronaves para fins de treinamento. A Suíça poderá receber cerca de meio milhão de francos por avião, e Catrina acha bastante “improvável que não se encontre nenhum comprador”. Caso ninguém se interesse pelos jatos, eles seriam destruídos na Suíça.
Até o referendo, a sueca Saab deverá se conter quanto à promoção do Gripen na Suíça – divisão regional das compensações industriais poderá ser revista
O Departamento de Defesa acredita que a sueca Saab, fabricante do Gripen, deverá se conter durante a campanha de votação que precede o referendo de 18 de maio. A população suíça não aprecia interferência de estrangeiros nesse assunto, disse Christian Catrina. Ele afirmou que, num primeiro momento, a Saab “sempre quis fazer mais do que achávamos que seria útil. A democracia direta é um campo completamente novo para o grupo sueco e alguns “erros foram cometidos”. Porém, eles foram corrigidos rapidamente, segundo Catrina. Um dos exemplos foi que, no mesmo dia em que a data da votação foi fixada, um balcão de informações da Saab foi instalado em Laubehorn, onde se realizavam competições de esqui. Havia um grande pôster com a inscrição “Gripen E – o caça inteligente para a defesa inteligente.”

O chefe da política de segurança também disse que os critérios de divisão da compensação industrial de 2,5 bilhões de francos requerida pelo contrato do Gripen, que é de 3,1 bilhões de francos, também poderá ser revista caso a aquisição do caça seja aprovada no referendo. A Saab prometeu que 30% desses 2,5 bilhões em compensações industriais iriam para Romande (nota do editor: região de língua francesa no oeste daSuíça). Essa alocação é certamente “sacrossanta”, mas há uma condição de que as empresas de todo o país precisam submeter ofertas competitivas. Catrina afirmou que, “se nos atermos rigidamente a essa alocação, isso significa que a Saab também poderia ser obrigada a atender a ofertas não competitivas, e não é isso que queremos. Mas estamos confiantes que isso vai funcionar.”

Catrina ainda disse que, “para melhor direcionar onde deverá fluir o investimento, estamos pensando em considerar alguns negócios de maneiras diferenciadas”.

FONTE: 24 heures (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em francês)

FOTOS: Força Aérea Suíça e Departamento de Defesa da Suíça

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