O primeiro submarino nuclear brasileiro estará pronto em 2023. O Brasil já desenvolveu todo o ciclo tecnológico para o fabrico de reatores nucleares para submarinos.
A ajuda no desenvolvimento do sistema de comando e controle dos equipamentos do navio está a ser prestada pela França. A escolha da França como parceiro foi condicionado ao acordo para a transferência de tecnologias por parte desse país.
Atualmente o patrulhamento da zona costeira é realizado pela Marinha do Brasil com recurso a submarinos diesel-elétricos, fabricados segundo projetos alemães. Podíamos pensar que o país não está ameaçado por submarinos nucleares de outros países e que a proteção das reservas petrolíferas submarinas pode ser realizada com recurso a submarinos convencionais.
Contudo os interesses geopolíticos do Brasil estão aumentando, o país se considera um dos países líderes do Atlântico Sul, refere o vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos Konstantin Sivkov:
“O Brasil faz parte do BRICS e os dirigentes brasileiros percebem que logo que o país comece a aumentar sua influência e a proteger seus interesses e seus negócios em regiões afastadas, ele irá precisar de ter mais meios navais. Para atuar em toda a área do Atlântico Sul o Brasil irá precisar de submarinos nucleares. Segundo alguns cálculos, o total de submarinos nucleares que o Brasil irá necessitar poderá ser de 4-5 unidades”.
Além disso, o Brasil prevê aumentar as suas forças aeronavais. Neste momento a Marinha do Brasil possui o porta-aviões São Paulo, o antigo navio francês Foch, que pode cumprir apenas um estreito leque de missões. Ele não corresponde às exigências modernas e tem um parque de aeronaves limitado a 20 aviões Skyhawk. Estes são velhos aviões de assalto norte-americanos dos tempos da guerra do Vietnã.
O Brasil irá provavelmente construir mais dois porta-aviões, o que permitirá proteger eficazmente os seus interesses nas áreas mais afastadas do Atlântico Sul. Isso será muito importante para o Brasil, especialmente se considerarmos que os EUA já restauraram a sua Quarta Frota, cuja área de atuação inclui também a América do Sul.
Muitos peritos consideram que hoje os EUA já perderam completamente o controle sobre a América do Sul. Alguns países com orientação pro-estadunidense não têm um papel decisivo, refere Konstantin Sivkov:
“O Brasil, a Argentina e a Venezuela conduzem uma política externa e interna independente dos EUA. Por isso, agora os norte-americanos tentam recuperar o seu controle. Para isso, eles fomentam na Venezuela o caos econômico e as desordens. Os EUA não excluem a possibilidade de uma pressão militar, recuperando sua Quarta Frota”.
O Brasil e a França assinaram ainda em 2008 um acordo de cooperação para a construção de submarinos. Em 2009 a companhia brasileira Odebrecht, especializada em projetos na área da defesa e segurança, e a francesa DCNS assinaram um contrato para a construção de 4 submarinos de propulsão diesel-elétrica da classe Scorpene, assim como para projetos conjuntos dos elementos não-nucleares para o submarino nuclear em desenvolvimento. A participação da DCNS nesse projeto está limitada ao apoio na montagem do casco do submarino e dos equipamentos das secções não-nucleares do navio.
O submarino brasileiro será equipado, de acordo com informações não-classificadas, com sistemas franceses de direção de combate e sonares Thales. Contudo, os especialistas pensam que a França dificilmente irá ceder tecnologias de ponta. Eles irão ceder apenas tecnologias da geração anterior.
Voz da Rússia
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