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quarta-feira, 5 de março de 2014

Kerry comenta “intervenção” na Ucrânia e guerra com Irã

O secretário de Estado americano, John Kerry, qualificou como “agressão descarada” o reforço da proteção das bases russas na Crimeia. “Não se pode invadir um outro país sob pretexto inventado de proteger seus próprios interesses”, disse Kerry em 3 de março em uma entrevista à NBC.

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Este não foi um reconhecimento de que os métodos falsos e imprestáveis da execução de “companhias orientais” insensatas da América levaram à morte de milhares de seus cidadãos e de cidadãos dos países aliados pela OTAN em países distantes.

O secretário de Estado não lamentou o fato de, em resultado de intervenções americanas naqueles “outros países”, o balanço de civis mortos ter atingido centenas de milhares e o de refugiados – milhões.

Kerry não lamentou também a inutilidade de trilhões de dólares perdidos nas guerras no Afeganistão e no Iraque, que os contribuintes americanos terão de compensar ainda durante muitos anos.

A sua declaração sobre “agressão descarada”, feita no domingo passado, diz respeito aos atos da Frota do Mar Negro da Rússia, decorridos sem um único tiro e voltados para reforçar a proteção da ordem pública em torno das estruturas militares russas na Crimeia.

Um pouco antes, num encontro com jornalistas, Kerry comunicou: “Não penso que devem haver dúvidas de que qualquer tipo de intervenção militar que viola a integridade territorial soberana da Ucrânia, é um erro grande e fatal”. Naquela altura já foi conhecido que Moscou não estuda a possibilidade da divisão da Ucrânia e da anexação da Crimeia à Rússia. Naquela conversa, naturalmente, não foi mencionada a influência fatal da intervenção dos EUA e da OTAN na desintegração da Iugoslávia, Iraque e Líbia.

Não é segredo que o secretário de Estado americano dá regularmente avaliações estranhas à situação mundial em rápida evolução. Anteriormente, ele aludiu que o Pentágono continua a preparar-se para atacar o Irã. Em palavras de analistas americanos, John Kerry, como porta-voz da Casa Branca, “irá executar exatamente e sem quaisquer surpresas aquilo que lhe for dito e sempre irá seguir nitidamente o cenário antecipadamente composto”. Respectivamente, enquanto o cenário “ucraniano” incluía uma variante fantástica da agressão da Rússia contra a Ucrânia, Kerry, ao que tudo indica, irá citá-lo até que o texto não seja substituído”.

Esta particularidade foi notada em 2011 por Bret Stephens, do Wall Street Journal, ainda antes de Kerry ter sido nomeado secretário de Estado. “Um dia após a primeira manifestação maciça contra o regime, em 16 de março, John Kerry declarou que Assad 'é um homem da palavra, que me tratava nobremente'. Mais tarde, regressando a Washington, ele chamou Assad de 'caro amigo'. Mas dia 2 de setembro de 2013 Kerry recebeu outro texto e comparou 'caro amigo' com Hitler e Saddam Hussein”.

Há pouco aconteceu uma outra confusão perigosa. Anteriormente, Kerry havia referido indiretamente que o Pentágono continua a preparar-se para agredir o Irã. Como se sabe, a comunidade mundial já alcançou uma virada nas conversações com o Irã sobre o problema nuclear. Contudo, na semana passada, Kerry voltou a comunicar aos jornalistas sua visão da situação: “Avançámos a iniciativa e encabeçámos os esforços voltados para esclarecer, antes de começar a guerra, se for possível aqui uma solução pacífica”. Os próprios americanos ficaram perplexos: se ele diz ao país e ao mundo que a guerra com o Irã já se planifica e é inevitável ou simplesmente não entende que a situação mudou?

O costume de ver aquilo que se imagina em vez de ver as coisas reais é bom para um escritor, mas é perigoso para um diplomata.

Voz da Rússia

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