O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu neste domingo (9)em conversas pelo telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, a legitimidade das medidas tomadas pelas autoridades da Crimeia.
Segundo ele, a decisão de aderir à Rússia e o anúncio de um referendo sobre o status da região estão de acordo com a lei internacional. O Parlamento da Crimeia, uma república autônoma da Ucrânia, marcou o referendo para o dia 16 de março.
“Vladimir Putin ressaltou em particular que os passos dados pelas autoridades legítimas da Crimeia se baseiam na lei internacional e buscam garantir os interesses legítimos da população da península”, afirmou o Kremilin em comunicado.
“O presidente russo também chamou a atenção de seus interlocutores para a falta de ação das autoridades presentes em Kiev em limitar as ações de forças ultranacionalistas e radicais na capital e em outras regiões”, disse o texto.
A chanceler alemã, entretando, reforçou que o referendo é ilegal, informou seu porta-voz. "A chancelaria expressou com firmeza a posição alemã que afirma que o suposto referendo de 16 de março sobre a Crimeia é ilegal", afirmou, em um comunicado, Steffen Seibert, porta-voz de Merkel.
Reino Unido
Segundo uma porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, Putin concordou com Cameron que uma Ucrânia "estável" interessa a todo o mundo e se comprometeu a estudar a proposta de estabelecer um grupo de trabalho para fomentar o diálogo entre Moscou e Kiev.
"O presidente Putin esteve de acordo que é do interesse de todos ter uma Ucrânia estável e disse que a Rússia quer encontrar uma solução diplomática à crise e que debateria a proposta do grupo de contato com o ministro das Relações Exteriores, (Sergei) Lavrov amanhã", explicou a porta-voz.
Cameron pediu que Putin adote medidas a fim de diminuir a tensão e iniciar o diálogo para resolver o conflito, que segue ganhando força desde a ocupação russa da península ucraniana da Crimeia.
A porta-voz acrescentou que Cameron assegurou a Putin que o Reino Unido, junto com seus sócios europeus e os Estados Unidos, deseja trabalhar com a Rússia para buscar uma solução diplomática.
Na conversa, Cameron ressaltou que Londres "reconhece o direito de todos os ucranianos a escolher seu futuro e as eleições, previstas para os finais de maio, são a melhor maneira de fazer isto".
"A comunidade internacional deve colaborar para garantir que as eleições são livres, justas e inclusivas", disse o chefe do governo britânico, segundo sua porta-voz.
Cameron e Putin concordaram também na necessidade de oferecer apoio econômico à Ucrânia, acrescentou a fonte.
G1
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