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terça-feira, 22 de abril de 2014

Força Aérea e Marinha do Brasil fortalecem cooperação com militares dos EUA


O acordo ajudará a marinha brasileira a manter o AF-1 Skyhawk, aeronave de interceptação e ataque, além de fortalecer os laços militares entre os dois países, informaram autoridades brasileiras.

O chefe do Estado-Maior da Marinha do Brasil, almirante Carlos Augusto de Sousa, e o chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Airton dos Santos Pohlman, assinaram recentemente um acordo geral de cooperação operacional e técnica com os Estados Unidos.

O acordo ajudará a marinha brasileira a manter o AF-1 Skyhawk, aeronave de interceptação e ataque, além de fortalecer os laços militares entre os dois países, informaram autoridades brasileiras.

Segundo os termos do acordo, militares dos Estados Unidos fornecerão a tecnologia e o treinamento que ajudarão a Marinha do Brasil a manter, consertar e modernizar sua frota de 12 aeronaves Skyhawk. O órgão está modernizando todos os aspectos das aeronaves, inclusive a cabine, os sistemas de comunicação e radar e o motor.

Segundo os termos do acordo, militares dos Estados Unidos fornecerão a tecnologia e o treinamento que ajudarão a Marinha do Brasil a manter, consertar e modernizar sua frota de 12 aeronaves Skyhawk.

Quando for concluída, a modernização da frota dos Skyhawks irá melhorar as capacidades das aeronaves, segundo autoridades.

“Com esta modernização, nossas aeronaves serão capazes de desempenhar missões impossíveis ou extremamente arriscadas para a tripulação”, afirma Sousa.

Cooperação Brasil-EUA deve se aprofundar, disse Celso Amorim

O acordo que fortalece a cooperação entre as Forças Armadas de Brasil e EUA é um marco positivo, diz Celso Amorim, ex-ministro da Defesa brasileiro.

“O aprofundamento das relações no campo de defesa entre Brasil e Estados Unidos deve ir além do comércio”, avalia Amorim. “É necessário que os EUA transfiram tecnologia e contribuam no treinamento profissional.”

Autoridades americanas reconhecem a importância de transferir tecnologia para o Brasil, disse o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta.

Os dois países também compram equipamentos militares um do outro. Nos últimos anos, o governo americano adquiriu a aeronave Super Tucano, da Embraer, e o Brasil comprou dos EUA equipamentos militares como helicópteros.

Presença militar forte do Brasil

O Brasil tem uma das forças armadas mais fortes da América do Sul, e o acordo para aumentar a cooperação com os militares americanos ajudará o país a manter sua força, disse Richard Gadea, analista de segurança brasileiro.

Por exemplo, a Marinha do Brasil tem o porta-aviões São Paulo, que pode transportar até 30 jatos de combate, disse Gadea. Duas aeronaves podem ser lançadas do São Paulo a cada dois minutos e meio, afirma.

“O país tem várias universidades técnicas e fabrica seus próprios submarinos nucleares”, disse Gadea. É apenas uma questão de tempo até que os militares brasileiros sejam “alçados a uma posição de liderança no mundo”, prevê o analista.

“Eu nunca deixei de admirar a proeza tecnológica do Brasil e não estou surpreso com seu alcance de uma posição de liderança mundial, incluindo a organização da Copa do Mundo”, ressalta.

Defesa Net

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