Ucrânia em chamas Neonazistas comandados pela Junta de Kiev/EUA queimam civis vivos em Odessa |
As ditas “operações antiterrorismo” do regime de Yatsenyuk nas regiões (oblasts) do sul e do leste da Ucrânia são, na realidade, uso de força marcial contra civis ucranianos que se opõem ao regime golpista instalado em Kiev. Ucranianos predominantemente pacíficos que se opõem aos líderes do golpe – não “separatistas armados” – têm sido o principal alvo dos tiros e ataques das milícias do regime golpista apoiado por EUA e União Europeia.
O discurso sobre separatistas “pró-Rússia” é tentativa viciosa para esconder a real natureza dos protestos contra o regime golpista; os protestos se dão, ali, contra um golpe. A principal questão é manifestantes antigolpe versus uma junta neofascista; não se trata de separatistas e federalistas versus Kiev. Referir-se à junta neofascista em Kiev, como se fosse o governo da Ucrânia, é encobrir, ocultar ou ignorar que o “governo” da Ucrânia, hoje, é governo ilegal – diga Obama o que disser.
Conheçam o Nulandistão [1] ucraniano: o “Khaganato dos Nulands”
Sempre que o governo dos EUA diz que está promovendo democracia e liberdade, como faz a Secretária-Assistente de Estado dos EUA, Victoria Nuland, sobre a Ucrânia, com absoluta certeza já houve ou continua a haver destruição, miséria, empobrecimento, sectarismo, ataques, luta e morte.
Conheçam, então, dessa vez, a Ucrânia pós-golpe, ou o Nulandistão.
O novo paraestado segue os precedentes e tradições de desestabilização e violência sempre divulgados e disseminados por agentes norte-americanos como o senador John McCain no McCainistão em que ele tentou converter a República Árabe Síria; e por Hillary Clinton no Clintonistão em que ela converteu aJamahiriya Líbia Árabe.
Arseniy Petrovych Yatsenyuk, que assumiu ilegalmente o posto de primeiro-ministro ucraniano, com apoio de EUA e União Europeia, jamais foi muito favorecido por número significativo de cidadãos e manifestantes autênticos na Praça EuroMaidan, nem nos movimentos de base de aliados daqueles manifestantes autênticos. Quando, sem eleições ou qualquer discussão pública, o homem foi arbitrariamente empossado como primeiro-ministro, muitos ainda reunidos na Praça EuroMaidan o vaiaram furiosamente; ouviram-se até gritos de “caia fora, ou leva uma bala na testa”. É homem a soldo da infame Yulia Volodymyrivna Timoshenko, vaiada também quando apareceu na praça, logo depois de sair da cadeia onde estivera presa por corrupção. Na realidade, Yatsenyuk e outros políticos ucranianos que se identificam com a Praça Euro-Maidan, como o ultranacionalista Oleh Tiahnybok do partido Svoboda, apropriaram-se indevidamente das esperanças e sonhos dos ucranianos que protestavam não só contra o governo ucraniano de Viktor Fedorovych Yanukovich, mas contra todo o establishment político ucraniano.
Ocultado por trás dos protestos, o Partido Batkivshchyna – de Yatsenyuk e de Timoshenko – usou as milícias das gangues de ultranacionalistas nazistas e neonazistas para lançar um golpe violento em Kiev [O QUE ACONTECEU DIA 22-23/2/2014 – como o presidente Putin já cansou de explicar, com todas as provas e toda a razão].
Nada há semelhante a democracia operante na Ucrânia e, com o pleno apoio da União Europeia e do governo dos EUA, a própria livre manifestação democrática de ideias está sob ataque na Ucrânia, vítima do novo regime e suas gangues de mercenários e bandidos comuns. O regime golpista de Yatsenyuk já destruiu todas as liberdades constitucionais, inclusive a liberdade de manifestação; já enviou militares e forças de segurança contra o próprio povo, sob o pretexto de que o povo estaria engajado em operações de terrorismo, contra as quais a OTAN também foi mobilizada; o mesmo governo golpista de Yatsenyuk também já iniciou expurgos e caça a bruxas, por toda a Ucrânia. Começou com o presidente da Empresa Nacional de Televisão da Ucrânia, Aleksandr Panteleymonov – que foi ameaçado e, na sequência, espancado por deputados do Partido Svoboda, Igor Miroshnynchenko e Andrey Ilyenko, para que renunciasse ao posto.
Uma atmosfera de intimidação e abusos é a ordem do dia no Nulandistão e políticos da oposição têm sido regularmente ameaçados e espancados, alguns ainda feridos e ainda expostos a risco de morte. Táticas de intimidação e violência também foram usadas para forçar políticos e funcionários públicos ucranianos a renunciar e, em geral, a abandonar os respectivos postos em toda a Ucrânia.
Dentro do Verkhova Rada ou Parlamento ucraniano, qualquer dos deputados remanescentes que se atrevam a falar contra o regime e suas políticas são silenciados e espancados. É a liberdade de manifestação que os EUA pregam e que, agora, está sendo “ensinada” à Ucrânia, por gente do naipe de Victoria Nuland. Por exemplo, o veterano deputado Petro Symonenko foi impedido de falar e empurrado violentamente para longe da tribuna (há filmes), apenas porque se atreveu a condenar o uso de força militar e de forças especiais armadas contra civis que se manifestavam contra o regime de Yatsenyuk. Antes de ser silenciado, Symonenko conseguiu dizer que os ultranacionalistas estavam a serviço de interesses externos, não de qualquer interesse nacional da Ucrânia e que, de fato, estão dividindo o país do leste europeu. O gabinete do prestigiado deputado ucraniano foi incendiado, como outros gabinetes políticos de partidos ucranianos que se opõem ao golpe comandado por EUA e União Europeia.
Assim, pois, conheçam o Nulandistão: está sendo apresentado a vocês sob o alto patrocínio do Departamento de Estado dos EUA, daCIA, da agência USAID, da fundação National Endowment for Democracy (NED) e de toda uma vasta coorte de outros tentáculos igualmente venenosos do governo dos EUA.
Desde que assumiram o poder, os supostos “democratas” da Praça Euro-Maidan e seguidores dos neonazistas de Yatsenyuk puseram-se a matar os ucranianos que se opunham a eles ou protestavam contra o governo golpista apoiado pelo “ocidente”. No processo, o regime Yatsenyuk nega aos ucranianos os direitos que Arseniy Yatsenyuk, Victoria Nuland, John McCain, Catherine Ashton e os neonazistas do movimento Euro-Maidan dizem que estariam legitimando o golpe apoiado pelos EUA e a tomada do poder por golpe violento, em Kiev.
O massacre no prédio dos Sindicatos, em Odessa
Na famosa cidade portuária de Odessa, no litoral do Mar Negro, o regime de Yatsenyuk tentou criar provocação sectária, ao permitir que se realizasse um jogo de futebol entre os times Chernomorets Odessa e Metalist Kharkov, sabendo, como todos sabiam, que os hooligans ultranacionalistas das torcidas organizadas acorreriam a Odessa, para o jogo, dia 2/5/2014. Depois do jogo, os apoiadores do governo neonazista golpista de Kiev puseram-se a gritar “Faca na barriga dos russos” e palavrões. Na sequência, grupos que pareciam ser de ativistas antigolpe, que apoiavam a federalização ou a separação e usavam Fitas de São Jorge [2] e braçadeiras vermelhas nas mangas, enfrentaram os apoiadores do governo neonazista de Kiev, o que levou a confrontos violentos em toda a cidade de Odessa.
Adiante ficou comprovado que aqueles bandidos armados eram, de fato, agentes clandestinos provocadores, trabalhando a serviço dos neonazistas de Kiev. Alguns dentre eles eram agentes da polícia antitumultos enviados contra a população pelo regime de Kiev, e que usavam as mesmas braçadeiras vermelhas, para serem confundidos com agentes ativistas anti-Kiev. Antes de esses ativistas clandestinos que passaram a ser chamados de “terceiros não identificados” terem desaparecido das ruas, eles atacaram as pessoas que se reuniam na área do Prédio dos Sindicatos de Odessa. Quando os manifestantes entraram no prédio à procura de proteção, as portas foram trancadas e o prédio foi incendiado por coquetéis Molotov lançados para dentro. Os policiais assistiram ao ataque e viram os manifestantes pacifistas serem colhidos naquela armadilha e, na sequência, serem queimados vivos; simultaneamente, fecharam as passagens, de modo que caminhões de bombeiros e ambulâncias não se pudessem aproximar para salvar as pessoas presas dentro do prédio em chamas.
Neonazista da Praça Maidan atira em pessoas que tentam escapar do fodo pelas janelas do Edifício da Central Sindical em Odessa |
Há provas em vídeos que mostram apoiadores do Partido Svoboda e dos neonazistas da Praça Maidan em Kiev, atirando a queima-roupa contra as pessoas trancadas dentro do prédio do Sindicato em Odessa, alguns com armas, atirando de fora para dentro, e outros dentro do próprio prédio (imagens na página). Um homem, que se autoidentificou como Sotnik Mykola, líder de EuroMaidan, foi inclusive filmado enquanto atira contra o prédio, contra pessoas que tentam escapar do fogo (imagens abaixo). Vê-se uma mulher grávida que grita por socorro, antes de ser estrangulada por um neonazista apoiador do regime em Kiev (na primeira imagem, vestindo jaqueta azul e branca). Uma das apoiadoras ultranacionalista do governo norte-americano de Yatsenyuk, que estava em Odessa durante os ataques, escreveu elogios ao assassinato de ativistas antigolpe, em sua página de Facebook.
Minha jaqueta cheira a borracha queimada e está manchada de sangue. Por um lado, é horrível, quando relembro os rostos dos mortos; mas, por outro lado, que orgulho! E ninguém pode fazer nada: o que está feito está feito” – escreveu ela [imagens abaixo].
"Print Screen" da página do Facebook da terrorista nazista Angela Aravina |
O Canal Russo Perviy Kanal (Channel One ou Primeiro Canal) usou vídeos distribuídos por YouTube para noticiar os confrontos em Odessa, para mostrar o que se passava na cidade conhecida como “a pérola do Mar Negro”. Essas matérias foram retransmitidas também pelo canal RT International em inglês, para audiências planetárias. Tatyana Ivananko, que sobreviveu ao ataque dos ativistas antigolpe, disse ao jornalista ucraniano Alexey Yaroshevsky do canal RT International, em longa entrevista, que “a polícia lá ficou, sem nada fazer” e que os apoiadores do golpe “mataram com as próprias mãos alguns dos que conseguiam escapar do prédio incendiado e jogavam pela janela os que não conseguiam matar, para acabar de assassiná-los na calçada”. A mesma testemunha confirmou que não havia estrangeiros no prédio e que os agentes provocadores – “os terceiros não identificados” – nada tinham a ver com o grupo de manifestantes que a própria Tatyana integrava.
As operações “antiterrrorismo” do governo neonazista de Yatsenyuk são cortina de fumaça
A Oblast [província, região] de Donetsk foi sitiada pelo governo golpista que os EUA instalaram em Kiev. Civis ucranianos desarmados foram assassinados em Mariupol por ordens do regime de Yatsenyuk-Obama, dia 9/5/2014. Vídeos (abaixo) filmados em Mariupol mostram civis ucranianos desarmados assassinados em nome de falsas ‘operações’ antiterrorismo ordenadas pelo governo Yatsenyuk-Obama, no esforço para controlar partes da Ucrânia que não reconhecem o governo instalado pelo golpe do dia 22/2, que derrubou o governo eleito da Ucrânia.
Mais civis ucranianos foram mortos dias 10/5/2014, quando votavam em referendo legal e legítimo que se realizava em várias províncias ucranianas numa área do país chamada Novorossiya por razões históricas e sociológicas. Houve escaramuças entre o governo neonazista de Yatseniuk-Obama e combatentes da resistência armada em cidades como Slavyansk, onde o governo neonazista Yatsenyuk-Obama assassinou civis ucranianos nessa região, quando tentavam exercer o direito democrático de votar pacificamente nos referendos. Por exemplo, em vez de permitir que os moradores de Krasnoarmeysk, na província de Donetsk, votassem para decidir o próprio futuro, a junta neonazista apoiada por EUA-União Europeia enviou seus mercenários armados para impedir as pessoas de chegar aos locais de votação. Foi feito sob o pretexto de ‘operações antiterrorismo’. Essas operação apoiadas pelos EUA e ditas “antiterrorismo” não passam de cortina de fumaça para ocultar os verdadeiros – e escandalosos – motivos pelos quais EUA e neonazistas seus aliados obram para desqualificar os referendos.
O regime de Kiev está usando a chamada Guarda Nacional da Ucrânia para forçar os oponentes a obedecer. É importante observar que essa Guarda Nacional foi criada em março de 2014, pelo governo instalado no poder pelo golpe neonazista, como força de proteção dos próprios golpistas. Essa milícia incorporou setores dos mesmos grupos ultranacionalistas que promoveram a derrubada do governo legal da Ucrânia, dia 22-23/2/2014. Em outras palavras, os mesmos homens armados que invadiram os gabinetes do governo ucraniano no momento do golpe, atuam hoje como ‘força oficial’ do mesmo governo neonazista de Kiev. Além do mais, embora a Guarda Nacional seja oficialmente apresentada como força de reserva das Forças Armadas da Ucrânia, está sob jurisdição e controle do ministério do Interior – vale dizer: hoje, está sob controle de agências do governo dos EUA (CIA e FBI) e de fanáticos ultranacionalistas. O motivo disso é que os militares ucranianos não obedecem ao regime neonazista de Kiev. Por isso, essa Guarda Nacional irregular, que reúne os mercenários e pistoleiros ultranacionalistas que são leais ao governo neonazista de Kiev foram organizados como ‘exército’; dado que dependem diretamente dos líderes do golpe, esses mercenários têm-se mostrado dispostos a cumprir qualquer tipo de ordem, por mais sujo que seja o serviço – por exemplo, atirar contra civis, o que os militares ucranianos regulares recusaram-se a fazer.
O governo de Yatsenyuk-Obama: disposto a cometer quaisquer atrocidades e crimes na Ucrânia
A Junta que responde a Yatsenyuk-Obama e seus apoiadores estão ansiosíssimos para novamente usar a força contra civis. O discurso sobre “pró-Rússia” e, mesmo, a favor dos falantes de russos, é um falso discurso.
A verdadeira natureza da oposição no sul e no leste da Ucrânia é oposição a governo ilegal, instalado em Kiev mediante golpe.
Todas as demais questões: autonomia local, federalização, separação ou reunificação com a Federação Russa, são subprodutos do tema central.
Já no início de março, dia 10/3/2014, apoiadores dos neonazistas de Euro-Maidan como o empresário ucraniano Gennady Balashov começaram a declarar publicamente que era preciso ‘eliminar’ as partes leste e sul da Ucrânia, matando os habitantes. Balashov também exigiu o bloqueio do gás natural russo para países da União Europeia e sugeriu outras ações, como movimentos deliberados para provocar a reação da Federação Russa. Disse que não acredita em diálogo e falou declaradamente em banho de sangue, massacres e limpeza étnica; falou do que se conhece como genocídio, em locais como Crimeia, Carcóvia, Dnepropetrovsk e Donetsk. Para ele, qualquer voz que se opusesse ao governo dos neonazistas de Yatseniuk-Obama em Kiev, teria de ser morto sem mercê. Nesse grupo se incluiriam todos os que exibissem a Fita de São George. [2]Falando sobre os manifestantes nas áreas leste e sul da Ucrânia, Balashov disse que:
Temos de bloquear o gasoduto. Não podemos deixar que o gás natural flua. Só assim os invasores serão detidos. Temos de bloquear o gasoduto e deixar que os “Alfas” atirem em tudo que se mova por ali. Aquela gente está em território estrangeiro. Crimeia, Kharkov, Dnepropetrovsk, Donetsk são cidades ucranianas. Se usam a Fita de São George, se humilham nossa bandeira, temos de acertar-lhes a testa, porque são o inimigo. Nada de conversar com eles. Nada de argumentar com eles.
A fala de Gennady Balashov ecoa o discurso infame, anti-Rússia e anti-russos de Iryna Dmytrivna Farion, deputada do Partido Svoboda no Parlamento Ucraniano. Farion não mede palavras quando fala à imprensa, e diz que o regime golpista de Yatsenyuk-Obama instalado em Kiev deve assassinar todos os ucranianos que se manifestem contra o governo de Kiev. Política ultranacionalista, mas sempre apoiada pelos EUA, ela já disse, até, que os manifestantes que se opõem ao regime que Obama apoia em Kiev são “alienígenas” que têm de ser mortos, como providência para “limpar o país”. Farion exige nada menos que operação de genocídio, chama seus compatriotas de “criaturas” a serem eliminadas. [...]
A maioria dos russófonos e falantes de ucraniano são descendentes dos mesmos ancestrais locais. A diferença entre os dois grupos é, só, que uma das comunidades adotou o idioma russo como idioma principal. De fato, os dois idiomas leste-eslavos, o russo e o ucraniano, são quase idênticos e a maioria da população ucraniana é bilíngue em russo e em ucraniano. O tribalismo mítico que modela o pensamento fascistizante de Iryna Farion e de outros nacionalistas na Ucrânia nada é além de tentativa de distrair o foco e a atenção das graves injustiças e da distribuição desigual de poder e de riqueza, na sociedade ucraniana; serve como distração para a população local, que deixa de se concentrar nas questões reais da própria vida e das dificuldades do próprio país, baixa a guarda contra os exploradores oligarcas e as estruturas injustas da sociedade na qual vivem.
Os perpetradores do terrorismo culpam as vítimas: quem são os reais terroristas?
Quem são os reais terroristas? Civis desarmados que tentam votar, ou golpistas feito Arseniy Yatsenyuk, o doido, autoproclamado “líder” do movimento EuroMaidan, que enviou grupos de mercenários armados para matar civis na praça? Além do mais, as ações do governo de Yatsenyuk-Obama validam a premissa em Moscou, segundo a qual foi preciso enviar soldados especiais russos para a Península da Crimeia, para assegurar que a votação acontecesse sem turbulências e distorções. Não fossem os soldados russos de forças especiais – “os homens polidos vestidos de verde e fortemente armados” – o referendo do dia 16/3/2014 jamais teria acontecido, haveria luta e mortes, e a Crimeia estaria hoje tão desgraçada quanto o leste e o sul da Ucrânia.
Cidadãos ucranianos desarmados podem ser ouvidos a gritar, claramente, contra as milícias da tal “guarda nacional” de Yatsenyuk, que são “Fascistas”, em vários dos vídeos que estão começando a emergir de dentro da Ucrânia controlada pelos golpistas de Yatsenyuk-Obama. Ucranianos civis e desarmados que tentaram impedir, por meios pacíficos, que os militares ucranianos e a “guarda nacional” invadissem cidades e vilas, são apresentados com bandidos e vilões [imagens na página]. O crime desses civis desarmados é ter tentado impedir que o regime golpista de Kiev implantasse sua lei marcial nas cidades e vilas ucranianas, ao mesmo tempo em que o governo golpista obrava para impedir que a população ucraniana votasse livremente em referendo legal e legítimo e limpo. Esses ucranianos são os homens e mulheres que o governo dos EUA e da União Europeia condenam, ao mesmo tempo em que tentam jogar sobre a Rússia a responsabilidade – que é dos neonazistas do governo Yatseniuk-Obama – por estar assassinando civis desarmados.
Os reais terroristas e fascistas são os líderes do golpe no Nulandistão, que se venderam e venderam a Ucrânia a potências externas. Além desses, também são reais terroristas e fascistas os apoiadores do regime de Yatsenyuk – nos EUA, na Grã-Bretanha, na França, na Polônia, no Canadá e na Alemanha – que geram divisão, ruína, destruição por todo o planeta, da ex-Iugoslávia, Iraque e Líbia, à Síria e ao Mali, à República Centro Africana e à República Bolivariana da Venezuela.
Quando Mahmoud Ahmadinejad, ex-presidente do Irã, foi mal interpretado e mal traduzido pela imprensa-empresa nos EUA e na Europa Ocidental, que informou que ele teria dito que quereria “varrer Israel do mapa”, durante uma reunião, o governo dos EUA e da União Europeia consumiu dias e dias em incansável ‘condenação’ contra o Irã.
No Nulandistão, o governador lá imposto pelo partido golpista Khersonshchyna, Yuri Odarchenko, pode elogiar a invasão da Ucrânia por Adolph Hiter e pela Alemanha Nazista: foi o que fez dia 9/10/2014, para fúria dos veteranos ucranianos de guerra, enquanto EUA, Canadá e União Europeia – para eterna vergonha de seus povos – não disseram palavra.
Blindados enviados pela Junta de Kiev-EUA contra a população civil em Donetsk |
Que ninguém espere noticiário em profundidade pelas redes CNN, BBC, France 24, Fox News e sua gangue “jornalística” sobre o assassinato de civis desarmados na Ucrânia, por obra do regime de Yatsenyuk-Obama. Essas redes de imprensa-empresa comercial estão fazendo a guerra da informação contra todos os países e governos que se oponham aos EUA e aos seus aliados. Em vez de noticiar o que realmente acontece, a imprensa-empresa nos EUA e na União Europeia continuará a distorcer os fatos e a culpar a Rússia e os ucranianos pelo assassinato de civis ucranianos. É o meio que a imprensa-empresa mais bem conhece e usa, sempre que precisa encobrir a verdade, “noticiar” mentiras e promover, como se fosse legal e legítimo, um governo neonazista, neofascista, apoiado pelos EUA, e que chegou ao poder na Ucrânia mediante golpe e mediante crime.
Notas dos tradutores:
[1] Recapitulando rapidamente: aí está o resultado direto do gasto de US$ 5 bilhões de Washington – número oficial, fornecido por Victoria “Foda-se a União Europeia” Nuland – para promover a “mudança de regime” na Ucrânia. O que se vê é que a Crimeia pode ser incorporada gratuitamente à Rússia, enquanto o “Ocidente” ficará com o atraso e a bancarrota (Oeste da Ucrânia), do que um leitor de Asia Times Online descreveu, descrição indelével, como o “Khaganato dos Nulands” (reino de Gengis, por exemplo, dentre outros khans), misturado com terra de ninguém, onde reina o marido de Victoria (“Foda-se” etc.) Nuland Kagan [7/3/2014, redecastorphoto Pepe Escobar: “C’mon baby, incendeie o meu incêndio (crimeano)”].
[2] A Fita de São Jorge, com as cores laranja e preto, é tradicionalmente usada na Rússia no dia 9 de maio, quando os russos celebram o “Dia da Vitória” e a vitória contra os nazistas na IIª Guerra Mundial. Laranja e preto (simbolizando fogo e fumaça) são as cores tradicionais das medalhas russas (desde o Império) e soviéticas por bravura em combate. Usando a Fita de São Jorge, os russos manifestam gratidão e respeito pelos que salvaram o país do nazismo (imagem interessante, de Putin - 2007, e ao lado). A Fita de São Jorge reapareceu na Ucrânia, como símbolo do movimento contra o golpe em Kiev e pode ser vista em: 15/4/2014, blog do Saker traduzido naredecastorphoto em 16/4/2014: “Ucrânia, Relatório de Situação (SITREP) 15/4/2014, 18:30 EST − atualização 1”.
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[*] Mahdi Darius Nazemroaya é cientista social, escritor premiado, colunista e pesquisador. Suas obras são reconhecidas internacionalmente em uma ampla série de publicações e foram traduzidas para mais de vinte idiomas, incluindo alemão, árabe, italiano, russo, turco, espanhol, português, chinês, coreano, polonês, armênio, persa, holandês e romeno. Seu trabalho em ciências geopolíticas e estudos estratégicos tem sido usado por várias instituições acadêmicas e de defesa de teses em universidades e escolas preparatórias de oficiais militares. É convidado freqüente em redes internacionais de notícias como analista de geopolítica e especialista em Oriente Médio.
Atualmente, em viagem pela América Central, está com a Frente Sandinista de Libertação Nacional, em sua base em León, na Nicarágua. Esteve como observador internacional em El Salvador, no primeiro turno das eleições em El Salvador, onde esteve em contato com funcionários do governo salvadorenho.
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