Os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante já ocuparam um terço do território do Iraque, ameaçando expulsar de Badgá o governo fantoche pró-americano, chefiado por Nouri al-Maliki. Os paralelos que se podem traçar com a crise que eclodiu na Ucrânia são mais do que surpreendentes.
Os EUA parecem ter cada vez mais dificuldades em convencer a Europa de, possuírem, na política externa, uns planos bem pensados e não um desejo egoísta de perseguir seus interesses.
Os europeus, por exemplo, não compreendem os motivos do fortalecimento dos islamistas radicais no Iraque, invadido em 2003 pelos EUA, segundo terá declarado George Bush em maio do mesmo ano.
Presentemente, o Iraque se encontra à beira de um descalabro, correndo o risco de se desintegrar em três partes – sunita, xiita e curda. O agudizar da crise veio cristalizar efeitos da “cura política” aplicada por Washington através “injeções de democracia”. A Líbia já se desagregou. No Afeganistão, fora de Cabul, reina o movimento Taliban. A Ucrânia, após um golpe de Estado, orquestrado e financiado pelos EUA, poderá repetir uma triste experiência desses países.
Peritos russos dizem que as falhas cometidas por Washington se devem à falta de competência dos altos diplomatas dos EUA que, pura e simplesmente, não sabem prever lances geopolíticos elementares, ignorando, ainda por cima, os fatos históricos bem conhecidos. Tem-se a impressão de que os “estrategas” de Obama não conseguem ver dois passos à frente e, ao criar uma situação de caos na Ucrânia, “esqueceram-se” dos terroristas no Iraque, considera o politólogo russo Alexander Guschin:
“A política dos EUA está enfrentando graves problemas não somente por causa da Ucrânia. A crise está sendo vivida numa série de regiões, uma vez que os EUA levaram a cabo uma política insensata. Ao atolar-se na Ucrânia, Washington acabou por não dar resposta a outros problemas ainda mais sérios”.
A atitude dos EUA para com a solução de muitos problemas semelhantes tem sido chocante devido à política de dois pesos e duas medidas. O secretário de Estado, John Kerry, chegou em 24 de junho ao Curdistão para ajudar as autoridades iraquianas na formação de um novo governo “inclusivo”, que deverá integrar representantes da minoria sunita e curda.
Este é um esquema semelhante ao formato proposto pela Rússia na crise ucraniana: Kiev tem de atender aos interesses de Donetsk e Lugansk, respeitando seus direitos básicos. Todavia, este cenário tem sido afastado por Washington.
Parece que, na vertente ucraniana, os americanos se pretendem vingar da liderança da Rússia na solução da crise síria e pela sua incapacidade de fazerem frustrar a Olimpíada de Sochi. Em paralelo, querem desmantelar a cooperação da Rússia com a UE no setor energético, afirma o perito Serguei Panteleev:
“Deste modo, que os EUA desejam resolver seus problemas econômicos, enfraquecendo as posições da Europa, vista como um concorrente geopolítico sério. Washington procura debilitar ainda as posições da Rússia que está ganhando força devido à intensificação de processos integracionistas no antigo espaço soviético. Estamos assistindo a um grande jogo geopolítico travado por métodos desumanos”.
Voz da Rússia
terça-feira, 24 de junho de 2014
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Aprenderá a União Europeia a lição do Iraque?
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