Histórico
• Estabelecida inicialmente na cidade de São Paulo no ano de 1998, sob o nome de Geometra BTE, sua criação foi motivada pela vontade do fundador, Luiz Paulo Junqueira, de estruturar um negócio que pudesse, gradativamente, executar projetos de engenharia e fabricar produtos aeronáuticos. Desse modo, concentrou seus esforços nos negócios de desenvolvimento e produção de trens de pouso, item de alto valor agregado de aeronaves, cujo know-how detinha.
• De sua fundação até 2006, a NOVAER participou de vários projetos aeronáuticos, dos quais destacamos o desenvolvimento do trem de pouso e asas da aeronave EV-20 Vantage, contratado pela empresa norte-americana Eviation Jets, e o desenvolvimento de uma aeronave militar leve de ataque, contratada pela empresa norte- americana US Aircraft Corporation.
• Em dezembro de 2006, a NOVAER foi contratada pelo Centro Logístico da Aeronáutica – CELOG para desenvolver uma nova versão de trem de pouso para a aeronave T-27 Tucano, para atender às necessidades de manutenção dos Tucanos da Força Aérea Brasileira - FAB e de clientes da aeronave. Como consequência desse desenvolvimento a NOVAER firmou contrato com o CELOG para explorar a fabricação e comercialização do Trem de Pouso do Tucano. A NOVAER passa a fabricar e fornecer o Trem de Pouso completo ou suas partes e peças à FAB, à Embraer e outras forças aéreas detentoras do Tucano.
• Em meados de 2007, a NOVAER identificou uma aeronave experimental acrobática que demonstrou, por suas características aerodinâmicas excepcionais, ser uma boa prova de conceito para o desenvolvimento de uma nova aeronave, com promissoras perspectivas de mercado. Esta aeronave experimental era o “K-51”, projeto do renomado projetista aeronáutico, Sr. József Kovács, cujas criações incluem o T-25 Universal (treinador primário da FAB) e o T-27 Tucano (treinador intermediário da FAB), dentre outras. Em outubro de 2007, a NOVAER adquiriu os direitos autorais sobre os projetos do K-51 e József Kovács passou a integrar a equipe de engenharia da NOVAER.
• Em meados de 2009, a NOVAER iniciou suas ações junto Estado Maior da Aeronáutica – EMAER, para ofertar o desenvolvimento e fornecimento de uma nova aeronave de treinamento militar (genericamente designada “T- Xc”), como uma alternativa mais moderna e econômica, para a substituição da aeronave T-25 Universal, utilizada há quase 40 anos no treinamento primário dos cadetes da Academia da Força Aérea Brasileira - AFA.
• Em fevereiro de 2010, a NOVAER constituiu um consórcio com as empresas Winnstal e Flight Technologies , e ingressou com um pedido de subvenção econômica junto à Financiadora de Estudos e Projetos (“FINEP”), para suportar os custos de desenvolvimento do protótipo de uma aeronave, com estrutura primária e secundária fabricadas em fibra de carbono, baseada no avião prova de conceito K-51 (o “Projeto T-Xc”). Em junho de 2010, o Consórcio T-Xc celebrou um contrato de subvenção com a FINEP, dando início à realização do Projeto T-Xc. Sob referido contrato, o Consórcio T-Xc obrigou-se a disponibilizar suas capacitações técnicas e a atender um plano de trabalho aprovado pela FINEP, para a implementação do Projeto T-Xc.
• Também em meados de 2010, a NOVAER iniciou suas ações junto a investidores estratégicos, visando obter os recursos de infra-estrutura necessários à implementação de uma nova indústria aeronáutica no Brasil, destinada a explorar a aviação geral e o mercado de defesa, tendo o T-Xc como seu produto inaugural.
• Em dezembro de 2011, a NOVAER adquiriu os direitos de propriedade sobre os projetos e ativos produzidos por Winnstal e Flight Technologies, no âmbito do Projeto T-Xc, tornando-se a proprietária exclusiva de todos os projetos e bens resultantes do Projeto T-Xc.
• No início de 2012 o governo brasileiro lançou uma série de medidas destinadas a alavancar o parque industrial militar brasileiro, em especial a Medida Provisória 544, que estabelece normas especiais para as compras, as contratações de produtos, de sistemas de defesa, e de desenvolvimento de produtos e de sistemas de defesa, e dispõe sobre regras de incentivo à área estratégica de defesa. Em razão de tais medidas e sob a orientação do Ministério da Defesa, da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança - ABIMDE e da Associação das Industrias Aeroespaciais do Brasil - AIAB, a NOVAER inicia suas ações para qualificar-se como Empresa Estratégica de Defesa.
• Em agosto de 2012, a NOVAER assinou um contrato de investimento com a empresa catarinense SC Parcerias.
• Em janeiro de 2013 a Novaer iniciou a fabricação do 1º protótipo do T-Xc.
• Em fevereiro de 2013 a Novaer iniciou o processo de transferência de sua matriz para a cidade de Lages, em SC.
• Em março de 2013 a Novaer participou pela primeira vez de reunião técnica do programa UNASUL 1, de desenvolvimento plurinacional conjunto de aeronave treinador básico, para atender a requisitos de suas forças aéreas.
• Em julho de 2013 a Novaer transferiu a localização de sua unidade de são José dos Campos para a área Avibras 1, onde os escritórios de engenharia, projeto e administrativos passaram a ficar junto do hangar de montagem do protótipo.
• Em julho de 2013 a Novaer foi admitida no certame Inova Aero Defesa, sendo elegível para pleitear recursos de subvenção e de financiamento.
• Em outubro de 2013 a Novaer assinou compromisso de participação no programa UNASUL 1, de desenvolvimento plurinacional conjunto de aeronave treinador básico, para desenvolver o seu trem de pouso.
• Em dezembro de 2013 a Novaer foi aprovada no certame Inova Aero Defesa, para receber recursos de subvenção e de financiamento, para os escopos de desenvolvimento, certificação e industrialização do T-Xc e também para desenvolvimento do trem de pouso do avião Unasul 1.
• Em fevereiro de 2014 a Novaer foi classificada pelo Ministério da Defesa como “Empresa Estratégica de Defesa – EED” no contexto da Lei 12.598 de 2012. A classificação foi aprovada em reunião regular da CMID – Comissão Mista da Indústria de Defesa. Esta classificação é concedida pelo Governo Federal para companhias que investem no desenvolvimento tecnológico e industrial e fomentam o conteúdo nacional nos bens e serviços demandados pelo setor de defesa do País.
• Em março de 2014 a Novaer concluiu a fase de fabricação do protótipo do T-Xc e celebrou sua cerimônia de “roll-out”, na qual o avião foi apresentado ao publico pela primeira vez.
Características do produto T-Xc
Monomotor a pistão, monoplano de asa baixa;
Estrutura primaria e secundária construídas integralmente em fibra de carbono, curada em autoclave;
Trem de pouso retrátil do tipo triciclo;
Cabine dotada de um compartimento dianteiro para dois ocupantes (instrutor e aluno) dispostos lado a lado;
Compartimento traseiro para transporte de carga;
Acesso ao compartimento dianteiro da cabine através de portas articuladas para cima do tipo “gaivota”;
Acesso ao compartimento traseiro por uma porta do lado esquerdo da fuselagem, também de tipo gaivota.
Emprego
Treinador militar primário / básico e para treinamento de vôo noturno e por instrumentos;
Possui duplo comando completo, onde ambos tripulantes têm acesso a todos os comandos, alavancas, manetes, pedais e chaves seletoras que controlem o avião em todas as fases da operação;
Avião completamente acrobático, sem limitação de manobras acrobáticas entre +6G e -3G;
Certificação
O T-Xc foi projetado para atender aos requisitos de certificação estabelecidos pelas autoridades aeronáuticas internacionais (ANAC, FAA e EASA), conforme o regulamento RBAC Parte 23 (equivalente aos FAR-23 da FAA);
Na configuração Treinador o avião será certificado na categoria “Acrobática”;
Outros requisitos específicos para operação militar ou estabelecidos por órgãos públicos poderão ser utilizados, para atender demandas especiais.
Tipo triciclo, telescópico com amortecedores hidro-pneumáticos incorporados;
Retrátil, com recolhimento e extensão potenciada por atuadores hidráulicos;
Equipados com um conjunto de roda e pneumático sem câmara;
Projetados para operação em pistas não pavimentadas;
Travamento positivo dos trens nas duas posições (up e down), dotados de sinalização e sistemas de segurança conforme regulamentos;
Extensão em situação de emergência (free-fall), e alertas de potencia em “lento” e flape baixado, para evitar esquecimento.
Comandos primários: acionamento por hastes para profundor e ailerons, e por cabos para leme de direção, sendo manche e pedaleira duplicados;
Flapes acionados por atuador eletromecânico central ligado a um tubo de torção, impedindo assimetria;
Flapes acionarão os ailerons, através de um mecanismo de derivação, que passarão a auxiliar os flapes;
Na deflexão máxima de 45º, os ailerons serão defletidos em aproximadamente 22º, aumentando a sustentação e melhorando desempenho de pouso e decolagem;
Compensação de comandos (“trim”) apenas no profundor e leme, atuando por meio de dispositivos eletromecânicos associados a molas, não havendo necessidade de compensação aerodinâmica;
Mesmo quando nas posições extremas de compensação, aos pilotos será permitido override na ocorrência de “trim runaway”.
Grupo Moto-Propulsor
É constituído por um motor Lycoming acrobático, de 6 cilindros normalmente aspirado, seus acessórios, e por uma hélice tripá com “spinner”, instalados à frente da aeronave. O conjunto será certificado para operação em vôos acrobáticos e é isolado da cabine por uma parede de fogo.
Especificações da aeronave
Primeiro Giro de Motor
Fabricação do T-Xc
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