"Queridas Karbala, Najaf, Kadhimiyah e Samarra, nós advertimos às grandes potências, a seus lacaios e aos terroristas que o grande povo iraniano fará tudo para protegê-las", sentenciou Rouhani da localidade fronteiriça de Khorramabad em referência às cidades santas iraquianas.
No discurso ante centenas de residentes naquela cidade da província ocidental iraniana de Lorestan, fronteiriça com o Iraque, o mandatário persa explicou que Teerã está comprometida a incrementar sua relação e interação com o mundo, em particular com seus vizinhos.
Rouhani confirmou nota de meios locais de que muitos iranianos solicitaram envolver-se como voluntários para lutar junto ao Exército de Bagdá contra os "takfiristas" (fundamentalistas) do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).
Eles estão dispostos a sacrificar suas vidas em defesa dos lugares sagrados do Islã xiita, disse o chefe de Estado, ao acrescentar que iraquianos sunitas, xiitas e curdos também cerraram fileiras nesse sentido.
Durante seu discurso em Khorramabad, aonde chegou nesta manhã para uma visita de trabalho, Rouhani abordou temas de atualidade nacional e regional, como a política econômica, as negociações nucleares com seis potências mundiais e a segurança no Golfo Pérsico.
De acordo com o site www.harimshia.org ao redor de cinco mil iranianos prometeram pela internet ou mensagens SMS defender santuários muçulmanos xiitas contra o DAESH, como se denomina em árabe o EIIL, e apoiar às tropas de Bagdá em sua contraofensiva antiterrorista.
A promessa foi feita em resposta a uma convocação de um denominado Quartel Popular para a Defesa de Templos Xiitas, e os assinantes organizam-se em unidades para combater o Iraque quando recebam a ordem do líder supremo da Revolução Islâmica iraniana, o aiatolá Ali Khamenei.
O presidente iraniano afirmou no sábado passado que Teerã estava pronta para ajudar Bagdá se o premiê iraquiano, Nouri Al-Maliki, solicitasse auxílio, mas até então não recebeu nenhum pedido a este respeito.
Líderes do EIIL, que domina Mosul e Tikrit, bem como outras localidades do norte da capital iraquiana, anunciaram sua intenção de tomar Bagdá e daí dirigir ao sul a Karbala e Najaf para destruir símbolos religiosos da seita a que consideram "infiel".
De fato, muitos voluntários xiitas iraquianos que combatem na Síria contra o DAESH decidiram regressar ao seu país para unirem-se à luta pela defesa de Bagdá, segundo diversas fontes.
Prensa Latina
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