SANTIAGO — O Chile chamou nesta terça-feira seu embaixador
em Israel para consultas devido à intensificação do conflito na Faixa de Gaza.
Segundo a Chancelaria chilena, a medida foi tomada em coordenação com outros
países da região, após várias conversas com o governo do Peru.
“Diante do recrudescimento das operações militares de Israel
na Faixa de Gaza, o governo do Chile, em coordenação com outros de nossa
região, resolveu chamar para consultas em Santiago o embaixador em Tel Aviv,
Jorge Moreno”, diz o comunicado.
O Chile abriga uma das maiores populações de origem árabe no
mundo, de aproximadamente 300 mil pessoas. A comunidade judaica, embora cerca
de dez vezes menor, também é bastante influente na sociedade chilena.
O ministro chileno das Relações Exteriores, Heraldo Muñoz,
confirmou que a decisaõ foi tomada pela presidente Michelle Bachelet, após uma
série de conversas com o presidente peruano, Ollanta Humala, e garantiu que
"esta não foi uma decisão impulsiva, e sim uma medida que foi avaliada ao
longo de vários dias.
O governo peruano também confirmou que seu embaixador em
Israel, José Luis Salinas Montes, foi chamado para consultas, e afirmou em
comunicado que "lamenta profundamente a interrupção do cessar-fogo entre o
Estado israelense e o Hamas".
"O Peru reitera sua desaprovação ao lançamento de
foguetes e qualquer tipo de ataque contra populações civis em Israel", diz
o comunicado peruano.
No último dia 18, o governo do Equador chamou seu embaixador
em Tel Aviv, Guillermo Basante, devido à "gravidade da situação na Faixa
de Gaza". Cinco dias depois, o Brasil condenou o "uso
desproporcionado de força na região" por parte do governo israelense, e
chamou seu embaixador, Henrique Sardinha Filho, de Tel Aviv. A ação incomodou o
governo de Israel, e o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Yigal
Palmor, que afirmou que o ato era "uma infeliz demonstração de como o
Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão
diplomático".
O Globo
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