Finalmente! Os militares russos decidiram falar sobre um pouco do que já sabem que aconteceu ao voo MH17. Foi evento russo típico: os intérpretes, pouco menos que *horríveis* (falo como ex-intérprete militar que sou); os grafismos, horrorosamente mal desenhados (usaram um bombardeiro SU-24 para representar um totalmente diferente SU-25 para apoio aéreo); e nada de sessão de perguntas & respostas com os jornalistas. Vejam vocês mesmos:
Ainda assim, algumas poucas coisas muito interessantes resultaram daquela conferência de imprensa.
Primeiro, os Ukies foram apanhados na mentira sobre não terem armas antiaéreas na área do desastre. Haviam dito que não havia baterias antiaéreas naquela área. Os russos exibiram as trilhas gravadas de radar, que revelam o seguinte: havia lá o que parece ser uma aeronave militar (sem transponder) voando abaixo de 5 mil metros, a qual começou repentinamente a subir apenas alguns instantes antes de o MH17 ser atingido por alguma espécie de míssil.
Essa aeronave não identificada lá estava e lá ficou e observou enquanto o MH17 caía rumo ao chão. Os russos acrescentaram que um SU-25 armado com um míssil R-60 ar-ar poderia ter derrubado o MH17. Pode ser. Mas o que é garantido é que os radares civis, sim, detectaram essa estranha aeronave Ukie.
Mas, atenção: essas observações foram recolhidas de radares *civis*.
Aparentemente, os russos não estão querendo partilhar dados de seus radares militares. Por isso é que a misteriosa aeronave Ukie aparece em 5 mil metros de altitude e em seguida “some” novamente. Mas vocês podem ter absoluta certeza de que os radares militares, especialmente os do AWACS A-50 russo [Airborne Warning and Control System / Sistema Aéreo de Alerta e Controle], sim, sim, rastrearam aquela aeronave antes e depois de sua estranha manobra.
Mais uma vez, parece-me que os russos têm esperanças de que os especialistas cheguem às conclusões corretas a partir só do que viram hoje; e que os russos não precisem revelar muito mais. Mas não há absolutamente nenhuma dúvida de que os russos têm o quadro completo e sabem exatamente o que aconteceu.
Segundo, os russos estão desafiando seus colegas norte-americanos a exibir as imagens que eles dizem que mostrariam o lançamento do foguete BukM1. Os russos também chamaram atenção para a interessante coincidência de que havia um satélite experimental dos EUA, de detecção de lançamento, sobrevoando exatamente aquela área, no momento da tragédia.
Claramente, os russos estão apontando aos especialistas mundiais alguma espécie de pista que já encontraram (mas ainda não sei com certeza que pista é essa).
Terceiro, os russos exibiram suas próprias imagens recebidas de satélites e que mostram que uma bateria de BukM1 foi deslocada pouco antes do acidente (vídeo no fim do parágrafo). Será interessante ouvir o que dizem os Ukies para explicar o que se vê nessas imagens. E, se explicarem, como explicarão?
Como evento de informação ao grande público, essa conferência de imprensa merece, no máximo, nota 7,5. Mas como sessão para distribuir informação relevante a especialistas, aí, sim, daria nota bem melhor: 9,0.
Agora já há prova muito sólida de que os Ukies mentiram pelo menos duas vezes:
(1) Mentiram ao divulgar vídeos falsos em que se viam os mísseis como se estivessem sendo levados de volta para a Rússia (o filme foi feito em território ocupado pelos Ukies);
(2) mentiram também, quando negaram que houvesse qualquer avião militar na área, porque, na verdade, havia um; e muito, muito próximo do MH17. Essa é mentira gigantesca; os Ukies muito penarão tentando desqualificar a informação dos russos.
Destroços do MH17 - Foto de 17/7/2014 |
Como disse em meu primeiro postado sobre o MH17, não tenho esperança alguma de que a plutocracia ocidental algum dia admita que a Junta de Kievderrubou aquele avião. O mesmo vale para o “jornalismo” da imprensa-empresapress-tituta. Mas tenho esperança de que o mundo chegue a ver essa tragédia pelo que ela realmente é: ataque-complô deliberado [orig. false flag attack], executado pela Junta nazista de Kiev, para inculpar os russos.
Como DavidChandler disse corretamente sobre o 11/9/2001, a prova de que houve tentativa de desencaminhar a investigação é, ela mesma, prova de que houve conspiração e crime.
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