RC-135 da USAF se refugia no espaço aéreo sueco para escapar de um caça russo.
Uma autoridade dos EUA confirmou à CNN que o avião estrangeiro que entrou no espaço aéreo sueco sem permissão em 18 de julho era um RC-135 da USAF.
A Guerra Fria e suas jogadas aéreas como retratadas no filme “Top Gun” estão acontecendo na vida real novamente quase 30 anos depois.
Um avião espião da Força Aérea dos EUA evitou um encontro com os militares russos em 18 de julho, apenas um dia depois do voo 17 da Malaysia Airlines ser derrubado por um suposto míssil terra-ar que a Ucrânia e o Ocidente alegam ter sido disparado por rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia.
O RC-135 fugiu para perto do espaço aéreo sueco sem a permissão daquele país, disse a CNN um oficial militar dos EUA. O avião pode ter passado por espaço aéreo de outros países, embora não esteja claro se ele tinha permissão para isso. O avião dos EUA voava em espaço aéreo internacional, realizando uma missão de espionagem eletrônica sobre os militares russos, quando estes tomaram a iniciativa incomum de começar a segui-lo com radar em terra. Os russos, em seguida, enviaram um jato de combate para o céu a fim de interceptar a aeronave.
A tripulação do avião espião sentiu-se tão preocupada com o fato de estar sendo iluminada pelo radar de rastreamento que optaram por sair da área o mais rápido possível. O caminho mais rápido para longe dos russos levou-os para o espaço aéreo sueco. Os EUA reconheceu que foi feito sem a aprovação dos militares suecos.
Como resultado deste incidente, os Estados Unidos estão discutindo o assunto com a Suécia a fim de que possa haver outras ocorrências onde jatos americanos precisem desviar tão rapidamente que eles podem não serem capazes de esperar pela permissão.
O incidente foi relatado pela primeira vez pela agência de notícias sueca Svenska Dagbladet. As autoridades russas não forneceram qualquer informação.
Este foi pelo menos o segundo encontro potencialmente perigoso entre um avião dos EUA e da Rússia ao longo dos últimos meses. Em 23 de abril, um Su-27 Flanker aproximou-se a menos de 100 pés do nariz de um avião de reconhecimento dos EUA RC-135U sobre o Mar de Okhotsk, entre a Rússia e o Japão, quase colidindo com avião militar dos EUA.
Aviões russos e dos EUA muitas vezes se encontram, tanto no Norte da Europa quanto no Extremo Oriente russo e no Alaska, mas é incomum a atividade do radar de terra pelos russos, como neste caso.
FONTE: CNN – Tradução e edição: CAVOK
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