Ucrânia já admite uma Grande Guerra com a Rússia. Pró-russos avançam e OTAN cogita mobilizar 4000 soldados em 48hrs, em caso de ajuda aos ucranianos.
O ministro da Defesa ucraniano alertou, nesta segunda-feira, que seu país está no limite de uma grande guerra com a Rússia, o que poderá causar milhares de vítimas.
– Desde a Segunda Guerra Mundial, não se viu na Europa uma grande guerra como a que está batendo em nossa porta. Infelizmente, as perdas em uma guerra assim não serão medidas em centenas, em sim em milhares e dezenas de milhares de pessoas – afirmou Valeriy Geletey.
Também nesta segunda-feira, o presidente alemão, Joachim Gauck, declarou que a Rússia "terminou de fato com a sua parceria" com a Europa.
FONTE: TVI - Ucrânia: 4.000 soldados da OTAN prontos a atuar em 48 horas
É uma espécie de ponta-de-lança, uma força de reação rápida, sempre pronta a atuar, que a OTAN pretende pôr em prática para monitorizar o conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Para isso, mobilizará à volta de 4.000 soldados, dos países aliados da Organização. Seja por ar, por mar ou para atuar em terra.
«Vamos agora melhorar significativamente a capacidade de resposta da nossa força de reação. Vamos desenvolver o que eu chamaria de um ponta-de-lança de forma a enviar uma resposta com elevada prontidão, fiável e num prazo muito curto», explicou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Anders Fogh Rasmussen, em conferência de imprensa.
As forças especiais da OTAN costumam ter entre 3.000 a 5.000 soldados, sendo que o Financial Times fala num número intermédio: 4.000 elementos. Segundo fonte oficial da NATO, citada pela Reuters - e que falou na condição de anonimato-, a força estará operacional em apenas dois dias. Ainda assim, outras fontes da Organização indicaram que alguns elementos podem demorar mais tempo a chegar à zona de conflito.
O Plano de Ação Rápida (RAP) prevê «forças e equipamentos nos locais e momentos adequados», sublinhou Rasmussen, sendo que a presença dos aliados no Leste da Europa durará o tempo que for preciso.
A OTAN «não quer atacar ninguém». Quer apenas fazer frente aos «perigos e ameaças que são cada vez mais presentes e visíveis».
A criação desta força especial insere-se no pacote de medidas do Plano de Reação Rápida que a OTAN pretende adotar, no âmbito da reunião de chefes de Estado para marcar o fim da sua missão de combate no Afeganistão. Porém, o encontro será certamente dominado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.
FONTE: BBC - Putin quer discutir soberania do leste da Ucrânia; UE dá 'ultimato' a Moscou
O presidente russo, Vladimir Putin, pediu conversas para discutir "soberania" para o leste da Ucrânia, informou a imprensa local, após a União Europeia ter dado a Moscou um ultimato para reverter suas ações na Ucrânia ou enfrentar novas sanções.
Putin disse que a questão de soberania precisa ser discutida para garantir que os interesses da população local "sejam definitivamente apoiados". Segundo ele, é impossível prever o fim da crise.
Os comentários de Putin ocorreram após a UE ter dado um prazo de uma semana à Rússia para reverter suas ações no país vizinho.
Paraquedistas ucranianos enfrentavam nesta segunda-feira um "batalhão de tanques russos" no aeroporto de Lugansk, reduto dos separatistas pró-Moscou no leste da Ucrânia, anunciou o porta-voz militar ucraniano, Leonid Matiujin.
O ministro ucraniano da Defesa, Valery Geletey, afirmou que as tropas russas seguiam para outras cidades da região, incluindo a maior delas, Donetsk.
Enquanto a Ucrânia acusa a presenã das Forças russas no leste do país, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta segunda-feira que seu país não intervirá militarmente na Ucrânia e que o Kremlin defende uma solução pacífica à crise no país vizinho.
As forças governamentais foram obrigadas a retirar do aeroporto de Luhansk, no leste da Ucrânia.
O exército de Kiev sofreu uma série de reveses no campo de batalha nas áreas de Luhansk e Donetsk.
Perdeu ainda terreno perto do porto de Mariupol, no sul do país.
O porta-voz do conselho nacional de segurança ucraniano, deu conta, esta segunda-feira, de que “os soldados ucranianos foram obrigados a deixar o aeroporto da cidade de Luhansk e da vila de Horlivka.”
Andriy Lysenko disse, ainda, que “olhando para a precisão do bombardeamento, podemos dizer que foi perpetrado por profissionais e por artilharia das forças armadas russas.”
Cerca de 15 mil soldados russos foram enviados à Ucrânia nos últimos dois meses e várias centenas teriam morrido em combate, disseram nesta segunda-feira à AFP grupos de direitos humanos. Moscou nega ter mobilizado tropas na Ucrânia para ajudar os separatistas pró-russos nos combates contra as forças ucranianas, mas nas últimas semanas várias declarações levam a pensar o contrário.
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