Foto de arquivo. Valeri Geletei, ministro da Defesa da Ucrânia
Uma “Grande Guerra Patriótica” bate à porta da Ucrânia, declarou em alto e bom som o ministro da Defesa do país, Valeri Geletei, divulgando suas palavras, como costuma fazer, através da rede social Facebook e advertindo que a Europa não via nada de semelhante desde a Segunda Guerra Mundial: as perdas nessa guerra vão contar-se não às centenas, mas aos milhares ou dezenas de milhares de mortos.
O chefe do departamento militar falou ainda sobre a invasão de tropas russas, destacando que Moscou, alegadamente, teria ameaçado reiteradas vezes utilizar armas atômicas contra a Ucrânia.
“Crê-se dificilmente que tais declarações poderiam ser feitas pelo ministro da Defesa de um Estado civilizado”, comentou assim o departamento diplomático russo as palavras de Geletei.
Contudo, o público da internet passou sem fórmulas diplomáticas em seus comentários.
“Um ministro sem miolos é um fenômeno muito raro”, escreve um dos usuários da Facebook e um outro acrescenta: “Não apenas sem miolos, mas também sem consciência”. Em comentários ao comunicado de Geletei são frequentes também apelos a que o ministro proceda como “verdadeiro oficial” e se demita. Outros usuários fazem-lhe lembrar que na história da humanidade, só os Estados Unidos haviam aplicado armas nucleares com fins militares.
É nomeadamente a política de Washington que tenta imitar o presidente da Ucrânia, Piotr Poroshenko, e, pelo visto, ele optou por um caminho certo, criando seu partido de “falcões”, ou seja, de agressores militares. Geletei também é uma ótima figura para o papel de guia de rebanho.
Porém, infelizmente, a comitiva de Poroshenko sente falta de “pombos”. Por enquanto, partidários da paz se reúnem só na praça Mikhailovskaya em Kiev para venerar a memória de dois mil mortos (segundo os dados oficiais) em resultado da guerra no Leste da Ucrânia.
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