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sábado, 27 de setembro de 2014

“Sanções: É oportunidade de crescimento e buscar fornecedores alternativos no exterior”


Medvedev: “Entre as dificuldades e problemas sempre surgem oportunidades, e é preciso aproveitá-las”
O primeiro-ministro Dmítri Medvedev instruiu os representantes comerciais da Rússia no exterior a buscar novas tecnologias que não sejam dos Estados Unidos ou da União Europeia.
“A situação envolvendo as sanções tem que ser usada ​​para encontrar novas oportunidades de crescimento. É um tipo de protecionismo pelo qual nunca nos decidiríamos se não fossem as condições impostas”, disse o primeiro-ministro russo durante um discurso no Fórum de Investimento de Sôtchi.
Uma das prioridades, segundo Medvedev, deve ser o desenvolvimento de tecnologias próprias, bem como a busca de fornecedores alternativos no exterior. “Oriento nossos representantes comerciais no exterior a encontrar novos fornecedores de equipamentos de alta tecnologia”, afirmou o premiê russo.
Para estimular o desenvolvimento de tecnologias nacionais, será criado o Fundo de Desenvolvimento da Indústria, que dará apoio principalmente às empresas médias interessadas em atrair financiamento bancário antecipado.  O Estado pretender destinar o equivalente a US$ 470 milhões para o projeto. “Entre as dificuldades e problemas sempre surgem oportunidades, e é preciso aproveitá-las”, acrescentou Medvedev.
Contradições
As mais recentes sanções contra a Rússia afetaram não só as petroleiras estatais  Rosneft e Gazprom, como também as privadas Lukoil e Surgutneftegaz. As medidas impostas pelos EUA e UE limitarão o fornecimento e reexportação de bens, serviços e tecnologias para a plataforma continental e reservas de xisto.
De acordo com o Ministério das Finanças dos Estados Unidos, a proibição afeta os projetos de águas profundas do Ártico e de xisto na Rússia ou em águas pertencentes ao país.
“O objetivo principal da última rodada de sanções dos Estados Unidos foi mostrar que qualquer empresa pode ser afetada. Se antes todas as restrições foram introduzidas apenas contra as empresas ligadas ao Estado e contra as instituições de crédito, agora até as privadas têm enfrentado certa pressão”, diz o analista do holding de investimento Finam, Anton Soroko.
Esse fato contraria as declarações do Ocidente de que as sanções estão sendo formuladas para combater a posição política da Rússia. “Se fosse assim, as medidas deveriam exercer pressão sobre o governo, e  não sobre empresas privadas”, completa Soroko.
A Lukoil, por exemplo, é uma empresa privada russa cotada na bolsa de valores, com alta transparência e mínima participação do Estado. Atualmente está desenvolvendo a plataforma do Mar Cáspio, como também uma série de projetos difíceis em parceria com empresas europeias. “Talvez esses projetos tenham de ser abandonados, embora representem parte insignificante da exploração”, diz o analista da UFS IC, Iliá Balakirev.
Impacto limitado
A limitação da exportação de tecnologia afeta principalmente a Rosneft, que controla 44 áreas de exploração na plataforma continental, cuja reserva é de 42 bilhões de toneladas. A empresa já começou a trabalhar em 23 delas.
Em 2011, a Rosneft assinou um acordo com a americana ExxonMobil para a exploração de petróleo nos mares de Kara e Negro. Porém, de acordo com a Bloomberg, a ExxonMobil poderá suspender a exploração no poço Universidade-1, no mar de Kara, obrigando a Rosneft a devolver o dinheiro gasto na exploração – até US$ 3,2 bilhões.
Por outro lado, as sanções se aplicam apenas aos contratos novos, e não aos que foram celebrados antes de as medidas entrarem em vigor. “As empresas de petróleo e gás estão agora um pouco melhor do que as de outras áreas da indústria, principalmente porque a exportação de recursos energéticos russos é muito importante para os nossos parceiros ocidentais”, arremata Soroko.

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