Na madrugada eu prometi um post bombástico e como prometido, me faço presente. Como disse dias atrás, o tema do momento é falar da Petrobras e falar muito mal. Então eu resolvi entrar na brincadeira. Então vai segurando tucanada entreguista: O FHC nunca viu a Petrobras com bons olhos, haja vista que no tempo que foi presidente da República Federativa do Brasil, sempre trocou a presidência da estatal, à exceção de Joel Mendes Rennó. Engana-se que nos tempos do FHC, a Petrobras era uma empresa sem escanda-los. E por falar de escândalos eu gostaria de citar um muito pouco conhecido pelos brasileiros: Em 02 de janeiros de 2002, o FHC empossou como presidente da Petrobras ninguém menos que Francisco Roberto André Gros, um ex-bilionário (ex porque morreu) e um especulador de Wall Street.
Todos nós sabemos que geralmente as pessoas de Wall Street não são muito confiáveis, mas enfim... Esse senhor protagonizou um escândalo que envolvia a construção de plataformas petrolíferas. Deixe-me explicar melhor: Logo que assumiu a presidência da estatal, Gros tratou de encomendar a plataforma P-50 ao estaleiro Jurong, de Cingapura, em prejuízo do estaleiro brasileiro Fels-Setal, que entrou na concorrência em parceria com a japonesa Keppel.
O mesmo aconteceu com a plataforma P-52. A única diferença que ela foi finalizada no Brasil. Voltando à Gros: o banco Morgan Stanley, do qual Francisco Gros foi um dos executivos, era acionista da empresa norueguesa Aker Kvaerner, contratada pela Petrobras para fazer os projetos das plataformas P-51 e P-52. Gros foi diretor-executivo do banco americano em 1999, antes de assumir a presidência do BNDES, no ano 2000. A estatal, que ele preside desde o ano passado, ainda não abriu a licitação para a construção das duas plataformas, cujo projeto básico de engenharia foi realizado pelo Centro de Pesquisas da Petrobras, no Rio, com assessoramento e sob a liderança da Kvaerner.
Para executivos da indústria naval, o problema não é a participação de empresas estrangeiras em empreendimentos da Petrobras, mas o fato de dar a elas a liderança do projeto, como no caso da Kvaerner. A crítica é endossada por técnicos da Coordenação de Pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe), eles mesmos com condições de sobra para liderar um projeto deste tipo, assim como a Projemar, a Sels-Setal, a Sermetal e a Odebrecht. Estaleiros com capacidade de construir plataformas existem no Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Para maiores informações, acesse: http://bit.ly/1sXgBUV
FOTO: Francisco Gros/O Informante
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